Giovana

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Levei alguns minutos para acalmar Sophia.

Ela chorou muito e disse que se um dia eu for embora, ela quer ir junto e levar o Sem nome, aquilo me doeu, porque eu sei que se eu for, não poderei leva-la.

Antes que eu ficasse deprimida e começasse a chorar, convenci Sophia a irmos para a piscina e ela recuperou aquele sorriso maravilhoso que eu tanto amo.

Nós duas estávamos brincando na água, Sophia estava com duas boias nos braços, para ficar firme na superfície e eu apenas ria das suas tentativas frustradas de nadar.

- É muinto difícil mamãe - reclama mais uma vez.

- Não é difícil meu amor, você só precisa praticar - sorrio e volto a mostrar como se faz.

Ela tenta de novo e de novo reclama, me fazendo rir, enquanto ela jogava água em mim, gritando que era guerrinha por eu saber nadar e ela não.

De repente senti todo meu corpo se arrepiar, uma quentura me subiu e eu sabia que não tinha nada a ver com o sol. Olhei para o lado e vi Eduardo me olhando fixamente, seu olhar faminto passou por todo meu corpo que estava ao alcance dos seus olhos e quando ele lambeu os lábios, tudo em mim estremeceu.

Desvio meus olhos para o homem que estava ao seu lado, meu rosto queima de vergonha ao notar a forma que ele também me olhava. Fiquei desconfortável e me aproximei da Sophia, usando-a como escudo para esconder meu corpo.

Eduardo percebendo a situação, desviou o olhar para o homem de terno ao seu lado, falou alguma coisa com o semblante muito sério apontando para mim e Sophia. O homem balançou a cabeça nervoso e saiu andando rapidamente em direção a saída, enquanto ele entrava novamente para casa.

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Eduardo

Precisei trazer um cliente em casa, para mostrar o restante do seu projeto, que por infelicidade esqueci no meu escritório, após mostrar como tudo estava e terminar o café que Liz nos serviu, tive a infeliz ideia de leva-lo para a saída, usando a área da piscina, sem saber que minha mulher e filha estavam ali, em um momento que deveria ser apreciado apenas por mim.

Gaspar grudou seus olhos em Giovana e isso me deixou irritado.

Porra de homem abusado.

- Aquela ali na piscina é minha mulher, te aconselho a tirar os olhos dela agora mesmo, ou eu vou chutar seu saco e em seguida faço você engolir toda aquela porra de projeto, enfiando no seu rabo um pelo processo por assédio - falo lentamente, o encarando com raiva clara no olhar.

- Me desculpa Eduardo, não quis ser indelicado - sua voz sai fina de medo.

- Some da minha casa, assim que tudo estiver pronto meu pessoal entra em contato - o dispenso sem me preocupar com os milhões que ele esta me pagando, se quiser desfazer o negocio, que faça, só não fique cobiçando minha mulher porra.

Observei ele sair e quando estava longe o suficiente para não voltar a olhar Giovana, me viro e entro em casa, para me trocar e aproveitar o restante do dia com elas.

Encontro com a Keli na escada, ela esta emburrada, com algumas roupas de Sophia nos braços e tem um machucado em seu rosto, franzo o cenho.

- Caiu? - aponto para o machucado, sem me importa realmente.

- Aquela louca me bateu - rosna.

- Que louca? - cruzo os braços.

Mãe por ACASOOnde histórias criam vida. Descubra agora