Minha aluna, malcriada (Concluído)

Minha aluna, malcriada

Para Alexandre despertar com Fernanda deitada em seu braço foi a realização de um sonho até então impossível. A visão da garota dormindo profundamente com seus cabelos loiros emaranhados o fizera sentir-se vivo novamente, seu coração palpitava forte, seu sangue quente corria pelas veias e seus lábios tinham um motivo novo para sorrir.
Quando ele decide sair sorrateira da cama para não acordar a amada e depois de fazer sua higiene diária, acabou por se surpreender com sua disposição para preparar o café da manhã.
Na mesa havia café com leite e canela, ovos mexidos com bacon, torradas, cream cheese e geleia fresca de morango. Quando Fernanda acordando vai até a cozinha, usando apenas uma camisa branca do professor e parando no balcão fica o observando até ele notar sua presença:

-Bom dia, minha marrentinha!

-Bom dia, parece que alguém acordou bem inspirado hoje.

-Adivinha quem é minha inspiração?

-Não sei se consigo adivinhar você é um homem tão indecifrável.

Dando a volta no balcão Fernanda vai até a mesa de café e depois de lambuzar seu dedo de geleia de morango o lambe sem tirar os olhos do seu professor que sorri para ela desconcertado com a cena excitante que estava vendo:

-Você me enlouquece sabia?

-Esse é meu objetivo.

Agindo num impulso Alexandre puxa Fernanda para atrás do balcão e encurralando ela entre as paredes da cozinha lhe dá um beijo com direito a mãos bobas apertando sua bunda, deixando a garota sem fôlego:

-Você tá com fome? Porque de repente eu posso ser seu café da manhã antes de ir para o colégio. Podemos aproveitar essa geleia de morango que tá uma delícia.

-Eu adoraria comer você de café da manhã, de almoço e jantar.

-Nossa que guloso?!

-Mas apesar de não ser mais seu professor, você ainda é uma universitária e precisa obedecer as regras, principalmente a de chegar no horário mocinha.

Depois de revirar seus grandes olhos azuis, Fernanda senta-se a mesa ao lado de Alexandre e acaricia sua mão:

-Alexandre eu queria conversar com você sobre sua demissão. A culpa foi minha e eu vou concertar as coisas fique tranquilo que eu vou devolver seu trabalho.

-Fernanda, não precisa se preocupar. E pensando bem agora que nós nos acertamos e estamos juntos eu acho que não seria uma boa idéia voltar para a USP. Ser seu professor e seu namorado pode atrapalhar você. Você sabe como os alunos são maldosos e vão acabar te ofendendo e fazendo brincadeiras de mal gosto do tipo que você já pode imaginar.

-Alexandre, eu não ligo se os alunos pensarem que eu estou oferecendo sexo para você em troca de boas notas. Eu só ligo para o que você pensa sobre mim e eu sei que você pensa o melhor.

-Nisso você tem razão, eu sempre acreditei em você e nunca duvidei da sua capacidade.

-É por isso que eu te adoro e quero que você volte a ser meu professor.

-O que você disse?

-Que quero que você volte a ser meu professor!?

-Não, antes disso?

-Ah, eu disse que te adoro. Mas a frase certa a se dizer é que... Eu... Eu amo você.

Constrangida por falar de seus sentimentos por Alexandre em voz alta, Fernanda desvia seu olhar do dele abaixando a cabeça, quando acariciando o queixo da garota ele ergue sua cabeça novamente e a induz a encara-lo: