Capítulo XXVI : O ato final

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Em Algum lugar no mundo...

A sala escura abre suas cinco portas novamente, porém, dessa vez apenas três pessoas passaram por ela, duas portas ficaram no vazio. Todos os três sentaram em seus respectivos lugares; sincronizados e robotizados. Três pessoas, três vozes e feições distorcidas e todos os mistérios.

Após os três fazerem seus movimentos mecânicos até chegarem a seus aposentos, iniciou-se o debate. Dessa vez a escuridão estava menos densa dando até para arrancar uma casquinha de quem era a pessoa a sua frente, talvez uma fraca aparência aparecia naquela penumbra. A distorção também tinha diminuída. Dando assim, para distinguir um pouco da personalidade da pessoa através do tom de voz.

Dessa vez não tinha nenhuma prancheta pareceria ser uma discussão apenas verbal. Todos estavam posicionados, a voz ainda não era reconhecível, a face era vista um pouco, mas nada para se preocupar com a descrição, tudo estava pronto para começar, era hora de dar início a reunião mensal como eles chamavam.

— Todos estão ciente do motivo da nossa reunião — Falou uma voz feminina; a única restante na sala. Pelo forma de falar devia ter pouco menos de 40 anos.

— Besteira como sempre, porque nós não aceleramos logo e vemos o circo pegar fogo? Porque sempre temos que sentar nossas bundas aqui e discutir merdas sem levar a lugar nenhum? — Falou uma das voz Masculina, sua voz era imponente, tinha a afinação e tom certo para um discurso.

— Sempre reclamando disso e daquilo, quando tudo isso acabar eu quero ver o rosto por debaixo dessa voz que só sabe resmungar — Falou a mulher de antes.

— É impossível não ficar descontente com toda essa baboseira. E agora nós iremos discutir novamente sobre crianças brincando de ser criança, matamos todos eles e fim de papo, depois iniciaremos o fim e vemos o mundo pegar fogo, simples, vocês não acham?

Os dois que estavam de boca calada e punho cerrado deram de ombros. Era claro o descontentamento com aquele sujeito no ambiente, então os dois apenas fizeram pouco caso e seguiram com suas expressões frias para o objetivo.

— Sim, os motivos são claros, iremos discutir acontecimentos recentes e pensar em como prosseguir adiante. Todos sabem o que fazer. Iniciaremos — Falou o líder não coroado, sua voz era seca e aparentava superioridade.

— Ainda bem que o fim dessa falação está próximo, não vejo a hora de pôr a mão na massa e fazer algo de divertido — Falou a voz masculina que resmungava enquanto se balançava na cadeira.

— Se você quiser sair, que saia, porém, é daqui para um caixão, enterrado embaixo de Nós onde é seu lugar, nós não podemos saber quem estar por trás disso, mas há ainda um modo de descobrir — Falou a voz masculina.

O resmungão engoliu em seco e com um pesar a saliva desceu por sua garganta. Se não fosse pela escuridão daria para ver o suor frio escorrendo na sua pele. Ele se conteve em sua posição de não inferior e falou:

— Eu sinto pena de vocês, assim que nosso plano estiver em prática o rosto de vocês irão conhecer a sola do meu pé, e nisso irei montar meu reino de terror, sozinho — Clamou o resmungão sem muita convicção.

— Pronto, agora que acabou o seu discurso de vitória, vamos ao que interessa. Novamente, todos sabem o que fazer. Iniciaremos.

Houve uma pausa e todos olharam para seus relógios, uma luz saia do dispositivo e encontrava os olhos do portador. Eles pareciam estarem sendo hipnotizados, abduzidos, por aquela luz. Não havia expressão no rosto deles. A luz distorcia a expressão, impedindo de reconhecer quem era pessoa em questão, apenas a silhueta junto com aquela luz cegante era discernível no momento.

RATIUS (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora