Eduardo

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Um mês depois.

Eu estou em uma felicidade que não cabe em mim, desde que os meus pais morreram, nada me fez ficar feliz ao ponto de derrubar lágrimas enquanto sorrio de alegria.

Finalmente minha filha está indo para o lugar que é dela por direito.

Minha casa.

Nossa casa!

Claro que conseguir isso foi um processo cansativo, foram dias brigando a todo momento com Giovana, que a todo instante batia o pé que queria continuar morando na mesma casa e muitas vezes tive que colocar Douglas em seu lugar de ¨nada¨ na vida da minha filha e dei a palavra final.

Giovana não teve opção, aceitou minha decisão, as duas estão vindo morar comigo.

Dona Dora infelizmente não quis morar conosco, eu insisti e muito, mas ela bateu na tecla que o ideal seria nós dois construirmos nossa relação aos poucos e sozinhos.

- Você entendeu tudo? – pergunto mais uma vez antes de entrar em casa.

O caminho todo ela esteve calada, apenas ouvindo a historia que eu e Gustavo criamos para que ela e Sophia aparecessem em minha vida, sem chamar atenção para a verdadeira historia da minha filha, não queremos que ela sofra com isso.

- Sim – Giovana murmura – Namoramos na adolescência, nos separamos por uma armação da tal Carla e eu fui embora do país grávida.

- Mais o que? – insisto que ela termine e ela suspira claramente irritada.

- Eu voltei depois de quatro anos e te encontrei por ai - fala com impaciência.

- Conversamos e você me perdoou por ter acreditado na Carla, me contou sobre nossa filha e por termos sentimentos fortes um pelo outro, reatamos e... - insisto para que finalize a história.

- E eu vim morar com você, para daqui uns dias casarmos, que história de amor  linda – diz em tom irônico e desce do carro, batendo a porta em seguida.

Respiro fundo para controlar a vontade de xinga-la por bater a porta do meu carro e me viro para Sophia que esta distraída olhando algum desenho na parte de trás do carro.

Sorrio emocionado e esqueço por um instante a batalha que vou enfrentar com a Giovana aqui em casa, ela não vai facilitar as coisas e e tudo o que eu não quero é criar minha filha em um ambiente ruim.

- Pronta para conhecer nossa casa princesa? - pergunto chamando sua atenção.

Ela me olha e da aquele sorriso que desmonta qualquer pessoa, me sinto o cara mais sortudo do mundo, sabendo que minha filha está aqui comigo, segura e desfrutando tudo que é dela.

- Sim papai.

Desço do carro e rapidamente a tiro da cadeirinha, seguro sua mão e nos aproximamos de Giovana que ainda emburrada nos espera de braços cruzados.

- Desfaça essa cara de infeliz, nós nos amamos querida - zombo da situação e ela rosna enquanto puxo sua mão para entrelaçar nossos dedos.

Ela sobe as escadas e antes de chegarmos a sala, ela suspira colocando uma expressão menos dura em seu rosto. Sophia nunca deixa de sorrir.

Como orientei antes de sair de casa, todos os meus empregados estão postos na sala, para conhecer as novas donas da casa, Giovana esta tímida, mas sorri para todos, tento soltar sua mão, mas ela a segura com firmeza, mostrando que esta nervosa e eu decido mante-la junto a mim, para que se sinta mais segura.

- Estão todos aqui Liz? – pergunto a minha governanta.

- Sim, menino – sorri.

Lizandra esta comigo desde sempre, quando nasci ela foi minha baba e depois de crescido, ela se responsabilizou pela casa e continua assim até hoje.

Mãe por ACASOOnde histórias criam vida. Descubra agora