Capítulo X: Outro Porão

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Os dois estavam parado na floresta, Owen ainda não entendia bem o que estava acontecendo, vinha ocorrendo tanto mistério nesses últimos dois dias, que dava para escrever um livro.

Owen olhava de um braço para o outro da menina, olhava as marcas de nascença e buscava na memória se já tinha visto aquilo antes, duas diferentes marcas uma em cada braço, mas não tinha acontecido, aquilo antes, também era inédito na vida dele.

Ficaram uns bons segundos olhando um para o outro sem dizer uma palavra sequer, e depois de muito olha olha Owen falou:

— Pera aí, uma da suas marcas é igual a minha e de todos os outros moradores, já a outra é igual a dessa garota que você diz vim do outro lado, só que em vez de ter uma ou outra, você tem as duas, você tem alguma explicação normal para isso? — Falou Owen ajeitando a garota desmaiada em seus braços doloridos.

— Não, eu não tenho nenhuma explicação para isso, muito menos normal — Falou a garota quebrando umas folhas que pegou — Sempre que pergunto a meu Avô ele se esquiva do assunto e arruma alguma outra desculpa nova — Conclui a garota abaixando a cabeça deprimida.

— Sinto muito... Talvez ele apenas esteja te privando de uma resposta desagradável. Ele é seu avô, deve ter um bom motivo para isso.

— Talvez...

Os dois caminharam mais um pouco, já era possível ver a casa ao fundo, quando, uma voz saiu do mato:

— O que dois jovens faz aqui no meio dessa floresta? — Falou a voz.

Owen olhou para o lado e antes de ver o rosto sabia de quem era a voz, reconheceu aquela voz sendo do senhor de um dia antes que o deixará tão intrigado.

— Avô... É essa garota nós só estamos levando ela para casa, ela precisa de atendimento logo — Falou a garota apontando para garota desmaiada.

— Avô? O Homem Lou... O Nílton é seu avô? — Falou Owen surpreso quase soltando a garota.

— Acho que vocês dois já se conhecem — Falou a garota abrindo os braços.

— Sim, um velho amigo — Falou o Senhor sorrindo — Quem é a garota? — Perguntou o senhor se aproximando da menina desmaiada.

— Nós não sabemos, ela apenas se bateu comigo na rua e antes de eu saber quem era, ela desmaiou — Falou Owen mostrando a garota.

Nílton ou O homem louco se aproximou da garota e começou a fazer uma avaliação ali mesmo, fez tudo o que a neta fizera antes, mas tinha mais qualidade, sabia realmente do que estava fazendo, parecia conseguir diagnosticar um câncer só pelas batidas do coração e respiração.

— Rápido, traga ela para dentro, preciso olhar ela melhor pois talvez seja grave e também tá começando um movimento de guardas e rapidamente terá guardas aqui  — Falou Nílton com certa preocupação em sua voz.

Os dois jovem se olharam preocupados com a saúde da garota e também com os guardas, rapidamente se apressaram para dentro da casa.

Os três correram, era praticamente um disputa não declarada, a garota chegou primeiro à porta de casa e a abriu, uma competição injusta por sinal, pois competia com um senhor de idade e um rapaz com uma garota no colo.

Uma pequena casa, estilo essas casas antigas ou aquelas que aprendemos a desenhar antes mesmo de falar, uma casa de telha toda de madeira, tinha uma porta velha de madeira e uma janela velha de alumínio, eram seus detalhes por fora.

Os três entraram na casa velha, rapidamente a garota arrumou um lugar para deitar a garota em um dos sofás na pequena sala. Owen estava preparado para aliviar seus braços e deitar a garota, quando :

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