Giovana

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- Meu filho, minha avó, meu Deus - choro desesperada.

- Está tudo bem, olha eles vindo aí - Dara me diz e eu olho para escada, vendo vovó descer com Ben nos braços.

Fecho meus olhos sentindo meu peito se enchendo de alívio. Faço um agradecimento silencioso a Deus, eu não saberia o que seria de mim, se aquela mulher tivesse os machucado.

- Calma meu amor, está tudo bem com a gente - vozinha garante enquanto se aproxima.

Só assim percebi que estava chorando ainda mais desesperada. Benjamin vem para os meus braços e eu o aperto como se minha vida dependesse disso. Olho para minha avó ao meu lado e a puxo para um abraço também.

Não vejo quando Dara sai de perto de nós, mas percebo isso quando Gustavo desce as escadas resmungando que ela é louca e que ele não aguenta mais essa pressão de ser casado com ela. Acabo sorrindo quando ele respira fundo e senta ao meu lado.

- Tudo bem? - pergunta tocando o nariz de Ben que sorri de olhos fechados.

- Agora sim - suspiro e encaro seus olhos - Obrigada pelo que fez.

- Não me agradeça, eu faria tudo de novo - sorri - Quando me entregaram o Ben como afilhado, eu fiz um juramento que o amaria e cuidaria como se fosse o meu filho e acredite, o que eu fizer pelo Guilherme, farei pelo Benjamin e claro, pela Sophia.

- Sei que sim e fico multo feliz em saber que meus filhos podem contar com você - o abraço meio desajeitada por causa do menino - Muito obrigada.

- Faço tudo por vocês - afirma e beija minha testa.

Uns minutos depois ouvimos o barulho das sirenes, Gustavo levantou e avisou que estaria lá fora conversando com os policiais.

Eduardo desce as escadas e nossos olhares se cruzam, ele abaixa a cabeça e senta ao meu lado, soltando um longo suspiro antes de me olhar novamente.

- Me perdoa - pede.

- Você não é culpado por isso - trato de avisa-lo.

- Esses malditos vieram atrás de você, porque eu não dei o que eles queriam - ele nega com a cabeça e encara Ícaro que ainda está caído em um canto da minha sala - Eu faço tudo errado, meu dever é proteger vocês, eu fui burro em achar que eles não fariam nada.

- Não se culpe assim, eles viriam atrás de mim de qualquer jeito, você dando ou não o que eles queriam - seguro sua mão e faço com que ele me olhe - Eu disse que não queria seu dinheiro.

Ele respira fundo e joga a cabeça para trás, apoiando no sofá.


- É seu por direito - murmura - Você é minha mulher, tudo que é meu, é seu.

- Eu não sou sua mulher - trato de avisar e sorrio ao ver sua careta.

- Você foi minha mulher, está bom assim? - fala sarcástico e eu sorrio outra vez.

- Está - ele vira os olhos - Mas de qualquer forma, eu não quero isso, não casei com você para ter dinheiro e sim minha filha - desvio os olhos dele - Você não tinha que ter colocado dinheiro em meu nome, ainda mais sem me avisar.

- Vocês são minha família, eu não os deixaria desamparados.

- Você já faz muito por nós - reconheço.

Mãe por ACASOOnde histórias criam vida. Descubra agora