O baú

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Armando

Chegamos em São Paulo a alguns dias e todos os documentos já estão assinados.
Hoje vamos abrir e olhar o baú. Marcello adiou por dias esse assunto.

Estou ansioso por uma foto!

Marcello está cada dia mais distante, a falta que Ester está fazendo é de dar dó, acho que sua preocupação é de ela não o querer. Ele até evita o escritório por se lembrar dela.

- Marcello então vamos ao baú.

- Sim claro, vamos ver o que tem.

Trouxemos o Baú para a sala e tivemos que quebrar o cadeado. Não era muito grande e também não estávamos esperando grandes coisas, mas talvez algo que realmente fosse de Roseli.

Tenho uma surpresa ao abrir!

Um broche que entreguei pra ela quando éramos jovens era da minha avó.

Ele estava preso na capa de uma agenda. Me emocionei com as lembranças, ela guardou o broche.

Ao abrir vejo alguns papéis e um envelope. Está fechado e na frente está endereçada ao Marcello.

- Marcello isso aqui é para você!!

- O quê?

- Tome!

Ele olha o envelope emocionado, vejo seu espanto!

- Você vai ler?

- Não agora, eu vou guardar e ler no momento em que meu coração desejar.

- Tudo bem!

Continuo a olhar, tem vários papéis, vejo alguns exames, alguns documentos que se perderam com o tempo. Na agenda estão algumas anotações com datas de exames aniversários! Nada realmente interessante além da carta.
Depois de vários minutos, Marcello se aproxima e pega o porta retrato que achamos.

- Não pode ser!

- O que houve?

- Essa é a foto que meu pai pegou de mim, tantos anos me lembrando dela, e está aqui nesse baú.

Fica emotivo e assustado.

Olho mais para os exames.

- Podemos mostrar para algum médico.

Marcello pede um momento e faz uma ligação.
Momentos depois entra o médico de Marcello para tentar analisar.

- Não posso te dar um diagnóstico mas, pressão alta, retenção de líquidos, ganho de peso.  Vejo que ela tomou corticóide, acho que sua mãe teve pré-eclâmpsia. É uma doença que mata muitas gestantes até hoje.

- Eu nunca soube a causa da sua morte. Só que havia falecido no parto.

- Bom eu acredito que tenha sido isso, pelos papéis, exames e medicamento é a única coisa que vejo.

- Tudo bem doutor obrigado!

Ele sai e ficamos ali analisando, as coisas e então uma foto de Roseli ainda jovem, me emociono.

- Essa é sua Armando.

- Não meu querido você quase não tem fotos da sua mãe.

- Eu tenho essa.
Mostra o porta retrato da primeira foto que achamos.

- Mas...

- Armando eu só preciso desta aqui a outra é sua. E o broche também.

- Obrigado filho.

Achamos algumas roupas de bebê, provavelmente era de Marcello e nada mais.

- Porque guardou somente esse baú?

Um Contrato Com Meu Chefe (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora