Capítulo 22 Me perdoa?

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Eu estava com medo, medo do que Nathan poderia pensar.
E se ele pensasse que a culpa era minha? O que ele vai dizer? Eu aceitei a carona mesmo sabendo do que Wily dizia sentir.

Escutei a batida na porta.

-Filha?

Era meu pai, ele não podia me ver daquele jeito. Entrei no banheiro e molhei meu rosto.
Em seguida abri a porta.

-Entra. -Falei

-Emilly me diga como você ousa me deixar falando sozinho!

-Pai, não estava me sentindo bem. Me desculpa.

-Está bem, mas na próxima é castigo. Está melhor?

-Sim. -Menti.

Ele assenti e saiu.

Ele sabe que eu estava mentindo, ele sabe que não iria contar o que havia acontecido para ele.

Queria chorar de novo, talvez o que eu realmente sentisse fosse culpa, isso culpa. Nunca deveria ter entrado naquele carro, não deveria.

Me viro para o lado e percebo que Nathan estava encostado na minha janela.

-Nathan? Você está aí à muito tempo? -Falo assustada.

-Não, cheguei a pouco tempo. -O seu jeito calmo, sua voz era o melhor calmante.

-Como está sua família?

-Bem, é você quem não me parece nada bem.

Como começar? Como dizer? E agora? Como correr? Ele vai me matar.

-Nathan, eu preciso que me escute e so fale depois que eu terminar. Está bem?

Ele assentiu, confuso.

-Então, eu fui pegar um táxi para voltar para casa..

-Por que não veio com Anne e Luke? Eu pedi para você voltar com eles. -Disse ele sério e me interrompendo.

-Deixa eu falar.

-Fale.

-Eu não achava táxi e a hora estava passando. Então Wily falou que me dava carona, eu a princípio não aceitei mas ele insistiu e estava ficando tarde meu pai ia me matar. -Eu vi que ele não estava entendendo nada. -Então assim que cheguei em casa, eu fui descer do carro e ele travou a porta e eu não pude sair.

-E porquê não chamou seus pais? Gritou ou sei lá... -Questionou ele me interrompendo novamente.

-Sério? Eu ia brigar com um vampiro? -Argumentei.

Ele bufou. Ele parecia bem irritado.
-Você tem razão. -Disse ele sem me olhar.

-Nathan, não foi só isso. -Agora ele me encarava sério. -Antes de eu descer do carro, ele me deu um beijo.

Nathan se levantou, eu via a revolta em seus olhos, ele jogou o meu abajur contra a parede.

-Nathan, calma!

Ele não me olhava mais, sabia que ele estava com raiva.

-Nathan, me perdoa, eu jamais faria isso com você. -Tentava me aproximar dele.

Ele não me olhava, ele apenas encarava a parede.

-Nathan, olha pra mim. Por favor. -Falei agora me colocando à sua frente. -Nathan, eu te amo. Você sabe disso. -Meus olhos já estavam cheios de lágrimas que eu não conseguia mais controlar.

Ele agora me olhava, mas não era com raiva.

-Eu também amo você.

-Me perdoa?

-A culpa não foi sua, Emily. -Disse ele me abraçando, ele sabia que assim me acalmaria.

Nathan Narrando

Assim que sai da casa de Emilly, tudo que me veio a cabeça foi a morte de Wily, como ele teve coragem de se aproximar dela? Eu não podia deixar passar isso assim! A raiva me consumia.

Fui até a praça onde ele se declarou para a minha namorada, eu sabia que ele estava lá, aquele cheiro podre.

-Aí está você! -Falei enquanto me aproximava.

-Sim, e sempre estarei. Não tenho e nunca tive medo, principalmente de você.

-Mas deveria. Eu achava que pessoas como você tivessem mais amor próprio. Onde já se viu beijar uma garota a força?

-Então essa é sua raiva? De Emilly ter sido minha.

-Ela nunca foi sua.

-Naquele momento ela foi minha, naquele segundo, naquele beijo.  E você acha que ela não sentiu nada? Me diz uma coisa, se ela não se importa, porquê pediu perdão, perdão a você? A culpa foi dela?

-Você só fala asneiras.

-Sabe que tenho razão e quanto menos esperar ela será minha, somente minha.

-Eu tenho muita pena de você. Deve ser tão infeliz ao ponto de ter transformado uma adolescente e ter beijado outra a força.

-Diga o que quiser. Você acha que vai conseguir manter seu relacionamento por mais quanto tempo? Você vai perdê-lá e nesse momento sou eu quem estará lá.

Naquele momento a raiva tomou conta, e fui para cima dele. Usei toda a força que tinha e o joguei à metros de distância.

Esperei que ele viesse, e nada. Covarde!

Fui para minha casa, precisava falar com Lauren.

"Continua...."

Um Vampiro Em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora