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As minhas pernas doiam, eu já estava a andar há horas, não sei onde estou, tenho fome, estou cansada, os meus olhos devem estar vermelhos se tantas lagrimas que deitaram e continuam a deitar e o meu corpo está fraco.

-Estas bem?- ouvi a voz de alguém, esse alguém segurou no meu braço.

-Sim eu estou bem.- eu disse com a minha voz fraca.- Pode me largar.

O rapaz que me segurava pelo braço largou o mesmo e eu continuei o meu caminho.
Qual caminho?
Eu estou num labirinto, não sei para onde me virar, não sei onde é a saída.
Onde é a saída deste inferno?

Andei por mais meia hora eu acho.

O meu telemovel começou a tocar, olhei para o ecrã onde mostrava "Mateus".

-Estou!?- falei encostando o telemóvel ao meu ouvido.

-Olá Rita, eu queria perguntar se queres ir almoçar comigo.- ouvi a voz de Mateus.

-Se eu soubesse onde eu estou eu aceitaria.- eu disse olhando em minha volta.

-Como assim Rita?- ele perguntou.

-Eu perdi-me.- eu informei o rapaz.

-Diz-me o nome de alguma loja, café ou restaurante que esteja aí perto.- ele pediu e eu olhei para trás de mim vendo o nome de uma pequena tabacaria.

-Estou em frente da Tabateque, não sei se conheces.- eu disse.

-Eu vou já para aí.- ele disse e desligou a chamada.

Voltei a guardar o meu telemóvel no bolso e esperei por Mateus que não demorou muito a chegar.

Entrei no seu carro e pus o cinto de segurança.

-Para a próxima vez pedes a alguém para vir contigo.- ele disse preocupado.

-Tu nao percebes, eu não quero estar sempre acompanhada por alguém, eu sou adulta eu preciso de fazer as coisas sozinha.- eu disse um pouco irritada com tudo o que estava a acontecer comigo.

-Calma Rita, tu vais ficar bem, tu vais te lembrar de tudo.- ele disse e pegou na minha mão.

-Desculpa, tu não tens culpa de nada.- eu disse e forcei um sorriso mas a minha vontade era mesmo chorar.

HIM! || André Silva ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora