Capítulo XXII: Branco e Mais Branco

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Os dois guardas entraram casa adentro e jogaram Owen e Alabama  como se fossem nada no chão da cozinha, Michaela e Éva foram assustadas para ajudarem os garotos a se levantarem. O guarda que antes visitará a casa de Nílton junto com o outro guarda que foi golpeado por Michaela entraram na cozinha pisando forte fazendo o chão de madeira ranger.

— Olha o que temos aqui, a ninhada completa — Falou o guarda que conhecia bem aquela casa, parecia liderar aquela operação.

— Pois é, a toca dos ratos, com todos reunidos para gente, o prêmio pelas quatros cabeças mais procurada — Falou o guarda encarando Michaela.

— Saiam daqui, vocês não tem o direito de entrarem na minha casa, saiam! — Gritou Nílton finalizando com tosses secas.

— E você vai fazer o que, chamar as autoridades? — Falou rindo sarcasticamente.

— Seus idiotas, saiam, nós não fizemos nada demais! — Gritou Michaela.

— Eu estava tentando lembrar qual das duas vadias me deu aquele chute, mas agora já sei bem quem foi, não esquecerei esse rosto jamais, reze para que eu não seja o guarda na prisão que você vai morar, reze para que a gente não fique a sós —   falou o guarda encarando fixamente Michaela.

Owen que estava em pé ao lado das garotas, fechou a mão e o rosto com uma fúria incontida, sem perceber apenas movido pela reação de ver suas amigas sendo humilhada partiu para cima do guarda com o punho cerrado e acertou um soco certeiro no rosto do rapaz fazendo ele cambalear e bater contra a pia.

— Calminha aí seu bastardo de merda — Falou o guarda se recuperando e apontando a arma de choque para Owen — Você deve estar se perguntando como eu sei que você é um bastardo, eu sei tudo sobre a merda da sua vida, sobre a merda da vida de vocês — Falou o guarda contendo Owen contra a arma e depois acertando uma joelhada no estômago dele.

— Seu lixo, uma hora você paga por isso, pode esperar que você vai sofrer ainda pelas minhas mãos — Falou Alabama ajudando o amigo.

— Calma pessoal, nós só iremos ter um papo — Falou o guarda líder arrastando uma cadeira e sentando em frente a porta — Por onde eu começo, pela garota que não pertence a esse lado ou pelo aquela coisa que vocês estão construindo na baía? — Falou o guarda com as pernas cruzadas e um ar arrogante.

— Garota que não pertence a esse lado? — Perguntou o outro guarda desentendido.

— Claro, acabei me esquecendo disso — Falou o Líder atirando com a arma de choque em seu colega fazendo ele tremer muito antes de desmaiar — Ele já sabe demais agora, mas um tratamento simples e eles esquecerá o que eu falei.

O guarda bateu duas vezes na porta e no instante seguinte dois guardas roboticamente entraram, pareciam não ter vida, uma expressão sem expressão deixavam eles idênticos. Os dois guardas pegaram o jovem desmaiado no chão e levaram ele  para fora.

— Voltando ao assunto, onde nós estávamos mesmo? — Coçou a cabeça encarando todos — Estávamos na parte onde vocês vão comigo.

— Você não irá levar eles a lugar nenhum — Disse Nílton se colocando à frente dos jovens.

— Saia daí seu velhote, essas crianças vão passar pelo mesmo que você e aquela maluca da Isabelle passaram ou, pior ainda serão para eles.

— Não fale assim com meu avô! — Gritou com uma fúria que ninguém imaginava caber naquela pessoa tão delicada.

Nesse momento os dois guardas de antes voltaram à cozinha com as armas em punho mirando os anfitriões. Era três homens armados contra cinco indefesos, era uma matemática lógica, impossível sair dessa situação sem ser da forma que o os que carregavam o poder em punho queriam.

RATIUS (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora