Fazia sol, na verdade muito sol, não era exagero dizer que era possível fritar um ovo no asfalto, era pouco mais das 9 horas da manhã, mas se você visse apenas visse sol sem olhar o relógio facilmente e compreensivelmente poderia afirmar ser meio dia.
O que também estava quente eram os batimentos cardíacos de Owen, em frente a barraca onde comprou frutas, com uma garota desmaiada no colo e nem sequer sabia o nome ou de onde virá.
O corpo da garota estava gelado, apesar do sol quente, seu rosto aparentava cansaço e tinha hematomas, e sua pele assim como suas roupas estavam acabados, no geral a aparência daquela garota estava horrível.
A garota parecia ter passado por maus lençóis, e Owen segurava ela como um bebê recém nascido em seu colo, olhou a sua volta procurando alguém para ajudar ou se alguém procurava ela, ou na pior das hipóteses se alguém perseguia ela.
Ele olhou para a garota que agora se esforçava para abrir os olhos, levantou a cabeça, gritou por ajuda, e na segunda tentativa de gritar o grito ficou entalado na garganta interrompido por uma voz fraca e quase sumindo.
— O que? — Perguntou Owen sem conseguir entender o que falava a Garota.
Aproximou o ouvido perto do rosto da garota, tentando entender as palavras que saiam da boca da desconhecida, e a na medida que aproximava o rosto ao rosto dela, um calor foi tomando parte do corpo dele.
— Não... Não chame ninguém... Por favor — Falou a garota como se aquelas fossem suas últimas palavras em vida.
Seus lábios se moviam, as palavras tentavam sair de sua boca, mais pouco era compreensível, a voz da garota era fraca e depois de falada sumia como se nunca estivesse existido.
Depois de se esforçar muito para tentar falar alguma coisa, não saiu nada compreensível, era apenas um sussurro que Owen não entendeu, ela estava desmaiada, seu corpo e alma tinha se entregue ao cansaço, apenas sua boca se movimentava tentando se expressar.
Onde eles estavam tinha algumas lojas de comércio, restaurantes e a própria feira. Rapidamente clientes e funcionários foram ficando curiosos e saíram de seus ofícios para ver o que estava acontecendo.
Um movimento foi se formando em volta dos dois, alguns curiosos começavam a se aglomerar em volta e muitos olhos estavam em suas direções. Faziam todo tipo de pressuposição ao que estava acontecendo, nenhuma era certa ou sequer passava perto da real razão daquela cena.
— Ela está bem? Quer que chame uma ambulância? — Falou um homem no meio da multidão que Owen olhou procurando a voz e não sabia realmente de quem vinha.
— É melhor levar ela à um hospital — Falou uma mulher, que dessa vez Owen pode ver a fonte daquela voz.
— Sim... eu preciso levar ela — Disse Owen entre pausas sem entender direito o que estava acontecendo e o que estava falando.
Uma garota aproximou do ocorrido e agachou perto deles, e começou a medir o pulso da menina desmaiada, olhou as pupilas, a temperatura, fez todo o procedimento aplicado por pessoas que prestam os primeiros socorros.
— Você é médica? — Perguntou Owen olhando a garota que aproximar.
— Não, pelos menos eu não tenho o direito de atuar como médica, mas sei muito sobre medicina — A garota tinha uma voz suave, sua fala era leve e aconchegante.
Owen ouvirá a voz da garota e primeiro quase ficou hipnotizado pela doçura de sua voz, parecia uma canção, depois reconheceu aquela voz, só não sabia de onde, mas com certeza ouvirá ela antes.
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RATIUS (Completo)
Science FictionE se existisse uma forma de evitar conflitos antes mesmo deles acontecerem? Como seria uma sociedade preestabelecida por um dispositivo altamente inteligente que separa as pessoas por seus níveis de compatibilidade? Essa paz forçada seria verdadeira...