Já se passava das 15:00 horas e Alexandre ainda estava na faculdade, mais precisamente na sala dos professores onde corrigia algumas provas e revisava trabalhos de seus alunos do terceiro ano, sua companhia naquele momento era apenas um grande vazio e sua caneta vermelha, quando o professor de administração Thiago, chega dando fim ao silêncio:
_E aí meu brother? Tudo bem com você? Desde manhã que não te vejo?
_Pois é, meu dia foi meio corrido hoje, mais esta tudo bem sim.
_Eu fiquei sabendo que você atropelou uma aluna hoje cedo?
_Eu não a atropelei, foi ela quem surgiu do nada e entrou na frente do meu carro de repente.
Alexandre explica o ocorrido um tanto quanto saturado, como se já tivesse narrado o acontecido diversas vezes e na verdade tinha mesmo, e ter ouvido a repreensão do diretor Adriano acompanhado de várias recomendações sobre nunca atropelar um aluno e muito menos se essa aluna em questão for filha de um dos sócios mais importantes e influentes da USP não havia sido nada confortável:
_Hum. E ela se machucou?
_Graças aos céus que não, ou então eu estaria bem encrencado o Adriano fez questão de deixar bem claro isso, para mim, a Fernanda é louca e ao que parece seu pai super rico e influente é mais louco ainda.
Alexandre sorri ao pronunciar o nome de sua aluna, se lembrando da discussão que tiveram na enfermaria:
_Thiago, da pra acreditar que ela roubou minha agenda escreveu em todas as folhas repetidas vezes que me odeia e me entregou no dia seguinte? Olha a que ponto nós chegamos, a ousadia desses alunos me surpreende a cada dia.
Alexandre olha para Thiago abismado e ele depois de dar uma mordida na torrada que comia, sorri maliciosamente:
_Cuidado que do ódio para o amor é um passo hein? Hoje ela pode te odiar e amanhã ela pode estar de quatro por você, é assim que as coisas acontecem hoje em dia. E aí, quer um cafézinho?
Thiago pergunta se levantando da cadeira onde estava sentado e se dirigindo a cafeteira:
_Não obrigado... E só para constar eu não acredito que uma aluna como ela se interessaria por mim, com certeza eu não faço o tipo dela.
_Entao, com esse argumento você confessa que já cogitou essa idéia?
_Não. Thiago, não, você ficou maluco. Essa garota me odeia e mesmo que nós não tivéssemos atrito eu jamais olharia para ela com outros olhos isso é completamente anti ético, eu só quero ajuda-lá.
_Ajuda-lá em que? Oh, Santo Alexandre?
Fazendo sinal de reverência, o professor de administração descontrai a conversa fazendo Alexandre sorrir:
_Eu não sei em que exatamente, mais eu vou ajuda-lá. O jeito que ela se veste, as coisas que ela fala, a raiva que ela demonstra sentir por alguém. Essas coisas me impulsionam a ajuda-lá, entende?
_Não, eu não te entendo... Mais se tem uma coisa da qual eu entendo muito bem é de cerveja e de pub, tá afim de esticar a noite num barzinho aqui perto?
_Não, acho que hoje não vai rolar eu tô muito cansado e tenho mil coisas para fazer.
_Essa foi sua desculpa da semana passada e não cola mais, última chance, tá afim de sair para beber e quem sabe pegar umas gatinhas?
_Sair para beber não, mais se você quiser pode ser útil e vir me ajudar a pintar meu antigo apartamento eu tô redecorando ele, vou voltar a morar lá, eu decidi encarar os problemas e as recordações da Monique de frente.
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Minha aluna, malcriada (Concluído)
RomanceOs últimos anos da vida de Fernanda não tem sido dos melhores. A jovem de 18 anos tem sofrido muito com a separação dos pais, logo depois de ter flagrado seu pai o empresário Augusto Cunha, aos beijos com sua secretária em sua festa de aniversário d...