Capítulo XVII: Correndo Risco

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Michaela e Eva se despediram dos rapazes e seguiram para baia. Pegaram um caminho diferente de Owen e Alabama; um caminho mais curto e mais tranquilo, porém, as duas garotas com certeza chamariam muita atenção por serem garotas que se encaixava perfeitamente na descrição da garota procurada: Michaela.

O caminho era pouco movimentado por ser longe do centro da cidade, do centro de tudo. As ruas largas. As casas todas iguais. Alguns comércios poucos movimentados. Tudo muito igual do que Michaela via quando estava no outro lado do muro, no lado onde nasceu, e nesse quesito, nessa parte da cidade, era muito parecida com o lado dela.

Michaela pensava no irmão, em como ele teria ficado depois de tudo aquilo, pensou no pai que odiava mas sentia saudade mesmo assim e também na mãe que não chegou a conhecer pois morrera quando ela era muito pequena.

Éva também pensava muito, não sabia se teria força para deixar o avô para trás, se isso era o certo a fazer mesmo seu avô dizendo para ela seguir o próprio caminho e não usar ele como desculpa para não viver. E ainda tinha a avó que depois da conversa com Michaela o desejo só aumentará mais de conhecer, a cabeça daquelas duas jovens passavam muitas coisas. Muitas coisas mastigada incessantemente.

Elas caminhavam e conversavam muito. Durante todo o trajeto foram muitas risadas e conversa jogada fora, suas risadas era uma forma de diminuir o estresse que estavam passando, porém, era muito complicado lidar com o medo, ainda mais quando se é jovem.

— Michaela, você sente falta de sua casa, sua família?

— Muita falta... — Respondeu Michaela baixando a cabeça — Mas como você disse eu fiz o que achei melhor, o que eu queria.

— Desculpa tocar no assunto, eu que  queria ter a mesma coragem que você, deixar tudo para trás e fazer algo que quer muito, mas não sei se consigo.

— Não sei bem se comigo foi coragem, eu apenas fiz o que estava em mente e depois as consequências venho sem que eu notasse, mas quando caiu a ficha, eu meio que fui perdendo as forças aos poucos.

— Para mim você foi muito corajosa — Falou Éva sorrindo para a amiga.

— Mas vamos apertar o passo, pois essas ruas estão mais vazias.

As duas aceleraram mais o passo. Apenas se concentrava no caminho e andavam o mais rápido possível sem parecerem duas fugitiva. Os pescoços das duas estavam travado, só olhavam pra frente, virando uma esquina não perceberam um guarda encostado em uma das pilastras.

— Parem, as duas! — Gritou o guarda — Onde as duas vão com tanta pressa? — A voz do guarda ecoou fazendo as pernas das duas tremerem de medo.

As duas seguiram sem olhar para trás, fingindo não ter escutado o grito, o que era impossível por sinal, tão foi a firmeza do grito.

— Hey, eu estou falando com vocês!! — Gritou o guarda novamente.

As duas garotas olharam para trás sem pararem e Éva falou:

— Desculpe, seu guarda, nós estamos com pressa, meu Tio está passando mal e preciso ver ele.

— Seu Tio pode esperar, ele não vai morrer mocinha — Falou o Guarda se aproximando com um sorriso malicioso.

O guarda tinha pouco mais de 30 anos, sua altura e físico fazia ele parecer um poste, olhos castanhos claros e barba por fazer.  As entradas em seu cabelo revelava uma idade que ele não possuía

— Nós não podemos seu guarda, estamos com pressa.

— Eu só quero uma palavrinha com vocês duas — disse o guarda passando a mão no cabelo de Éva — Sabe que é perigoso andar por essas bandas, e agora com esses Monstros a solta fica ainda mais arriscado andar por aí sozinhas, mesmo de dia.

RATIUS (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora