Giovana

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Duas semanas depois.

Duas semanas que minha vózinha se foi. Duas semanas que deixei a casa do Eduardo. Duas semanas que deixei minha filha outra vez. Duas semanas que eu só desejo morrer para toda dor sumir.

Ouvir da Keli que ela espera um filho do Eduardo,  foi outro baque para mim. Eu só perco na minha vida, logo eu que só desejo o bem a todos, não consigo ser feliz.

Eu estava em paz naquela casa, porque algo ali mudou, eu me senti acolhida, me senti amada quando Eduardo me amparou e me abraçou até eu dormi em seus braços. Eu me senti em casa, eu me senti um pouco feliz mesmo o momento sendo tão escuro para mim.

Deixar Sophia para trás mais uma vez foi horrível, deixar minha filha chorando foi pior que arrancar meu coração na unha.

Douglas tem sido bom comigo como sempre, não reclamou por eu ter ido para casa do meu ex marido e quando eu cheguei na casa onde será nosso lar depois do casamento, ele apenas me abraçou e chorou comigo.

¨- Aqui é sua casa, nosso casamento esta perto, então não precisa se preocupar.¨ - foi o que Doug disse assim que cheguei com o Ben.

Casamento. Era para eu me sentir feliz, mas não da, mesmo casando com alguém como ele, mesmo sabendo que vou ser amada e meus filhos também, eu não consigo me sentir feliz, é como se eu estivesse errada.

Agora olhando esses móveis em minha volta, meu filho no carrinho e o anel em meu dedo, sinto uma vontade imensa de chorar. E choro.

- Meu Deus, me ajuda – imploro.

A campainha toca e eu limpo meu rosto rapidamente, Douglas esta no bar e sua mãe na casa de alguma amiga. Então levanto quase me arrastando e vou atender.

- Mamãeeeeee – Sophia pula em meu colo e meu primeiro sorriso do dia aparece.

- Meu amor – beijo seu rosto diversas vezes – Tudo bem?

- Aham – seus olhos estão brilhando – Cade o Ben?

- Esta lá dentro – ela sai correndo para sala e eu sorrio.

- Posso vê-lo também? – meu coração salta ao ouvir a voz do Eduardo. Obvio que ele estaria junto.

- Claro – abro mais a porta e ele entra.

Eduardo estende um buquê de rosas e morde o lábio. Olho para as flores e depois para ele.

- Para mim? – pergunto engolindo seco.

- Sim – sorri.

Pego sem jeito e respiro fundo. Ele se aproxima e tira meu cabelo da frente do meu rosto. Sua mão esta fria e trêmula, parece nervoso.

- Eduardo - o repreendo. 

- Eu te amo – fala e meu coração para por uns segundos. 

- Você não pode fazer isso comigo - murmuro.

- Eu posso sim – se aproxima mais – Giovana, eu fui um maldito com você, droga olha tudo o que eu fiz, mas eu te amo.

- E mesmo assim, mais uma vez jogou fora toda a chance de sermos felizes – acuso me afastando.

- Eu me arrependi - diz firme.

- Ótimo, você só precisa se arrepender para tudo se ajeitar.

- Eu sei que não – puxa o cabelo nervoso – Eu sei que isso não resolve, mas eu te amo, acredita em mim.

- Não tem como – coloco as flores na mesa.

- Giovana, por favor - suspira fechando os olhos.

- Eduardo, você me humilhou, me separou da Sophia, depois esse lance com a Keli, você achou que eu nunca ia saber?

Mãe por ACASOOnde histórias criam vida. Descubra agora