Capitulo XXXI: Uma garrafa de água e um peixe

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Todos estão carregando seus pesos, seus fardos, vivendo incansavelmente suas vidas todo dia. Sorrindo e chorando, amando e se odiando, todos que tem consciência do mundo sem exceção nenhuma estão vivendo os seus próprios peso, mas tudo deixa de fazer sentindo quando se percebe que estão sendo enganados.

Eles andaram por duas horas naquela mata e aos poucos as árvores foram se tornando mais belas e transmitindo mais vida. O verde tomou conta do ambiente e até alguns animais eram vistos passando por alí. As árvores refletiam vida e suas frutinhas também deveria significar o mesmo, foi o que pensaram e se arriscaram a comer alguns dos frutos que ali davam, pequenas frutas para enganar a fome que já causava estrago em seus estômagos.

Andaram mais um pouco e foram vencidos pelo cansaço. Decidiram parar e fazer um repouso nescessário. A distância era grande de onde eles fugiram e não tinha ninguém em seus calcanhares, então a situação permitiu um breve e merecido relaxamento.

Arrumaram um bom lugar para dormir; na medida do possível, e com a pouca e bem-vinda água que trouxeram da parada do rio eles conseguiriam resistir até a manhã seguinte, só restava comida. Assim o instinto sobrevivente à muito tempo esquecido pelos humanos teve que ser ativado, com alguns gravetos e a inteligência de Enzo tirada de alguns livros eles conseguiram fazer fogo, agora era hora de procurar algum alimento para assar.

Owen e Alabama se auto solicitaram para ir à procura de alimento. Foram bem fundo na mata onde era ouvido alguns barulhos e avistados alguns animais pequenos. No início eles estavam destemidos, não tinha medo de encontrar algum animal selvagem e acabar virando caça, a fome falava mais alto e qualquer coisa que pode-se alimenta-los eles iriam fazer virar comida. Logo quando o primeiro animal apareceu eles viram a oportunidade de alimento. Foi um coelho a sua visão, porém, a beleza e naturalidade daquele animal os desencorajou, não podia comer aquele animal e talvez não poderiam comer nenhum a não ser peixe, já que peixe fazia parte de suas gastronomia.

Decidiram então procurar por frutas e quem sabe se achar um rio tentaria pescar o de comer. Entraram mais fundo e foram recolhendo algumas frutinhas e armazenando em uma improvisada mochila feita com a camisa de Alabama, o estoque estava cheio e era o bastante para pelo menos não morrer de fome, então era hora de voltar.

- Está bom até aqui, vamos voltar enquanto temos noção de onde estamos - Disse Alabama.

- Não se preocupe, não iremos se perde, estou marcando cada árvore. Vamos procurar mais a frente - Disse Owen enquanto fazia uma marcação em uma árvore.

Os dois foram adiante, sempre com Alabama querendo voltar devido aos barulhos que ouviam pelo caminho e também em razão do distanciamento dos demais.

- O que você acha daqueles dois? - Disse Alabama pegando uma fruta e comendo.

- Não confio muito neles, e ainda acho que não foi uma boa deixar as meninas sozinhas com eles, eu poderia ter vindo sozinho.

- Elas insistiram, eu também não queria isso, mas contrariar aquelas duas não presta. E elas sabem se cuidar muito bem.

- Isso é verdade, até mesmo mais do que nós - Falou Owen sorrindo e arrancando risadas do amigo.

- Mas vamos dar um voto de confiança para eles, no fundo eles se parecem bastante conosco, aqueles dois... - Fez uma pausa pensativo - É, vamos ficar de olhos bem abertos.

Os dois prosseguiram. A caçada ainda sem frutos. Andaram mais alguns metros e encontraram um lago. A água era limpa e alguns peixes nadavam por ali, era o lugar certo para arrumar algo para se alimentar, e foi o início da caça.

RATIUS (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora