Capítulo 2

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Pov's Camila.
31 de agosto de 2014.

Acordo cedo como de costume, nem aos finais de semana eu conseguia dormir até tarde, graças ao meu querido irmão, que estava com o som no volume máximo.

Eu só queria um pouquinho de paz, mas como eu não teria isso hoje, acho que não teria em nenhum momento, enquanto vivesse aqui, levanto-me e vou até o banheiro, tomo um banho longo e relaxante, me enrolo em uma toalha e vou até o closet.

Visto uma cueca box branca, um top da mesma cor, e um conjunto de moletom cinza, bem maiores que eu.

Devido a minha condição, só usava roupas largas pra esconder meu querido Amigo, como não pretendia sair, optei por não por o short compressor, aquele troço apertava demais.

Bom, você não deve esta entendendo nada, eu sou intersexual, minha mãe durante a gravidez teve algumas complicações, e eu nasci com um órgão genital masculino, sim eu tenho um pênis, estranho né? Nem adianta falar que não é, porque sei que lá no fundo você acha estranho.

Porém, eu não ligo, não mais, acho até legal ser diferente, algumas pessoas implicam, tentam me humilhar, cheguei até a apanhar, a grande verdade é as pessoas sentem medo do diferente.

Quando era menor isso me deixava destruída, fiquei um tempo até em depressão, entretanto eu superei, hoje às palavras, agressões, fazem de mim uma pessoas mais forte, pois o que dizem não muda em nada meu caráter e minha personalidade, Eles não afetam mais minha vida.

Estava indo tomar meu café, estava quase chegando as escadas, meu irmão aparece e me puxa.

_ Calminha aí maninha, os populares vão na frente! _ diz ele todo esnobe

Eu não sei porque ele agia dessa maneira, nos dávamos bem até os meus 12 anos, depois disso ele começou a ficar estranho, me tratar mal

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Eu não sei porque ele agia dessa maneira, nos dávamos bem até os meus 12 anos, depois disso ele começou a ficar estranho, me tratar mal.

Minha mãe diz que é porque ele se sente mal por eu e Sofia termos nosso pai presente e ele não, mas ele não tratava Sofi dessa forma, pelo contrário ele a adorava, desconfio que seja por minha condição, entretanto eu não podia fazer nada, já tinha tentado conversa, me reaproximar, ele não quis, fiz minha parte, agora ele que se fod..

_ Idiota! _digo o empurrando e tentando descer.

Ele me puxa de novo, e me joga com tudo contra a parede, fazendo com que eu batesse a cabeça, me debato mas não consigo me soltar, já que ele era mais forte do que eu.

_ Do que você me chamou sua aberração? - pergunta ele

_ O que você ouviu, além de idiota também é surdo! _digo já com raiva

Eu só podia está ficando louca, ou querendo morrer, mais eu já estava de saco cheio, chega um momento que você cansa, ele passou de todos os limites, eu não era de me exaltar mas quando acontecia, saia de perto, escutar dos outros tudo bem, agora meu próprio irmão, já é muita palhaçada com a minha pessoa.

Simplesmente Acontece (Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora