Chapter 8

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Meia hora passou-se e já tinha os documentos do carro e uma matrícula nova. Ele é mesmo bom, em tudo mesmo. Se é que me entendem. Ri-me. Há muito que não tenho uma noite quente com o Thomas e aquele beijo que ele me deu antes de eu ir embora? Ai meu Deus. O meu útero até ficou em chamas.

Cheguei ao centro de Bradford com o meu Ferrari preto, todos olhavam para o carro. Passei mesmo no meio. Havia carros de um lado e de outro. Se houver corridas em que o vencedor ganhasse dinheiro. Eu vou. Estacionei o carro e sai do mesmo. Ficaram todos a olhar para mim, como se agora eu fosse o carro. Começaram todos a cochichar. Eu desfilei no meio deles sentido os seus olhos postos em mim.

Ri com a reação de um gajo, quando passei por ele, que tinha uma gaja ao colo e uma cerveja na mão e cuspiu a cerveja que tinha na boca para cima da gaja que estava sentada no colo dele. Eu já sabia que era boa, mas nunca pensei que fizesse deitar fora uma cerveja. Abanei a cabeça e fiz o meu caminho até ao bar. Parei do outro lado da estrada com receio. Foi aqui que estive hoje. Encolhi os ombros e entrei no bar. Podia ser reconhecida, era o mais certo, mas eu tenho uma arma e não vou ter o maior dos problemas em utiliza-la se for necessário.

Fui direta ao barman, era o mesmo gajo da outra vez, e pedi uma vodka preta. Enquanto estava a espera da bebida passei os meus olhos pelo o bar, até ver o gato e o Edward. Eu e o gato cruzamos o olhar. Fodasse.  Virei-me rapidamente para frente. E agora? O gajo trouxe-me a bebida, paguei-a, agarrei nela e caminhei para fora do bar, até que um gajo se põe a minha frente. Olhei para ele. Porra, é alto para caralho. Tem um monte de tatuagens pelo seu corpo, menos na cara, tem bastantes músculos, praticamente é baca e faz umas 4 de mim. Sem exagero. “Quero fazer uma corrida contigo.” Arregalei os olhos surpreendida. O bar ficou todo em silêncio, nem sei porquê.

“O que ganho com isso?” Disse interessada. Começaram todos a sussurrar coisas do tipo:  “ Ela é doida se aceitar.” “ Ele vai-lhe fazer a folha. Nunca ninguém lhe ganhou, nem mesmo o Zayn.  Ainda por cima uma gaja.” “Ela deve ter algo que lhe interesse.” “O corpo, aposto que a sua aposta será uma noite animada.” Alguns riram-se. Porcos. Nojentos. Estava para lhes apontar a minha arma e disparar sobre eles, mas não podia causar já confusão, por enquanto.

“Se eu ganhar fico com o teu carro, se tu ganhares ficas com o meu.” Hm, se o carro dele fosse bom, ia. Começaram todos acochichar outra vez, mas nem me dei ao trabalho de tentar ouvi-los.

“Mostra-me o carro.” Ele assentiu e começou a andar para fora do bar. Eu segui-o e todos que estavam dentro do bar, fizeram o mesmo.

“É aquele.” apontou para um Porshe cinzento descapotável. Fodasse, que carro lindo. Eu quero-o. Ri.

“Tens a certeza que queres apostar aquela bomba numa corrida?” Ele dá uma gargalhada seca.

“Tenho. Vais ou não? “ Olhei para a baixo a sorrir.

“Tanto o teu, como o meu. Já estão garantidos.” Olhei-o nos olhos. “Escreve o que eu te digo.” Passei por ele, deixando todos falarem, e encaminhei-me para o meu Ferrari.

“Mia, não acredites nele. Ele não te vai dar o carro.” Ouvi o Ed a gritar. Parei e virei-me para trás a sorrir. Ai de dele que não mo dê. Pus a mão em cima da minha arma e olhei para o gajo.

“Vê o que fazes, podes ter a certeza que não vou ter medo de a usar.” Disse com uma voz bastante ameaçadora.

“Mia nunca ninguém lhe ganhou e tu não tens experiência em corridas. Tu sabes.” Voltou a gritar. Filho da mãe, tinha que dizer que não tinha experiência.

“Pois, eu também sei que vou ganhar.” Disse bastante confiante. Virei as costas e entrei no carro.

Survival // Z.MOnde histórias criam vida. Descubra agora