Uma opção de escolha

2.3K 182 27
                                    

-Humm. Mãe essa foi a melhor torta de maçã que eu já comi na vida.

Fernanda de olhos fechados elogia a torta de maçã que Liliana havia preparado especialmente para ela. Sua mãe sorri satisfeita ao ver o apetite da garota ao apanhar seu terceiro pedaço de sobremesa:

-Fico feliz por você ter gostado, Nanda.

-Eu não gostei. Eu adorei. Estava faminta.

-Deu para perceber. Esse já é seu terceiro pedaço. (Risos)...

-Oh mãe, vai ficar controlando o que eu como agora?

-Não estou controlando. Muito pelo contrário estou feliz de poder cozinhar para você! Mas e então, você ainda não me disse como foi a cerimônia de casamento do seu pai e nem como foi sua festa de aniversário. Fiquei sabendo que seu namoradinho foi quem agitou tudo para que os seus 19 anos fosse perfeito.

Usando uma linguagem mais jovem Liliana tenta ter um diálogo leve e saudável com a filha e Fernanda se anima colocando os dois pés encima da cadeira que estava sentada:

-A cerimônia do casamento foi horrível. Qualquer um percebia a léguas de distância que meu pai não estava tão animado em estar se casando, ao contrário da Vivian que se mostrou radiante. Mas achei seu vestido simples demais. E se te alegra ela não foi uma noiva bonita...

-E você se portou bem?

-Tinha como não me portar? Com o careta do meu professor no meu pé a festa toda? Mais confesso que foi legal ter ele por perto me apoiando.

Fernanda diz sentindo seu rosto enrubescer diante de sua mãe.

-O Alexandre é um amor mesmo, sempre atencioso e carinhoso. Quando nós estudávamos juntos ele também era assim. Um cavalheiro!

Apesar de Liliana ter sido sincera ao citar as qualidades de Alexandre, Fernanda por algum motivo desconhecido por ela, não gosta do jeito meigo que sua mãe o retratou e por isso gagueja:

-Ele pode até ser um cavalheiro. Mais muitas vezes é um chato também e intrometido. Ontem mesmo ele me forçou a ir embora da minha própria festa. E tudo porque eu tinha bebido um pouco demais.

-Um pouco demais quanto mocinha?

-O suficiente para dançar encima do balcão da boate e tirar a roupa.

-Fernanda? Mais até eu se tivesse lá iria te fazer descer do balcão debaixo de chineladas. Você ficou louca minha filha?

-Ai mãe. O que é que tem? Eu estava me divertindo. Você sabe que eu adoro a adrenalina do proíbido é tão excitante. O único problema nessa história toda é que eu fui embora, ou melhor dizendo o professor me levou embora da festa carregada nos ombros dele e eu sai sem me despedir do André e agora ele deve estar uma fera comigo.

-Disso eu não tenho dúvidas. Porque você não vai conversar com ele, talvez vocês consigam esclarecer as coisas.

-Eu não sei se devo. Ele deve estar chateado e com razão.

-Ele deve estar chateado sim, mas razão ele só vai ter se você não for se explicar.

-Você acha mesmo que eu devo ir?

-Deve sim.

-Então eu vou. E acho que vou agora.

-Tem dou meu total apoio.

-Então você me empresta seu carro?

-Se for só para ir até o apartamento dele e voltar sim. Mais sem se desviar do seu caminho.

Minha aluna, malcriada (Concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora