Chapter 51

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Acordei cheia de dores e com o sol a bater-me na cara. Amaldiçoei-me mentalmente por ter passado a noite ao pé do rio. Coloquei as mãos atrás da cabeça e olhei para o céu. Hoje é Domingo o que quer dizer que amanhã ou hoje à noite vou ter que voltar para Holmes Chapel. Não quero ir. E ter que passar várias noites com aquele nojento. Suspirei. Os suspiros ultimamente acompanham-me muito, passaram a ser os meus melhores amigos. Levantei-me, colocando logo de seguida a mão nas costas. Merda. Doem como o caralho. Espreguicei-me fazendo com que as minhas costas estalassem. Ah, muito melhor. Sorri. Olhei para às horas pelo telemóvel. Já? 12h? Credo.

Quando cheguei a casa estava tudo demasiado calmo. Será que eles já foram para o bar? Será que eles estão à minha procura? Será que tão preocupado comigo? Tantas perguntas e nenhuma resposta. Já não quero saber de nada. Subi para o meu quarto e tomei um banho que demorou, sem exagero, duas horas. Vesti uma lingerie preta, uns calções de ganga subidos, uma camisola cinzenta larga, mas dava para se ver a minha barriga e calcei os meus vans pretos. Desci as escadas e comi cereais, sentada na bancada que ficava no centro da cozinha. Ouvi um barulho vindo da porta da rua. Ignorei e continuei a comer.

“Quando é que vais voltar para Holmes Chapel?” Levantei a cabeça e vi o Zayn a ir em direção ao frigorífico.

“Amanhã.” Sim, não me apetece ir hoje à noite. Ele bebeu água pelo jarro. Ew, que nojo. Tenho que me lembrar de mudar de água e levar o jarro quando for beber água dele. Sentou-se à minha frente e olhou-me enquanto eu comia os meus cereais. “Estás com algum problema nos olhos Malik?” Bebi o leite que tinha na taça, levantei-me e lavei a taça e a colher.  Dirigi-me à porta da cozinha.

“Senta-te.” Parei antes de sair da cozinha e olhei para ele, que estava a olhar para a janela que havia na cozinha.

“Para quê?”

“Pára de me desafiar e apenas senta-te.”

“Se não te desafiasse não era a Mia Petrova.” Ele sorri. Encara-me e assente.

“Agora senta-te.” Bufei e lá me sentei à sua frente.

“O que queres Malik? Dar-me na cabeça pelo que fiz ontem? Dar-me na cabeça por ter tido o telemóvel desligado a semana toda enquanto a culpa foi tua? O que queres Malik?” Estava a ficar ligeiramente irritada.

“Quero que te cales.” Disse demasiado calmo para o meu gosto. Franzi as sobrancelhas. Porquê que ele está tão calmo? “Acerca de ontem. Eu também puxei a corda. E como eles não te deixaram bater em mim, tiveste que fazer alguma coisa para tirares toda a tua raiva de ti. Compreendo.” Wow. Arregalo os olhos. “Enquanto à semana que tivesses com o telemóvel desligado. Eu apenas disse a verdade. Desculpa de as verdades doem. “ Estupido, otário, cabrão, porco, javali. “Quero saber quem eram aqueles gajos?”

“Quero saber porque ainda ninguém te matou. Oh jesus.” Reviro os olhos.

“Estou a falar a serio, Mia.”

“Aqueles gajos são os compadres do John.”

“Compadres?” Perguntou com a sobrancelha arqueada.

“Sim, eles pertencem a grupos diferentes, mas são aliados. O John não pode fazer mal a eles, nem eles ao John a não ser que haja traição de um dos gangues. Mas de resto eles protegem-se ajudam-se uns as outros.”

“Hm.” Passou a mão pelo seu queixo cabeludo.

“Que tal fazeres a barba?” Olha-me e esboça um sorriso mostrando os seus dentes lindos e brancos. Nem sei como é que ele os tem brancos. Ele parece uma chaminé, está sempre a fumar.

