Prólogo

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"Deixem-me!" dei um belo de um pontapé no pénis de cada um e corri o máximo que pude. Fodasse. Ele já descobriu.  Fodasse, fodasse, fodasse.  Eu tenho que sair desta cidade, agora, se não eu vou
morrer nas mãos daquele gajo.  Não tenho tempo de ir para casa, ele é esperto já deve ter posto um dos seus paus mandados a rondar-me a casa, mas sou ainda mais esperta. Olhei para a minha mala. Roubei-lhe uma boa quantia. Ri-me. Burro.  Fui até a estação de comboios mais próxima e comprei um bilhete para a primeira cidade que vi na tabela de partidas. Era a que estava para partir dentro de minutos. Entrei no comboio, olhando para todos os lados. Pus um gorro na cabeça, ele conhece todos aqui na cidade basta dar uma foto minha e sou apanhada. Fiquei num canto do comboio, quieta e só com os olhos à vista.



Ouviu-se um barulho tremendo que me fez acordar. Olhei para a janela podia ter sido ele a mandar parar o comboio, mas não, era só o comboio a parar porque já tinha chegado ao seu destino. Via-se pessoas à espera dos seus familiares que estavam a sair do comboio. Sai do comboio e olhei para todos os lados. Respirei fundo. Aqui podia andar descansada que ninguém me conhecia. Sai da estação e olhei para uma tabela que dizia: "Bem-vindos a Bradford".  Bradford, eu vim parar numa cidade muito pior daquela de onde vim.  Eu vou-me safar, tal como me safei agora.

Survival // Z.MOnde histórias criam vida. Descubra agora