Capítulo 5 Fatalidade

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Eu, Nathan e Anne estávamos no hospital esperando notícias de Luke.
O garoto novo, Wily Dourians havia machucado ele, que idiota!

-Vocês são parentes? -Disse o doutor enquanto se aproximava com o prontuário em mãos.

-Somos amigos. -Falei imediato.

Ele assentiu.

-Bom, as notícias não são boas. -Falou ele aparentemente preocupado.

-O que quer dizer? -Perguntou Anne enquanto tremia.

-Ele levou uma pancada bem forte, sinto muito dizer isso a vocês.

-Do que se trata? Como ele está? -Perguntou Nathan impaciente.

-Ele está em coma, tem uma fratura grave, talvez até não sobreviva. Sinto muito. -Disse ele enquanto se retirava.

-Precisam manter a calma. -Falou Nathan nos dando um duplo abraço.

-Calma? Luke pode morrer, Nathan! Não me peça para ter calma! -Disse Anne, chorando.

Eu não me aguentei, meus olhos encheram de lágrimas.

-Nathan, o Luke não pode morrer. -Falei ainda chorando.

-E ele não vai. -Disse Nathan, parecia confiante.

Queria ter a confiança que ele tinha, mas não conseguia.
Minha melhor amiga estava sofrendo, e isso me doía. Como ajuda-la? O que poderia fazer? Uma briga estúpida e sem sentido. Uma fatalidade, uma tragédia.
Nathan Abraçou Anne, ela estava mal, muito mal.

-O que houve com meu filho? -Disse Nora aos gritos.

-Seu filho brigou na escola e já sabe... -Disse Nathan.

-Brigou? Mas Luke nunca foi de brigar. Como ele está? -Perguntou ela aflita.

-Está em coma. Eu sinto muito, senhora Rhanz.

-Não, não, não... Meu filho não, isso é uma brincadeira de muito mau gosto ! -Disse ela gritando e com lágrimas em seus olhos.

Nathan e o doutor tentaram consolar ela, ela estava desesperada. Eu e Anne ficamos ali, paradas sem reação por um longo tempo, até Nathan nos levar. Ele Deixou Anne em casa e me levou para a minha.

-Ele irá ficar bem. -Disse ele.

-Eu espero que fique. -Falei.

-Você gosta dele? -Perguntou ele sem tirar os olhos da estrada.

Eu o olhei.

-Para mim ele sempre será um irmão, um doce e idiota irmão. -Falei com lágrimas ameaçando escorrer.

-Entendo. -Disse ele sorrindo.

Ficamos em silêncio por um bom tempo até que chegamos em casa. Abri a porta e chamei para entrar, tinha que agradecer por tudo. Meus pais estavam sentados a minha espera.

-Filha, eu soube o que aconteceu. -Disse minha mãe enquanto me abraçava.

-Quem é esse? -Perguntou meu pai olhando desconfiado para Nathan.

-Esse é Nathan, um amigo da escola. Ele foi muito legal em me trazer do hospital para casa. -Falei.

Sabia que meu pai iria tentar achar alguma falha no que havia dito, mas ele não iria discutir, não naquele instante.

-Obrigado. -Disse ele fitando Nathan sério. -Filha, eu sinto tanto. -Agora me abraçava.

-Não se preocupe pai, ele vai ficar bem, vai sair dessa. -Falei com a confiança que eu sabia que não tinha.

Ele assentiu.

Esperei meu pai e minha mãe irem fazer algo e me aproximei de Nathan.

-Obrigada, você tem sido um bom amigo. -Falei.

Ele sorriu.

-Sempre e sempre.. Lhe conheço a pouco tempo, mas sei que é especial. Não deixarei nada e nem ninguém te machucar. -Disse ele sorrindo.

Nenhum garoto havia dito com tanto sentimento assim, eu estava sem graça.

-Acho melhor você ir, meu pai ta pensando que eu e você.. -Falei apontando para mim e para ele.

Ele riu.

-Tem razão, até amanhã. -Disse ele. -Ou melhor, até mais tarde. Quero te distrair hoje, me permite? -Disse ele sorrindo.

-Não sei, meu melhor amigo está..

-Ele vai ficar bem e eu quero fazer você se divertir, ele mesmo iria gostar de vê-lá feliz. -Disse ele me interrompendo.

-Tá bom, desde que depois eu possa ir vê-lo.

-Combinado.

"Continua..."

Um Vampiro Em Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora