O preço do pecado

2.5K 190 4
                                    

Na manhã seguinte no flat de André, o rapaz já havia acordado a algum tempo e depois de ter feito e tomando café, estava sentado numa poltrona decorativa a frente da cama onde Fernanda dormia usando apenas uma calcinha preta e uma camiseta cinza do rapaz.
Olhar para ela dormindo docilmente em sua cama o faz sorrir e aproveitando que estava com seu celular nas mãos, o rapaz se atreve a tirar algumas fotos da garota de vários ângulos diferentes...
A luz forte e piscante dos flashes fazem Fernanda acordar e ao perceber que estava sendo fotografada, dá um pulo assustando-se:
_Que porra é essa, André? _Só estou tirando algumas fotos suas, você fica linda dormindo, sabia?!
Nesse momento Fernanda já estava tentando tomar o celular do rapaz a força e ele sendo mais rápido que ela o guarda no bolso e logo depois a segura pelo queixo e beija seus lábios, mesmo sem ela querer:
_Andre, eu quero que você apague essas merdas. _Hei, não chama de merda, são minhas fotos, você sabe que esse é um hobby meu! _Mais é minha imagem. E eu estou com três pontos de sutura na testa com uma cicatriz horrenda. Então apaga, ou eu te processo pelos meu direitos autorais.
André mostra a linga para Fernanda após constatar que ela estava certa sobre seus direitos. E dirigindo-se até a cozinha, serve uma xícara de café com leite e leva para sua ficante:

_Café na cama para você, minha chatinha doentinha! _Obrigada!

Depois de sorver um gole de café, Fernanda faz careta cuspindo o café de volta no copo:
_Isso tá horrível, você tem cigarro? Esqueci os meus em casa. _Tenho, tá na gaveta do criado mudo.
S

em tirar os olhos da tela de seu celular, André responde a pergunta da garota, que apanha um cigarro, esqueiro e cinzeiro e vai para a varanda:
_Porque você não me disse que faz aniversário nesse final de semana? _Porque eu não achei necessário!
A garota responde com desdém, deixando a fumaça sair por suas narinas depois de uma longa tragada:
_Mais eu deveria saber. Precisamos comemorar seu aniversário. _Não. Não precisamos.
A resposta da garota soou dura aos ouvidos do rapaz:
_Como não. Loira, você vai fazer 19 anos, e essa idade só se faz uma vez na vida, é sua melhor fase, nós precisamos bolar algo bem legal. Com muita bebida e música, música boa de preferência. Eu já tenho até um DJ ideal para esse evento. _Andre, eu já disse que não quero. Eu não curto muito essa data é melhor deixar quieto. Não quero ter trabalho. _Não seja por isso. O trabalho vai ser todo meu. Me deixe encarregado de tudo, eu cuido das bebidas, salão e música e peço para a Cissa cuidar dos convidados e decoração. _Eca, já vi que só vai ter velhos na minha grande e memorável festa e a decoração vai ficar uma bosta. _Hei... Que boquinha suja em gatinha...
André se aproximando de Fernanda, apanha o cigarro das mãos dela e depois de apagar, a toma em seus braços e lhe surpreende com um beijo cheio de mãos bobas e segundas intenções...

Acordar ao lado de Willian, não era bem a realidade na qual Sophia gostaria de estar. Ainda mais depois de lembrar da noite que tiveram, ela se sentia péssima e se culpava ao saber que fizera amor com o marido pensando em outro homem. Se é que o sexo selvagem e carnal que fizeram na noite anterior podia ser verbalizado como "fazer amor".
Agora ela estava ali, deitada ao lado dele, sentindo a respiração pesada de willian em seus ombros e com seus braços enlaçados em sua cintura. Foi preciso de um pouco de habilidade para se soltar daquele abraço extremamente possessivo, mais nada que um travesseiro colocado no momento certo não pudesse lhe substituir. Depois que Sophia conseguirá se soltar dele, tudo que seu marido fez, foi agarrar o travesseiro e vira-se para o outro lado da cama...
Em poucos minutos, Sophia já tinha feito sua higiene e tomava seu café com leite sentada no sofá de sua sala, dedilhando o controle da Tv, da qual parecia não ter nenhuma programação que lhe agradace. Quando a campainha soa e ela levantando-se vai atender... Ao abrir a porta não encontra ninguém apenas uma sacola de papelão simples deixada ali no chão e agachando para apanha-lá avista seu nome escrito e grampeado junto a alça da sacola. Ao abrir para ver o conteúdo que havia dentro ela sorri ao ver um exemplar antigo de capa dura com mais de quinhentas folhas abordando seu assunto preferido dos últimos tempos a administração. Se alguma hora ela havia duvidado quem deixará a sacola em sua posta, já não tinha mais duvidas e então correndo para o sofá apanha seu celular e digita uma mensagem:
Sophia_ Oi. Bom dia. Obrigada pelo livro. Tô sem palavras para agradecer.

Minha aluna, malcriada (Concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora