Capítulo XXXXII: Primeira noite

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Televisão ligada e um sorriso no rosto. Uma poltrona e Maria sentada. Um copo de chá quente soltando fumaça e os olhos na tela. Pensamentos longes. Preocupação longe, um sorriso apesar disso. O sorriso também era o motivo do que seus olhos viam naquela tela. Só uma certeza: aquela notícia era falsa.

Olá, eu sou o Peter e, esse é o seu Boletim da manhã. Muita confusão na noite de ontem tirou em muito o sono da população, em geral, alarmes ecoaram, muito barulho. Durante essa manhã chegou o motivo de todo aquele alarde, e como sempre, é uma causa que não devemos nos preocupar… claro, nossas autoridades são suficientes o bastante para isso, para manter a nossa segurança e calma. Deixa eu molhar minha língua... vamos ao que interessa, o motivo não tão alarmante quanto ao alarme é o seguinte: alguns jovens puseram fogo em uma escola e escreveram palavras de ódios contra RATIUS, ouve perseguição e, sobre a dúvida de que eles poderiam se esconder em uma das casas de pessoas de bem, acionaram o alarme para que todos ficassem cientes de suas moradias sem permitir o acesso desses indivíduos em sua residência, usando assim, para ocultar sua maldade dentro do bem que temos. Tudo está resolvido e os fugitivos foram pegos e serão julgados, conforme nossa lei, Reitero, nada para se preocupar. Agora, fiquem com sua programação normal, Eu sou Peter do boletim da manhã, tenha um bom dia e que seja feita a vontade de RATIUS.

Maria desligou a televisão e tirou a tomada. Foi até os fundos da casa e com uma marreta transformou o aparelho em sucata, foram várias batidas pesadas, com ódio. Depois colocou a marreta ao lado de sua televisão e sentou novamente na poltrona para terminar de tomar seu chão, assistindo a televisão quebrada.

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A bola de calor nascia no horizonte, nunca foi tão belo um por do sol, dentro de um barco, sem nada para te atrapalhar, apenas com o mar e o céu, aquele início de dia estava radiante. Estava todos os jovens deitados no convés com o rosto para cima, apreciando aquela magia que acontecia acima de suas cabeças.

O barco estava completo, mesmo sem o retoque final que Enzo teria que dar. A inteligência humana sempre se sobressai e, aquele barco estava mais que completo, algo que impressionou o egocêntrico Enzo, fazendo ele creditar aquilo estar em melhor estado do que o que ele projetou, mas logo se deu ao crédito, pois, claro, o projeto inicial partiu dele.

Com cozinha e um quarto que poderia acomodar até dez pessoas, um armazém que continha alimento suficiente para várias luas e sois, também era enriqueciso com um resfriador, podendo assim, conserva alimentos que necessita de uma temperatura baixa para poder se manter saudável, seria um bom viajante, bem confortável e seguro, o resto, as velas o mar e o vento faziam, e a sorte estaria a lado deles.

- Para onde nós estamos indo? - Disse Alabama deslumbrado o por do sol.

- Somente para onde o vento nos levar? - Respondeu Giovanna também fitando o céu.

- Ou até nós batermos em terra firme? - Disse Michaela da mesma forma.

Owen se levantou e caminhou para a ponta do barco e apoiou a mão na madeira que cercava todo o lugar. Olhando afrente, onde se estendia um infinito mar de água, os olhos do jovem brilhava como nunca.

- O vento nos dirá para onde estamos indo, fiquem tranquilos, dessa vez, pelo menos dessa vez, a sorte estará ao nosso lado - Disse olhando para frente, confiante.

Todos concordaram e sorriram. Levantaram e se juntaram a Owen na ponta do barco, seguros apenas pela madeira que protegia, com um mar interminável aos olhos lá embaixo. E, eles olhavam o horizonte sem ainda intender bem onde estavam indo, onde queriam ir, mas estava com pessoas de confiança e isso vale mais a se acreditar.

RATIUS (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora