Minha aluna, malcriada (Concluído)

Só me abraça, por favor! ♥

Na empresa Rayo Ake, Cecília havia terminado seu trabalho do dia e ainda desligava seu computador quando Mariana terminando de apanhar sua bolsa se dirige a ela:
_Boa noite Cissa! _Boa noite Mari. Bom descanso para você. _Obrigada. Apesar de que minha noite vai ser longa. E eu acho que vou ter pouco tempo para descansar. Hoje meu noivo e eu vamos definir o cardápio que será servido no jantar de nosso casamento. _Ai que legal Mari. Nossa acho que eu iria adorar degustar de todos os pratos deliciosos que o buffet prepara. Iria me acabar, comer sem culpa. (Risos). _Ai Cecília, como eu gostaria de ser assim sabia. Mais light como você. Só de pensar em tudo o que vou comer hoje meu estômago já embrulha eu tô muito nervosa. _Mari, não fica assim. Olha, escolhe a melhor comida para vocês e não se preocupem no que os convidados vão pensar, tenho certeza que eles vão adorar. Você está preparando tudo com tanto carinho! Boa sorte. _Obrigada Cecília. Você tá sendo um amor comigo sabia?!
Mariana dando a volta na mesa da um abraço em Cecília que retribui sorrindo. Quando Renan pronto para ir embora abre a porta de seu escritório e as vê:
_Meninas, vocês ainda estão aqui?! _Estamos. Mais eu já estou indo, o Bruno acaba de chegar! Com licença. Bom final de semana para vocês. _(Os dois) Bom final de semana!
Assim que Renan e Cecília se despedem de Mariana, a secretária sai falando no celular com seu noivo Bruno.
_E você? Já está indo? _Já sim. _Quer uma carona? _Ah... Não obrigada. Acho que moramos para lados opostos. _Isso não é exatamente um problema, eu estou te oferecendo uma carona. Levo você. _Obrigada!
Depois de aceitar a carona de seu chefe Cecília sorri e apanhando sua bolsa os dois seguem juntos para o elevador...

Na USP, o professor Alexandre já tinha assumido seu posto na sala e após ter explicado as regras de procedência da (SAB sistema de auxílio bolsistas) para os alunos que ali estavam concorrendo as vagas cedida pela faculdade e seus patrocinadores, ele começa a entregar os exames que continham mais de quatro folhas.
A sala estava repleta de alunos entre 18 e 30 anos, a maioria deles tinham o semblante apreensivo e nervoso enquanto apenas meia dúzia pareciam manter a calma e uma dessas carinhas tranquilas era a de Sophia. Ao andar pelas carteiras distribuindo as folhas o professor não pode deixar de sorrir discretamente para sua irmã, sibilando algumas palavras para ela a desejando boa sorte, estava orgulhoso dela, Sophia estava se recuperando bem dos traumas que sua separação deixou em seu coração e em seu corpo, a única pontada de tristeza que havia em seu olhar era a distância entre ela e Thiago, pois leal a amizade de Alexandre o professor de matemática optou por se afastar completamente. Alexandre sentia culpa por isso, mais preferia sentir culpa do que ver sua irmã envolvida com alguém que não seria capaz de ama-lá por muito tempo e que não demoraria muito a machuca-lá também.
De repente a porta da sala se abre seguindo de alguns toques repetitivos:
_Professor, com licença. Eu posso entrar?
Reconhecendo a voz fina porém bem decidida de sua aluna Fernanda, o professor vira-se para encara-lá e não disfarçando sua satisfação de vê-lá ali, sorri:
_É claro que pode. _Me desculpe o atraso. _Conversamos sobre isso depois!
E mais uma vez ele sorri abobalhado, não ganhando um sorriso de volta o que o incomodou muito, mais recuperando sua postura séria a qual ele sempre perdia ao vê-lá, apenas prosseguiu com sua aula normalmente:
_Ja que está aqui, me ajude a distribuir os exames então. Comece pelo lado direito dá sala. _Ok.
Os dedos de Fernanda tocaram os dele quando a garota foi apanhar os exames que estavam em suas mãos e quando isso acontece Alexandre percebe que sua aluna estava com as mãos trêmulas...

No decorrer das três horas seguidas a aula prosseguiu normalmente, todos os alunos focados nas questões bem formuladas do exame, um mister de sentimentos era possível perceber naquela sala, apesar de estarem em silêncio o professor sabia ler muito bem a linguagem corporal de cada aluno, havia um ou outro que as vezes se movia disfarçadamente para observar as respostas do vizinho, dois ou três que mordiam o lábio inferior chegando ao ponto de ficarem arroxeados, a transpiração continua de um jovem de óculos mostrava toda sua ansiedade e necessidade em obter sucesso no exame para agradar seus pais e o sorriso satisfatório de Sophia deixava evidente que a cópia com o conteúdo de questões que cairia na prova que ganhará de Thiago a menos de uma semana havia a ajudado muito na hora de responder o questionário. Segredinho que eles manteriam guardado debaixo de sete chaves...
Apesar do silêncio dos alunos,  Alexandre observava cada movimento atentamente, até que avista Fernanda sentada na primeira carteira do lado dá porta, ele nota que ela estava quieta parecia ter os pensamentos distantes, hora debruçava sobre a mesa e depois passava a mão pelo rosto rapidamente, seus olhos estavam inchados e vermelhos e foi ao ver de longe escorrer uma lágrima no rosto dá garota que o professor percebeu que algo de muito grave estava acontecendo com ela...