“Eles ainda não se queixaram.” Reviro os olhos. Lol. “Porque é que queres esta vingança contra o John?” Tinha que vir. Já estava a demorar muito para esse pergunta sair.

“Não tens nada a ver com isso. Limita-te a ficar contente por o teu plano estar a dar resultado.” Falei com raiva. Odeio que se metam na minha vida.

“O Edward já me contou o porque dele ter fugido de Holmes Chapel.”

“Mas eu não sou o Edward.” Falei entre os dentes e levantei-me. Virei as costas para ele e agarrei num copo enchendo-o com água da torneira. Ouvi o banco a ser arrastado, o alívio passou por mim por saber que ele tinha-se ido embora e por aquela conversa ter acabado sem mais perguntas dele. Eu pensava eu, até sentir umas mãos grandes nas minhas ancas. Fechei os olhos e senti-me a ser virada para ele. Abri os olhos lentamente e sua cara estava muito próxima da minha, os seus olhos tinham algo que eu não consiga decifrar e ele passa a língua entre os lábios para os molhar. Fuck. Nunca nenhum gajo ficou tão sexy a fazer aquilo como ele fica. A minha boca entreabriu-se devido ao seu ato anterior e os meus lábios ficaram secos. Ele parece ter lido a minha mente, pois passou a sua língua pelos meus lábios. Fechei os olhos, novamente. A sua língua é tão suave e molhada. Não burra. Sabes a língua dele ia ser seca. Chutou o meu subconsciente. A minha cabeça não pensa bem com este tipo de coisas.

“Fizeste alguma coisa com ele?” Sussurrou ao pé do meu ouvido fazendo-me arrepiar dos pés à cabeça.

“Hmhm.” Murmurei.

“E gostaste?” Perguntou e logo de seguida lambeu o lóbulo da minha orelha fazendo-me fechar os olhos. Com ele a fazer-me estas coisas é difícil de pensar, muito difícil. “Responde!” Pediu bruscamente e logo de seguida chupou o lóbulo o que fez com que eu rodasse o meu braço esquerdo à sua volta puxando-o para mim e coloquei o braço direito em cima do seu peito.

“Não.” Murmurei e mordi o lábio. Ele foi descendo da minha orelha até meu pescoço com os seus lábios a rasparem na minha pele. Inclinei o pescoço ligeiramente para lhe dar um melhor acesso ao mesmo. Dá-me pequenos beijos molhados por todo o meu pescoço. Entreabro a boca. Sinto a minha pele a ser sugada pela sua boca e deixo sair um leve suspiro por os meus lábios. Volta a subir com os beijos, mas desta vez para o maxilar até chegar à minha boca colando logo os nossos lábios. Hmmm. Ele aproveitou que eu ainda tinha a boca entreaberta e enfiou a sua língua dentro da minha boca. Tenho que admitir que tinha saudades dos lábios dele, mesmo que só tenha sido só por uma única noite, eu tenho saudades. Algo que ele nunca saberá. As nossas línguas batalhavam uma contra a outra, nenhuma queria ser derrotada. Os seus lábios continuavam suaves e macios tal e qual como da última vez que toquei neles. Não consigo pensar bem. Os lábios deles puseram-me hipnotizada. Subi a mão que estava nas suas costas para o seu cabelo e entrelacei os dedos no mesmo. A outra mão subiu para o seu pescoço puxando-o ainda mais para mim. A sua mão subiu até a minha cara e cariciou-ma enquanto as nossas línguas continuavam a batalhar para uma vencedora que foi a minha. Sorri vitoriosa entre o beijo. Ele afastou-se com a respiração descontrolada e olhou-me. Levou os dedos até à marca que ele me fez e lodo depois levou os lábios à mesma deixando um pequeno beijo. Voltou aproximar a sua cara da minha colando apenas os lábios num longo demorado selinho, afastou-se. Quando abri os olhos já ele se tinha ido embora da cozinha. Deixando-me ali apenas com o sabor dos seus lábios.

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Survival // Z.MOnde histórias criam vida. Descubra agora