Acordei em algo confortável, espreguicei-me, demasiado confortável. Abri os olhos rapidamente e olhei em volta. Um quarto todo branco com uma janela à frente da cama. Estiquei, cautelosamente, o meu braço direito para o outro lado da cama e não tinha ninguém ao meu lado. Olhei por baixo das mantas da cama. Bem, isto é estranho, muito estranho. Eu estou num quarto, sem ninguém ao meu lado e vestida? Mas que raio faço eu aqui? Como é que eu vim aqui parar?Entrou alguém pelo quarto e eu rapidamente fechei os olhos fingindo que estava a dormir. Senti que essa pessoa estava a olhar para mim.
"Eu sei que estas acordada." Senti a cama ir abaixo. Ele sentou-se ao meu lado. Continuei a fingir que estava a dormir. "Oh vá lá Mia." Em segundos estava por cima do gajo a agarrar-lhe os braços cada um ao lado da sua cabeça.
"Como é que sabes o meu nome? Como e porquê é que vim parar a esta casa?" Olhei-o nos olhos de uma forma ameaçadora. Ele começou a rir-se. Porquê é que ele se está a rir? Outro gajo qualquer teria medo e respondia-me a gaguejar. "Porque te ris?" Disse entre os dentes.
"Calma, Mims" parou de rir. Mims? Só uma pessoa é que me chamava de Mims.
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"Mims, anda cá." Corria atrás de mim. Olhei para trás e ele estava mesmo perto de mim. "Sabes que te vou apanhar." Riu-se.
"Nunca, Ed" ri alto. Eu estava a fugir porque lhe tinha roubado um saco de droga, não sei porquê é que ele o tinha, mas eu também queria um pouco.
"Mas que barulheira é esta?" Disse uma voz grave. Olhei na direção da voz, parando depois de correr vendo que era o John. Ed parou de correr ficando atrás de mim. "Onde arranjas-te isso Mia?" Aproximou-se de mim. Olhei para o Ed e viu a engolir seco. Ele roubou este saco ao John.
"Achei no chão." Ele arqueou uma sobrancelha. Todos sabiam que o John sempre teve uma queda por mim, ele confiava muito em mim, eu tinha esse dom.
"Nunca se acha uma quantia dessas no chão" tirou-me o saco da mão. Encolhi os ombros e tirei-lhe o saco da mão.
"Pois, eu tive a sorte de o encontrar. Por isso, é meu." Pus o saco dentro do meu soutien. John mordeu o lábio. Agarrei na mão do Ed e puxei-o para irmos embora. Depois de estarmos longe, muito longe, de tudo e todos. "Mas tu passas-te?" Empurrei-o. "Foste-lhe roubar droga logo a ele? O rei desta merda se ele te apanha-se eras morto, caralho, morto." Empurrei-o novamente, mas desta vez fazendo-o cair no chão.
"Ele ama-te Mia e vai sempre acreditar em ti." Revirei os olhos. É verdade. Ele gosta de mim e confia mais em mim no que nos gajos que estão com ele há anos. Errado da parte dele porque quando ele menos esperar a Mia vai lixa-lo.
"Tudo bem, mas imagina que eu não estava contigo? Era uma vez um rapaz muito burro chamado Edward Martin que se foi." Ele olhou-me sério. "Toma lá isso." Mandei-lhe com o saco para cima. "Diverte-te." Virei-lhe as costas e desapareci.
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Rapidamente saí de cima dele. "Que fazes aqui, Edward?" Ele levantou-se.
"Isso pergunto eu." Percorri cada centímetro daquele quarto com os meus olhos, até encontrar o que me pertencia. A minha mala. Fui até ela e peguei nela. Dirigi-me para a porta. "Onde vais Mia?"
"Vou embora, o que te parece?" Virei-me para ele e analisei-lhe. Ele mudou tanto. Já nem o reconhecia. O seu corpo está mais definido, aquela camisola branca justa ao seu corpo fica-lhe tão bem, o seu cabelo está mais encaracolado. Só passou um ano e meio desde que ele fugiu de Holmes Chapel.
"Fica, toma um banho." Levantou-se e colocou-se a minha frente. " E depois contas-me o porquê de estares em Bradford." Bufei.
"Eu quero saber onde encontraste-me e porquê é que me trouxeste para aqui. "
"Tudo bem, mas primeiro toma um banho, não estas num estado muito agradável, e depois vestes algo confortável e passas esta noite aqui. " Rolei os olhos. Às vezes conseguia ser um chato do pior, mas conseguia sempre tudo o que queria da minha parte. Vou aproveitar tomo um banho, o meu corpo já não vê água a alguns dias, alimento-me, o meu estômago vai agradecer, e depois vou embora. Ele que não pense que vai voltar tudo ao normal.

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Survival // Z.M
FanfictionMia Petrova tem 18 anos. Não tem pai, nem mãe. Mia vivia com uma tia, mas esta morreu quando Mia tinha 16 anos. A partir daí, Mia, teve que se fazer à vida metendo-se em coisas ilegais nas quais saiu sempre ilesa. Todos os gangues a querem, por ser...