Minha aluna, malcriada (Concluído)

Obrigada professor ♥

Na casa dos pais de Cecília, a garota abre a porta da frente com um sorriso  abobalhado nos lábios e quando se depara com Roberto e Vera Lucia a sua espera seu semblante muda completamente. Pela cara de seu pai ele não estava nada feliz com o horário que ela chegou em casa:

_Boa noite mãe. Boa noite pai! Pai me desculpe chegar esse horário eu me esqueci completamente que hoje você estaria de folga.

Ao cumprimentar seus pais com um beijo estalado na bochecha ela se explica ainda tensa:

_E será que nós podemos saber onde você estava ate uma hora dessas mocinha? _Eu não estava fazendo nada de errado pai, acontece que eu sai tarde do trabalho e acabei atrasando. Foi mal mesmo. Eu gostaria de ter jantando com vocês já faz tempo que não jantamos juntos.

Dengosa Cecília faz uma carinha de choro e depois deitando no sofá encosta sua cabeça no colo de Roberto. A garota sabia muito bem como desarmar seu pai. E estava quase conseguindo se não fosse por sua mãe que hoje não estava afim de ajuda-lá e cruzando os braços a sua frente encara a filha:

_E será que nós podemos saber quem te trouxe  Cecília? Nós vimos que você chegou de carro. _Ai, quantos questionamentos mãe foi a Mariana uma amiga que eu fiz no trabalho. Relaxa... Bom eu vou para o meu quarto tomar um banho e dormir. Amanhã tenho que estudar para pelo menos três exames. Beijão amo vocês!

Ao se levantar a garota beija seus pais e segue para seu quarto, aliviada por não ter levado bronca, porém triste por ter mentido para sua mãe sobre quem realmente lhe deu carona ate em casa.

Na casa de Aydê o jantar já havia sido servido e todos já tinham saciado sua fome. Alexandre já de saída apanhava a bolsa de sua filha e uma boneca que a garotinha insistia em levar para o apartamento do pai:

_Mais tem certeza que vocês já vão mesmo filho? Vocês não ficaram quase nada. Eu nem pude conversar com a Fernanda direito. _Não vai faltar oportunidade para vocês conversarem mãe, agora a Fernanda já sabe o caminho de casa, não é Nanda?

Sophia faz a pergunta olhando para a aluna de seu irmão que parecia aleatória a tudo o que estava sendo falado, quando a garota percebe que todos os olhares estavam voltados para si e sorri um pouco sem graça:

_Aydê seu risoto de camarão estava maravilhoso, eu nunca tinha provado nada parecido. Muito obrigada pelo jantar. Obrigada mesmo! _Não agradeça filha eu fiz de coração. Eu adoro cozinhar. Inclusive dou cursos de culinária se um dia você tiver interesse em fazer terei o enorme prazer de te ensinar. _Obrigada.

Aydê se despede de Fernanda dando-lhe um beijo estalado em seu rosto e dessa vez a aluna de Alexandre lhe da um abraço rápido porem afetuoso o que atrai a atenção do professor que sorri discretamente feliz em perceber que visitar a casa de sua mãe tinha feito bem a garota:

_Então vamos? Isabela se despede de sua tia e sua avó que já esta tarde e nós precisamos ir. _Está bem papai!

Obedece a menina já sonolenta devido ao horário...

O trajeto para a casa de Fernanda foi tranquilo, Isabela estava em sua cadeirinha e Fernanda por sua opção quis ir no banco detrás para continuar conversando com a garotinha que brincava com os dedos longos e magros de sua nova amiga:

_Chegamos!

Alerta Alexandre ao estacionar enfrente a casa de sua aluna:

_Chegamos. Isabela você não vai me dar um beijo para se despedir? _Eu não quero te dar um beijo. Eu não quero que você vá embora Fernanda. Não quero.

Isabela diz com uma voz chorosa esfregando as duas mãos em seus olhinhos, deixando Fernanda sem reação. Alexandre que as observava pelo retrovisor se preocupa com a filha: