Minha aluna, malcriada (Concluído)

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8:00 horas depois do acidente...

No hospital Santo Ângelo, Fernanda dormia sob o efeito de sedativos, sendo observada por Alexandre que se negou sair do lado dela. Quando a garota abre os olhos e sente dificuldades para mover o pescoço devido ao colar cervical que a imobilizava:

-Ale... Alexandre?

Alexandre que estava sentado na poltrona ao lado de seu leito ao ouvir a voz da aluna se levanta da cama num pulo e alcançando seu braço acaricia sua mão direita aliviado por ela ter acordado:

-Oi Nanda eu tô aqui, meu amor. Que bom que você acordou eu vou chamar seu médico.

-Não, por favor. Não me deixa sozinha aqui. Eu não sinto minhas pernas, minha cabeça dói e porque eu estou com essa coisa no meu pescoço?

-Ao pular do carro você lesionou a cervical.

-E quando eu vou poder tirar isso?

-O plantonista disse que você em poucos dias, você só precisa usar até seus ligamentos cicatrizarem.

-E minhas pernas Alexandre? Porque eu não sinto minhas pernas?

-É reação da anestesia, além da cervical você também fraturou a perna em dois lugares diferentes e vai precisar usar gesso por algum tempo.

-Não!

Sentindo-se impotente por estar imóvel Fernanda deixa escorrer algumas lágrimas de seus olhos as quais Alexandre as enxuga com seu polegar:

-Hei, não, não chora o pesadelo já passou. Você está viva, está bem e só devemos agradecer a Deus por isso e não lamentar. Tenha fé que você vai se recuperar!

-E... Você tem notícias do Antony?

-Eu tenho e infelizmente não são boas.

-O que aconteceu com ele Alexandre? Me conta?

-O Antony fraturou a perna com a batida do carro e não aguentou a cirurgia. Ele... Infelizmente...

-Ele morreu? O Antony morreu Alexandre?

-Sim, ele faleceu minutos depois que chegou no hospital a equipe de paramédicos fizeram de tudo mais não puderam salva-lo.

Assim que Fernanda fica sabendo da morte de Antony a garota começa a chorar alto e como seus batimentos cardíacos começam a aumentar Alexandre sai correndo chamar um médico para estabiliza-la...
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Duas semanas depois...

Ao receber alta no hospital, Fernanda se hospedou na casa de Aydê, mãe de Alexandre. Onde fora tratada como uma princesa, tanto pela sogra, quanto por sua cunhada Sophia, sem esquecer de Isabela que atenciosa sempre levava o puff para todos os lugares que Fernanda ia para apoiar a perna quebrada. A aluna mesmo estando de atestado e não poder frequentar a faculdade, teve aulas particulares com seu professor Alexandre o qual cuidou e mimou a garota com buquê de flores e chocolates e a cada aula vaga que eles tinham assistiam filme até de madrugada e por diversas vezes o casal pegava no sono e acabava por adormecer na cama do antigo quarto do professor.
Para Alexandre dormir de conchinha e acordar abraçado com Fernanda todos os dias, estava sendo uma experiência maravilhosa, a única  coisa que o incomodava era não saber toda a verdade do que realmente tinha acontecido entre sua namorada e Antony, ele sentia que sua aluna escondia algo grave e não disfarçava seu interesse em saber, porém toda vez que o rapaz fazia a pergunta em questão, Fernanda desconversava  mudando de assunto...
Era domingo, e todos estavam na sala, esperando por Sophia e Thiago que tinham combinado de fazer uma visita para revelar o sexo do seu bebê para a família. Quando o barulho do alarme do carro de Thiago sendo acionado avisa que os noivos haviam chegado e Isabela sai correndo ao ver Sophia passando pelo jardim: