Ed Sheeran- Give me Love. Se quiserem ouvir a musica no capitulo todo, mas sítio perfeito para lerem com a música, seria onde vou por o ‘#’. Boa leitura.
Tenho que arranjar uma boa desculpa para o John. Acabei de beber a minha cerveja e fui à casa de banho. Merda dos cafés. ‘Tem que consumir para usar a casa de banho.’ Imitei mentalmente, a voz da mulher irritante. Assim que entrei na casa de banho tranquei a porta. Eu quero a casa de banho não é para fazer necessidades, mas sim para ligar ao Zayn. Aqui eu sei que ninguém me vai ouvir. Tirei o telemóvel do bolso de trás das calças e marquei o número do Zayn. Esperei 3 toques e ele atendeu logo a seguir. Lindo menino. Sorri.
“Sim? Zayn?” Falei a sussurrar. Mesmo estando na casa de banho nunca se sabe.
“Estás a sussurrar porquê? Foste apanhada?” Revirei os olhos.
“Achas que sou assim tão má, Malik?” Quando souberes o que fiz.
“Então estas a sussurrar porquê?”
“Porque não quero que ninguém me oiça e vá contar ao John, sabes que aqui sabe-se de tudo.”
“Então não sei porque é que me estas a ligar.” Respirei fundo para não o mandar para o sítio cabeludo.
“Estou a ligar para dizer que me caguei em ti e que tu vales uma merda. Definitivamente o John é melhor que tu.” Ficou um silêncio deveras estranho do outro lado da linha. Acho que até conseguia ouvir os grilos do outro lado.
“Estás a gozar, certo?” Ele disse com uma voz muito estranha. Deu-me uma vontade de rir enorme.
“O que achas?” Ele é a pessoa mais estupida que eu alguma vez conheci, porra.
“Acho que tu estás a gozar comigo?” Disse inseguro.
“Isso soou mais a uma pergunta do que uma certeza. Ai Malik, Malik. Adoro quando caiem nas minhas ratoeiras.” Ri-me. Pareceu-me ouvir um suspiro de alívio.
“Oh vai à merda Petrova.” Ri-me ainda mais.
“Baby, estás longe para eu ir.” Soltei uma grande gargalhada e ele respirou fundo. “Anyways, eu matei um gajo que trabalha para o John.”
“Tu o quê?”
“Isso mesmo que ouviste. Vou começar a matar um a um. Tenho que me divertir. E assim o John fica com mais uma coisa para se distrair, ou seja, tu e os outros têm mais possibilidades de o destruir porque ele vai estar meio ocupado com o que eu estou a fazer aqui.”
“Hm, bem pensado Petrova.”
“Eu sei. O que era de ti sem mim, Malik? hm, nada. Absolutamente nada.” Sorri. “Como vão as coisas por aí?”
# “Estamos a tentar encontrar a meia-irmã do Harry.” A meia-irmã do Harry? Ele tem uma meia-irmã? Não pode ser. Eu.. não!
“Não se deviam preocupar com essas coisas mínimas, deviam deixar isso para quando o John tivesse na porcaria. Mas não tem que fazer isso agora, depois admirem-se que não conseguem fazer nada.” Estava-me a sentir chateada, muito chateada.
“Que raio de mudança de humor, Mia. O que tem eu querer ajudar um amigo? Que eu saiba o problema John está ir bem, por isso não sei qual é o problema de eu querer ajudar o meu amigo.” Ele carregou nas duas últimas palavras. “Já que tu não tens nenhum para ajudar não quer dizer que eu tenha que ser como tu.” Auch. É verdade, eu não tenho ninguém. Sou como um animal abandonado. Sem ninguém. Sozinha. Solitária. “Mia? Eu não..” Desliguei o telemóvel.
Sai da casa de banho como um foguetão e desapareci do café como todas as pessoas que eu tinha na minha vida que desapareceram. ‘Já que tu não tens nenhum para ajudar não quer dizer que eu tenha que ser como tu.’ esta frase não me sai da cabeça, ela ecoava e ecoava como uma bola demolidora. Eu estava a andar por aí sem rumo, mas sempre com aquela frase na cabeça e parecia que cada vez que ela me vinha à cabeça me doía o coração. Começou a chover. Oh boa. Entrei num beco e encostei-me à parede. Estava a pingar. ‘Estamos a tentar encontrar a meia-irmã do Harry.’ ‘Já que tu não tens nenhum para ajudar não quer dizer que eu tenha que ser como tu.’ Não bastava só uma, agora tinha que vir duas? Não, não pode ser. Sozinha, eu sempre estive sozinha.
“Sempre.” Gritei e escorreguei pela parede sentando-me no chão. “Sempre.” Murmurei a chorar. Levei as mãos à cara. Mas que raio se passa comigo? Eu não choro desde que a minha tia… morreu. Encosto a cabeça à parede e fecho os olhos.
Chego a casa depois de ter passado a tarde fora com o John. Até foi um dia agradável.”Tiaa! Já cheguei!” Gritei assim que cheguei a casa. Tinha que arranjar uma desculpa. Se eu disser à tia que estive com o John ela mata-me. Ela odeia o John. Estranho! Normalmente quando chego, ela vêm logo ter comigo. Fui até à cozinha e…não pode ser. Não pode! Não! As lagrimas escorriam-me pela cara sem eu dar conta. A minha tia estava no chão rodeado de sangue. Abaixei-me ficando de joelhos no chão, coloquei a sua cabeça em cima das minhas pernas. Eu já via tudo turvo. “Tia? Por favor não me deixes. Tia!! Por favor!” As minhas mãos estavam cheias de sangue. Sangue dela. Ela estava branca como a farinha que nós usávamos para fazer os bolos.
“Mia.” Ela está viva.
“Tia.” Apesar de não ser o momento certo eu sorri. Ela está viva e sorriu ao ver-me sorrir.
“Mia, eu não... eu não vou sobreviver.” Como não? “Já perdi muito sangue.”
“Quem é que te fez isso?” Ela fechou os olhos. “Tia!” Gritei. “Quem?”
“Encontra-o Mia. O… o..”
“Tia, não! Por favor, não me deixes sozinha.”
“Encontra o teu irmão.” Deixei de senti-la ao pé de mim. Ela deixou-me sozinha. Eu estou sozinha. Meu irmão? Que irmão? Encostei a cabeça ao seu peito e chorei até adormecer sempre com a ideia de eu ter um irmão na cabeça.
“NÃO.” Gritei. “NÃO.” Deitei-me no chão com os joelhos ao peito a chorar e a levar com a chuva. “Não.” Murmurei. “Não.”
N\a: Há meses que não ponho nada. Desde já peço desculpa por isso, mas não tenho tido ideias para a fic. 100000000 desculpas :s Espero que tenham gostado deste capitulo onde a Mia demonstra uma certa fraqueza e medo. Por favor comentem com o que acharam do capitulo. Se está bom, mais ou menos e péssimo. Mais uma vez desculpem pela demorar e vou tentar voltar a ser ativa na fic. Obrigadaa por lerem. Ly all xx
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Survival // Z.M
FanfictionMia Petrova tem 18 anos. Não tem pai, nem mãe. Mia vivia com uma tia, mas esta morreu quando Mia tinha 16 anos. A partir daí, Mia, teve que se fazer à vida metendo-se em coisas ilegais nas quais saiu sempre ilesa. Todos os gangues a querem, por ser...