Pega ela professor!

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Ao chegar no estacionamento de seu prédio, Alexandre desliga o carro e então olha para Fernanda novamente e ao contrário de quando ele tirou ela a força do meio de centenas de alunos que a observavam dançar na festa de seu aniversário e a levou para o carro, agora a garota estava calma e olhando para o nada a sua frente, parecia estar refletindo sobre a vida.

-Fernanda, chegamos... vamos subir?

A aluna sem ao menos olhar para seu professor, solta uma gargalhada alta e descontraída, que Alexandre não demonstrou para ela, mais adorou ouvir:

-Do que você está rindo?

-De nada e de tudo. Olha eu posso ser sincera com você? Eu estou tão bêbada que não sei se consigo descer do carro. Você me ajuda?

A garota faz biquinho e aqueles olhos irresistíveis do gato de botas surge em seu rosto o coração do professor acelera, então ele descendo do carro e dando a volta no automóvel abre a porta para ela que tentando levantar-se do banco por mais de três vezes não consegue e estende suas mãos para ele:

-Tá esperando o quê? Para me ajudar a sair daqui logo.

Então quando o professor segura em suas mãos a puxando para cima, Fernanda ganha impulso e ao sair do carro seu corpo esbarra diretamente no dele e por alguns segundos eles ficam frente a frente se olhando sem emitir som algum. O coração teimoso do professor acelera um pouco mais, perdendo o compasso. Quando a garota sente vertigem e se desequilibra, ele agindo rapidamente a segura de novo trazendo seu corpo para mais perto de sí, percebendo que a proximidade que eles tinham era perigosa para seus instintos masculinos:

-Você está bem? Consegue caminhar?

-Acho que sim.

Então, enlaçando o braço na cintura da garota Alexandre a direciona caminho ao elevador...

Ao abrir a porta de seu apartamento, Alexandre entra com propriedade deixando as chaves e celular em cima da mesinha de centro na sala, porém Fernanda mesmo bêbada mantém seu orgulho e fica parada do lado de fora, no corredor afinal de contas ela não queria estar ali, foi trazida a força e não iria entrar nem sob tortura.
Ao perceber que sua aluna malcriada não o acompanhou ele volta para o corredor e a encara repousando sua mão na parede em que ela estava encostada cercando-a:

-Você não vai entrar?

-Já disse que não quero. Eu quero voltar para a festa me divertir. Se você não me levar eu peço um táxi e vou sozinha.

Fernanda com dificuldade em sua dicção fala o desafiando, mantendo seus olhos nos dele, Alexandre sentindo-se contrariado cerra um dos punhos que estava livre:

-Entra, por favor... Olha eu já estou perdendo minha paciência com você! Não quero te obrigar a entrar.

Então cuidadoso ele tira uma mecha de cabelo que estava no rosto da garota o colocando atrás dá orelha dela, tenta forçar uma amizade e ela em agradecimento retira a mão dele bruscamente:

-Já me obrigou a vir até aqui, que diferença faz? Isso pode te levar para a cadeia, você sabe disso, isso que você está fazendo comigo e rapto, sequestro seja lá como você queira chamar.

-Nada disso. O que estou fazendo com você tem outro nome e eu prefiro chamar de cuidado. Fernanda... Pelo amor de Deus, tenha bom senso, você estava tirando a roupa perto de todos aqueles desconhecidos.

-E daí?... E daí? Eu estava me divertindo, eu estava aproveitando dos poucos momentos em que eu consigo uma miséria de felicidade.

Fernanda frustrada ao pensar em sua vida e na fase amarga que estava passando, pós casamento de seu pai, começa a chorar enquanto falava:

Minha aluna, malcriada (Concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora