Fiquei a noite toda a pensar no telefonema do Edward. Zayn. Este nome não me é estranho, nada mesmo. Vi o Edward a sair da sua casa. É agora Mia, não o percas de vista. Fui atrás dele sempre com algum distância entre nós. Demorou, mais ou menos, 30min a chegar a vila. Era uma vila mesmo muito pequena, com meia dúzia de casas velhas e nas ruas só circulavam velhotes. Bom sítio para traficar. Olhei para todos os lados para ver se encontrava algum tipo com pinta de bad boy, sim porque a maioria desses gajos só tem pinta e garganta, à mínima coisa são os primeiros a fugir. Vi um gajo suspeito, ao fundo da rua, encostado a uma casa qualquer, comecei a estudar o sítio para tentar impedir o Edward chegar até ele. Edward entrou no café. Boa. Uma senhora estava a andar para o café e rapidamente a cerquei.
"Desculpe. Bom dia" sorri amavelmente.
"Bom dia!" A senhora olhou-me de cima abaixo.
"Acha que me pode fazer um favor?" Ela olhou-me com a sobrancelha arqueada. "hm, eu pago." Mostrei-lhe um maço de notas. Ela assentiu. Sorri para mim mesma. "Está a ver aquele rapaz ali." Apontei para o Edward que estava de costas para a janela do café. A senhora, voltou, assentir. "Eu quero que o distraía. Finja que se está a sentir mal, que lhe dói alguma coisa, que precisa de companhia, mas eu quero-o ocupado por menos durante meia hora. Pode ser? " Olhei para senhora de cabelo meio acinzentado, baixa e um pouco gorda. Ela assentiu sorrindo. Sorri de volta e dei-lhe o dinheiro. "Obrigada!" olhei para o gajo de onde estava, sorri em vitória e arranjei-me. Caminhei até o gajo. "hm, olá" sorri. Ele olhou-me de cima a baixo e deu-me um sorriso porco. Revirei os olhos.
"Não sabia que Edward era nome de gaja" riu, ainda apreciar-me.
"Não sabia que tinhas sido contratado para apreciares os teus clientes. " Olhei para ele arqueando uma sobrancelha. O gajo era careca, um pouco mais alto que eu, olhos verdes e estava vestido todo de preto.
"Porque é que és tu e não o tal Edward?" Mau, não gosto de perguntas.
"Porque aconteceram uns problemas, agora entrega-me a encomenda." Estiquei a mão impaciente. Não tenho tempo para idiotas. Ele olhou-me arqueando uma sobrancelha. Queres ver que o gajo não me vai dar aquilo.
"Como é que te chamas?" hm, não posso dizer o meu verdadeiro nome. Passei a língua pelos lábios.
"Caroline." Disse o primeiro nome que me veio à cabeça.
"hm." Ele tirou o saco do bolso do casaco. Consegui? Tentei conter o sorriso a sua frente. Ele pousou o saco em cima da palma da minha mão. Consegui. Yes! "Manda comprimentos ao Zayn."
"Serão entregues." sorri e virei as costas fazendo o meu caminho para fora daquela vila. Missão comprida. Agora vendo isto e vou comprar um apartamento. Melhor do que isto nunca conseguirias Mia Petrova. Dei uma valente gargalhada. Ficaram todos a olhar para mim, mas eu não quero saber. Eu estou feliz e nem precisei do tempo que pedi à velha.
Edward POV
Saí de casa pronto para ir buscar a mercadoria que o Zayn pediu-me para ir buscar aquela vila pequena. Bom sítio para receber mercadoria, ele é esperto. Cheguei à vila e entrei num café, precisava de comer. Fiz o meu pedido e entrou uma senhora no café. Continuei com o meu pequeno-almoço até que a senhora que tinha entrado há pouco cai no chão, parecia um boneco, deu-me uma vontade enorme de rir, mas contive-me e fui ajudar a senhora.
"Ai senhora Geraldina." Disse a dona do café, indo ao encontro da senhora tal como eu. Vi-lhe a pulsação estava normal. Estranho.
"Acontece-lhe isto muitas vezes?
"Não. Ela é uma pessoa muito saudável." hm. A dona do café foi buscar água com açúcar e deu-lhe a boca, senhora tossiu dando sinal de vida. "Ah, senhora Geraldina, sente-se bem?"
"Sim, sim. Obrigada." A senhora sorriu. Olhou para mim. "Obrigado menino." sorriu-me.
"De nada. " Sorri e voltei a minha mesa. Isto foi estranho, muito estranho. Olhei para a velha que agora estava a sorrir e a rir-se como se nada tivesse acontecido. Acabei o meu pequeno-almoço tranquilamente e olhei para o relógio. Está na hora. Fui para o sítio combinado e não estava lá ninguém. Esperei uma hora e nada. Peguei no telemóvel e liguei para o Zayn.
"Sim?" Disse ele com voz de sono. Ups.
"Acordei-te?"
"Claro, já viste as horas? Queres o quê?"
"Não está cá ninguém."
"Como assim? Não tens a mercadoria?" A sua voz mudou.
"Não."
"Mas o gajo mandou-me mensagem a dizer que tinha entregado a mercadoria." Mas como se eu nem tive com ele?
"Isso é impossível, meu. Eu não tenho nada."
"Mau, mau maria. Vêm para cá." Desligou. Como é que gajo mandou-lhe mensagem se eu não tenho nada? Cá para mim o gajo ficou com o dinheiro e com o material.
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Survival // Z.M
Fiksi PenggemarMia Petrova tem 18 anos. Não tem pai, nem mãe. Mia vivia com uma tia, mas esta morreu quando Mia tinha 16 anos. A partir daí, Mia, teve que se fazer à vida metendo-se em coisas ilegais nas quais saiu sempre ilesa. Todos os gangues a querem, por ser...