Torta de maça

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Bem vinda a segunda-feira.
O segundo dia da semana, primeiro dia de trabalho para muitos e o oficial dia da preguiça para todos.

E não poderia ser diferente para Alexandre que se levantou exausto, por não ter dormido bem na noite anterior e com muita preguiça de encarar o colégio depois da cena de ciúmes que ele fizera praticamente sequestrando a aniversariante de sua própria festa, na frente da maioria de seus alunos.

Por falar na aniversariante, ela foi a culpada por Alexandre ter passado a noite sem pregar os olhos. Por mais que ele tentasse era inútil e impossível esquecer o fato de sua aluna a qual ele beijou apaixonadamente no chuveiro estar dormindo em seu quarto usando provavelmente uma de suas camisetas e mais nada por de baixo.

-Professor!

Depois de ter acordado e escovado os dentes Fernanda sai em busca de Alexandre, estava tão possessa de raiva que não ligou em aparecer diante dele com os cabelos emaranhados, sem maquiagem e usando apenas uma camisa social provavelmente a mais larga que achará em seu guarda roupa.
Alexandre que estava na cozinha preparando o café da manhã ao ouvir a voz da aluna se vira lentamente e ao olhar para ela que estava muito sexy por sinal, sua boca seca e ele perde o ar:

-Ah... Bom dia Fernanda está tudo bem?

-Bom dia só se for para você. E não, não está nada bem. Minha cabeça tá explodindo eu não sei onde estão minhas roupas e não me lembro de quase nada do que aconteceu ontem à noite.

Enquanto a garota falava, Alexandre apanha em sua gaveta de remédios um analgésico e enchendo uma xícara de café preto entrega para sua aluna que estava encostada no balcão a sua frente:

-Beba.

-Eu não vou beber... O que é isso?

-É um analgésico para dor de cabeça. Vai te fazer bem.

Fernanda fica olhando para o comprimido em sua mão tempo suficiente para lembrar de seu passado em Londres, lembrar da noite em que Antony matou seu melhor amigo por ciúmes dela. A aluna fecha os olhos tentando esquecer da cena e por mas que naquela noite tivesse sobre o efeito do 'ecstasy ' que ela havia feito uso, ainda se lembrava da sensação entranha de sentir um corpo quente caindo ao seu lado e quando abre os olhos novamente encara Alexandre que aguardava pacientemente que ela tomasse o remédio:

-Se você não tomar o remédio ele não vai fazer efeito.

Revirando os olhos Fernanda pega o comprimido põe na boca e sorvendo um gole de café o engole fazendo careta, Alexandre que tinha voltado a cuidar das panquecas doce que fazia, sorri discretamente achando fofo os modos da aluna:

-Eu odeio café!

-É eu sei. Você já me disse isso em outra ocasião... E de panquecas, você gosta?

Pondo a última panqueca na pilha que já havia feito o professor leva o prato à mesa e quando estava voltando, Fernanda o segura pelo braço e começa a falar com ele forçando sua voz a subir um oitavo:

-Escuta aqui, porque isso agora hein?

-Isso o que? Eu não entendi sua pergunta.

-Essa atenção toda que você está me dando, todo esse carinho e cuidado. A forma estranha como você me tirou daquela boate ontem. Eu não entendo você. Eu juro que tento mais não entendo.

-Fernanda...

Nesse momento Alexandre se encosta no balcão cruzando os braços sobre o peito depois respirando profundamente tenta se controlar baixando sua voz, preocupado com o que seus vizinhos iriam pensar ao ouvirem sua discussão com sua aluna:

Minha aluna, malcriada (Concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora