Giovana

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Abro meus olhos lentamente e me deparo com um peito grande e másculo.

Ergo minha cabeça e percebo que estou agarrada ao corpo de Eduardo, suas mãos me seguram com posse. Uma delas esta em minha bunda, meu rosto esquenta na mesma hora.

Eduardo se mexe na cama e vai abrindo os olhos, engulo seco e fecho os meus rapidamente, melhor ele achar que eu ainda estou dormindo.

Sinto um toque em meu rosto, o contato é suave, até me assusta, porque sei que é ele quem esta me tocando, ultimamente delicado é uma coisa que ele não tem sido, a prova foi ontem, a forma como me tratou.

- Linda – ele sussurra e em seguida sela nossos lábios.

Sinto um frio na barriga, sei que parece loucura, ainda mais com tudo isso acontecendo, mas eu sou loucamente apaixonada por ele, todas as vezes que eu disse que o odiava, acho que estava na cara que isso não passava de encenação.

Quando penso em aprofundar o beijo, ele se afasta e levanta com brusquidão.

Escuto um barulho de porta se fechando e abro meus olhos, como adolescente apaixonada toco meus lábios e sorrio.

A porta do banheiro se abre novamente me assustando. Eduardo para de andar assim que me vê acordada e sua expressão tranquila se desfaz, dando o lugar a sua frieza.

- Pode sair – manda ríspido.

- Bom dia - sussurro na tentativa de começar a manhã bem e evitar um dia cheio de gritos.

- O dia vai ser bom quando estiver sozinho no meu quarto – fala com desprezo e sai na direção do closet.

Respiro fundo sentido o encanto se quebrar mais uma vez e levanto. Sem olhar em sua direção eu caminho para fora do quarto o mais rápido que posso.

- Mamãeeee – sou agarrada assim que fecho a porta.

Sophia esta vestida com um biquíni, com uma boia nas mãos e um sorriso encantador no rosto. Keli esta logo atrás, me olhando de cima a baixo, com cara de nojo.

- Vou na piscina – bate palma animada.

- Mas e a escola? – pergunto.

- A Keli disse que eu não vou deixar de ser burra indo para escola todos os dias - Sophia fala sorrindo, sem entender a ofensa.

- Você disse o que? – cruzo os braços e a encaro.

- Ela entendeu errado – se apressa em dizer - Eu disse que ela não vai deixar de ser inteligente, se deixar de ir para escola somente hoje.

- Isso quem decide não é você – falo ríspida e me viro para Sophia – Filha, se quiser ser alguém quando crescer, ter uma profissão, você precisa estudar.

- Mas eu queria nadar hoje – faz bico

- Mas você pode nadar no sábado - tento convencê-la.

- Por favorzinho mamãe - junta as mãos e me olha com cara de cachorro abandonado.

- Tudo bem – viro os olhos por ceder tão facilmente – Hoje você pode faltar na escola e brincar na piscina, mas isso não vai se repetir, seus lazeres vão ser aos finais de semana, como sempre.

- Ta bom mamãe, obrigada – me agarra pelas pernas outra vez e depois de beijar minha mão, sai correndo pelo corredor.

- Eu não quero você falando coisas ofensivas para minha filha, você pode ser a protegida do chefinho, mas eu acabo com você do mesmo jeito se ousar diminuir a Sophia - aviso.

Mãe por ACASOOnde histórias criam vida. Descubra agora