Um amor com outro se cura

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Já passavam das 18:00 horas, o sol se perdia timidamente no horizonte da cidade de São Paulo Capital, Renan como prometido havia levado Cecília para tomar sorvete. Ambos estavam sentados numa mesa de madeira requintada do lado de fora dá sorveteria, onde ele era acostumado a frequentar, e para cada conhecido seu que vinha cumprimenta-lo o rapaz fazia questão de apresentar Cecília como sua amiga, fazendo com que a garota se sentisse importante para ele, Cecília não sabia muito o que lhe estava acontecendo mais o sentimento que a presença de seu chefe lhe causava era peculiar e diferente de tudo o que já havia sentido, seu coração estava disparado, suas mãos trêmulas e geladas, a explicação mais cabível que ela tinha encontrado depois de tanto procurar entender o porquê dos seus sintomas, foi se convencer de que estava feliz com sua nova conquista, ela iria trabalhar na empresa que mais almejou e seus pais com certeza iriam ficar orgulhosos dela.

Logo após fazerem seus pedidos ao garçom, ambos se olham e sorriem:
_Você conhece muita gente por aqui! _E não seria diferente, eu frequento essa sorveteria desde a infância, me lembro de muitas tardes maravilhosas que eu passei com a minha família aqui. Tempo bom que não volta. Diferente daquele garotinho peralta dá infância que sempre que caia e ralava o joelho o beijo dá mãe e abraço do pai eram capazes de me curar, hoje eles me cobram muita responsabilidade. Só porque sou o filho homem e mais velho tenho que honrar o sobrenome dá família. O que é irônico, porque minha irmã só desonra.
Depois de se permitir fazer um pequeno desabafo sobre sua vida Renan respira fundo e olhando fixamente para Cecília que estava a sua frente e muda de assunto:
_Mais e você? O que tem para me contar sobre você, sobre sua vida? Eu quero conhecer mais sobre a pessoa com a qual eu vou conviver a maior parte do meu tempo a partir de hoje!?
Renan cruza os braços brincalhão e acaba intimidando ainda mais Cecília, que sorri nervosamente:
_Bom... O que dizer sobre mim? Acho que todas as informações estão no meu currículo, me chamo Cecília Monteze, tenho 20 anos de idade, estou no último ano de ADM, moro com meus pais os quais eu amo de paixão... E só. Na verdade acho que sou uma garota bem normal, igual a todas as outras dá minha idade.
Depois de fazer um resumo bem precário de sua pessoa, Cecília olha para os lados tentando desviar o olhar de Renan, que sorri acariciando a mão dela levemente:
_Nossa finalmente consegui encontrar um defeito em você, você é uma péssima observadora de si mesma.
Cecília fica em dúvida se o comentário do rapaz tinha sido uma crítica ou ele estava tentando flertar com ela:
_Me desculpe, não sou muito boa em falar dos meus defeitos e muito menos das qualidades.
E lhe pedindo desculpa a garota preferiu ficar com a primeira opção, a partir daquele momento ele já era seu chefe e o que estava fazendo era critica-lá:
_Não se preocupe, eu não sou aquele tipo de chefe que fica procurando defeitos nos funcionários. Por isso não se intimide por favor, eu só quero conhecer mais você... Sabe? Quebrar o gelo. O que é contraditório porque no nosso primeiro encontro eu te trouxe para tomar sorvete, então!
Renan sorri embaraçado baixando sua cabeça e Cecília não consegue evitar uma gargalhada calorosa. Um dos donos da sorveteria chega trazendo seus pedidos:
_um colegial para a garota e banana split para o meu garoto!
Rubens cumprimenta Renan com certa intimidade e depois de um aperto de mão forte e caloroso ele se vira para Cecília e cumprimenta-a também:
_Desejam mais alguma coisa jovens? _Por enquanto estamos bem, obrigado Rubens!
Logo após a retirada de Rubens, Renan volta sua atenção novamente para Cecília e sua taça de sorvete:
_Hum, o seu sorvete parece tão bom, posso provar? _Claro. Mais só se você me der uma colherada do seu.
Cecília brinca e fica surpresa quando o rapaz sem pestanejar, usa dá sua própria colher para apanhar um pouco do seu sorvete e levar até a boca dá garota:
_Hum. Delicioso. _Agora é minha vez.
Então abrindo a boca o rapaz espera pela colherada que a garota lhe serve sorridente, incrédula com a simplicidade do rapaz, todo esse charme dele iria fazê-lá se apaixonar...
*********
Ao som alto e estridente dos sucessos de Capital inicial, André se trocava para sair e após ter terminado de pentear seus cabelos e feito seu melhor topete o rapaz sorri em frente ao espelho e conversa com seu reflexo:
_Você é o cara!
Nos poucos segundos de silêncio entre a troca de uma faixa de música para a outra, o rapaz ouvi sua campainha tocar insistentemente​ e ainda de camisa aberta segue para atender:
_Oi gata! _Oi, eu posso entrar?
Sem ao menos esperar que André lhe dê espaço, Fernanda entra no flat do rapaz e o encara:
_E então, o que te traz por aqui? _Eu vim em busca de companhia.
Fernanda diz, dando de ombros, olhando para ele:
_Você vai sair? Tá bonito. _É eu combinei de sair com os caras. _Hum, tá fazendo novos amigos e esquecendo os antigos, gato?
Com olhar sedutor a garota se aproxima de André passando sua mão pelo peitoral bem definido do rapaz, confessando a ele sua real intensão:

Minha aluna, malcriada (Concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora