Prólogo

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Era o Ano de 2085 e uma epidemia começou a assustar as pessoas dos dois lados do muro, matando cerca de 50 milhões de pessoas, muitos pensavam ser o fim da humanidade, alguns acreditava ser um castigo divino.

Com todas essas mortes e mais algumas que iriam vir a acontecer, as autoridades determinadas para cuidar desses assuntos tiveram que agir.

Uma medida extrema teria que ser tomada, dessa forma os dois lados tiveram que se juntar para descobrir o que acontecia e achar uma forma de combater essa terrível doença.

O contato Proibido há anos teve um momento de trégua, apenas alguns médicos foram designados para fazer esse trabalho, um total de 15 médicos das mais variadas áreas estava a cargo dessa tarefa.

O encontro acontecia em um lugar secreto, conhecido apenas por poucos, Izabelle Yanes e Nílton Conceição eram dois jovens considerados os melhores médicos, ambos de lados diferente, cada um encarregado da liderança de seus respectivos lado do muro.

No laboratório improvisado o clima era tenso entre as pessoas de lados diferentes, pouco se falava, poucos olhares, tudo muito sério e rígido, mesmo estando junto havia um abismo entre eles.

Depois de alguns meses de estudo e nada dar resultado, ambos os lados começaram a culpar uns aos os outros pelo fracasso, o clima ficou ainda mais tenso e desfavorável a evoluir, e em meio a uma dessas discussões Izabelle Yanes bateu forte com a mão na mesa em um momento de fúria.

— Chega!! Será que vocês não podem pôr de lado suas diferenças apenas por alguns segundos — Falou Izabelle olhando para baixo sem encarar ninguém.

— Esses idiotas que não sabem o que fazem, seria muito melhor trabalhar sem eles aqui — Falou um homem alto perto de seus 30 anos.

— E do que isso importa agora, Será que podemos trabalhar em equipe? — Falava Izabelle em resposta ao rapaz, mas sem olhar para ele.

— Eu jamais me juntaria com vocês, Prefiro morrer a trabalhar com pessoas como vocês — Falou uma Garota do lado oposto de Izabelle.

— Mas você nem me conhece, porque esse ódio todo? — Izabelle falava ainda encarando sua mesa sem conseguir olhar no rosto daquelas pessoas.

— Nós não o conhecemos mas sabemos do que vocês são capaz, vocês do outro lado do muro são a escória desse mundo — Gritou um dos médico.

Depois dessa ofensa, o clima começou a se agitar dentro do laboratório, todos se xingando ao mesmo tempo fazia um barulho incompreensível.

Em meio a xingamentos e ameaças, quando parecia se iniciar uma briga, Izabelle jogou seus equipamentos no chão fazendo um ruído ensurdecedor e todos pararam assustados para olhar o que era aquilo.

— Basta!!! Seus idiotas, vocês não vêem o quanto vocês são importantes, vocês não percebem o quanto as pessoas lá fora precisam da gente... — Uma parada para respirar em meio às lágrimas — É com vidas que estamos lidando, VIDAS!!, as pessoas estão morrendo aos montes por causa de uma doença em que Eu e todos Vocês fomos escolhidos para encontrar a cura, e vocês babacas não tem postura nenhuma, Vem aqui com seus jalecos e nariz empinado, e a única merda que faz e ficar discutindo por motivo nenhum, cansei de vocês se quiserem ir embora podem ir.

O rosto da garota escorria lágrimas, ela se abaixou fitando a sala para pegar seus equipamentos no chão, a sala toda estava quieta e olhava para a garota, todos de cabeça baixa como crianças que acabou de tomar uma bronca da mãe.

Izabelle pegava seus aparelhos e colocava de volta na mesa, um por um foi recolhendo os resultados de sua fúria, uma mão entrou no seu campo de visão e começou a ajudar a garota com os equipamento muitos deles quebrado.

Izabelle e o garoto terminaram de arrumar a mesa sem falar uma palavra, nem mesmo se olharam nos olhos, após terminar os dois ficaram em pé em frente a mesa se olhando.

— Mal educação a minha nem me apresentei, sou seu vizinho moro a um muro de distância de você, Meu nome é Nílton, Prazer em te conhecer — Falou o rapaz de pele parda um pouco mais alto que ela, estendendo a mão para a garota.

A garota apertou sua mão, ambos se olhando nos olhos — Izabelle... O prazer é todo meu — Os dois se olharam e sorriram.

Depois passaram a trabalhar juntos, conversaram muito enquanto trabalhavam e muitas risadas foram vista, parecia nascer uma amizade nunca vista antes.

Depois de um tempo os outros médicos se juntaram a eles e trabalharam juntos, o começo de uma equipe se formava e as pesquisas avançaram para pôr um fim àquele terrível episódio da humanidade.

A doença que matou mais de 50 milhões de pessoas e causou medo no restante foi erradicada, o grupo de médicos responsáveis pela cura foram separados novamente, mas o destino não queria isso.

RATIUS (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora