Mãe por ACASO

Giovana

Um mês depois.

Suspiro ao olhar o redor e observar a casa onde daqui uns dias estarei morando.

Douglas reformou toda a sua casa para nos receber, eu não queria deixar minha avó novamente, mas ela não nos quer morando junto com ela, não quer nos ver se afundando em um casamento fracassado.

Será mesmo que terei mais um casamento fracassado? Desse jeito será necessário eu desistir da vida amorosa, na verdade, já teria desistido se tivesse vergonha na cara.

- Gostou amor? - ele pergunta.

- Sim, está linda - sorrio forçado.

- Ele gastou muito e vem gastando ainda mais no casamento - a mãe dele joga na minha cara.

Douglas está a todo vapor com os preparativos do casamento que se aproxima rapidamente. Todo dia que acordo e lembro que logo estarei casada novamente e não com o homem que eu amo, me sinto como se eu me afundasse numa areia movediça.

Eu não quero usar o Douglas, mas ele faz questão de a todo momento lembrar como Eduardo pode arrancar meu filho de mim e a única garantia que eu tenho de recuperar Sophia, e não perder Benjamin, é casando com ele.

- Mãe, não incomode ela com isso - ele a repreende.

Ela se afasta resmungando algumas coisas e eu respiro fundo sabendo que aqui meu inferno pessoal, será a mãe de Douglas.

- Eu preciso ir - aviso.

- Eu te levo em casa - ele sorri.

- Eu não vou pra casa - mudo o peso dos pés.

- Para onde você vai? - ele franze o cenho.

- Vou ver a Sophia - desvio os olhos.

- Ver a Sophia onde? - ele cruza os braços.

- Como, onde? - viro os olhos - Na cada do Eduardo.

- Não vai mesmo - ele ri sem humor.

- Douglas, você não manda em mim - o lembro - Ela é minha filha e eu vou ir vê-la, até porque combinei algo com ela hoje.

- Que droga Giovana, sempre que estamos bem você arruma um jeito de estragar tudo - joga na minha cara.

- Sinto muito, mas nosso bem estar não é mais importante que ela - trato de avisa-lo.

- Eu vou com você - ele resmunga.

- Não, eu vou sozinha - dispenso - Eu não quero ter que separar uma briga entre você e Eduardo.

- Você não vai sozinha - bate o pé.

- Não mesmo, vou com o Ben - sorrio e pego minha bolsa.

- Vai levar meu filho naquela casa? - se altera.

- Eu entendo todo o amor que sente por ele, mas ele é filho do Eduardo e agora esta indo na casa do pai dele - falo tentando manter a calma.

Ele não tenta me impedir e se quer me acompanha até a porta. Caminho até o ponto de táxi e quando finalmente encontro um disponível, sigo para casa de Eduardo.

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- Como vai Giovana? – João me cumprimenta assim que passo do portão.

- Bem João e você? – sorrio enquanto ele estende as mãos e pega a bolsa do Ben.

- Estou bem, faz tempo que não aparece por aqui – comenta.

- Muita coisa para resolver – suspiro – Sabe como é, casamento chegando, filho pequeno.

- Imagino as dificuldades – faz careta.