Em algum lugar no mundo acontecia uma reunião secreta. Na sala abriu 5 portas cada uma de um canto, se traçasse ligando cada uma das porta formaria um pentágono. Cada um saiu de uma porta e logo depois as portas se fecharam, os cinco caminharam para suas cadeiras e sincronizados, robotizados se sentaram ao mesmo tempo.
Na mesa onde sentou as cinco pessoas. Não era possível ver seus rostos devido a escuridão da sala e nem reconhecer suas vozes por causa do aparelho que as distorcia, só suas fisionomias era descritivo na escuridão.
Pareciam se reunir muito ali, pois estavam bem ambientados e tinha uma pequena afeição e reconhecimento por aquelas sombras com vozes.
Parece que a fuga de Michaela tinha incomodado até mais do que ela queria e prévia, para uma reunião secreta e misteriosa se organizada deveria ser algo grande e também era o que dizia o tom das vozes deles.
A pauta do assunto era a fuga de Michaela, ou como eles a reconhecia por um número ou algum tipo de código que só aqueles cinco naquela sala poderiam saber.
— Todos sabem o motivo de estarmos aqui — Falou uma voz.
Mesmo com o aparelho de distorção ainda lá no fundo deixava um traço da voz natural e essa poderia afirmar ser uma mulher, a primeira voz a falar devia ser de uma mulher.
— Sim!! — Falou todos em uníssono em volta da mesa.
— Um motivo banal para marcar uma reunião e quebrar nossa regra de uma reunião ao mês... — Falava uma voz parecendo masculina.
— Uma vez ao mês e quando se é necessário, como é o caso — Interrompeu a voz de antes.
— Quando for necessário, mas não o que é esse caso, e garanto que a maioria nessa mesa preferia estar em outro lugar a não ser esse — Respondeu a voz masculina de antes.
— Foco, Foco, necessário ou não essa reunião vai acontecer, nós estamos aqui agora e vamos fazer o que viemos fazer — Falou Uma voz masculina enquanto batia na mesa.
— Vamos ao que interessa, o que temos sobre essa garota? — Perguntou uma voz feminina.
— Isto!! — Falou outra voz masculina enquanto apontava uma prancheta que saiu de dentro da mesa de alumínio. Tinha uma foto de Michaela no topo e alguns dados dela. As letras e imagem na prancheta tinha uma claridade, uma luz branca.
A sombra que batera antes na mesa pegou a ficha, não parecia existir hierarquia na mesa, mas se fosse apontar um líder ele seria o mais apontado. Pegou a ficha e folheou a ficha da garota e começou a informar a mesa o que lia :
— Aqui diz: Michaela Reins, 20 Anos, filha de Geward Reins e Carina Reins, único irmão Philipp Reins, esses são os parentes próximos e os que importa no momento — Parou por um momento e folheou as páginas novamente — Aqui diz em resumo pouca coisa sobre ela, o irmão e também guarda foi encontrado no porão amarrado e foi o último a ver ela, diz também que foi vista momentos antes com Isabelle Yanes, isso é o que interessa por hora — Completou colocando a ficha de volta na mesa.
— Isabelle, nós devíamos ter matado ela — Falou uma das voz masculina esbravejando.
— Não, excluir e estereotipar ela como louca foi um boa jogada para manter a ordem social — Respondeu a primeira mulher que falou.
— Matar também seria um bom exemplo do que acontece com quem tentar fugir das regras — Esbravejou novamente a voz.
— Eu concordo que foi uma boa jogada, matar ela faria com que as pessoas seguissem as ordens por medo de morrer e não por medo de não se encaixar na sociedade — Falou o líder não declarado.
— Vamos ao que interessa, nós não marcamos essa reunião para discutir um caso já resolvido — Falou uma voz feminina meio desinteressado em estar lá.
— Então o que foi feito, e que devemos fazer? — Falou uma das sombras.
— Guardas já foram encarregados de achar a garota e uma notícia para afastar a população da floresta foi dada, tudo segue para seu final, em breve teremos a garota em nossas mãos — Falou uma das sombras com faíscas de voz feminina.
— E o que faremos com ela? — Falou a primeira voz feminina.
— Matar, é claro, é o melhor modo de lidar com pessoas assim — Falou a sombra assassina.
— Não! Ela é apenas uma jovem, matar não ajudará em nada, iremos prender ela e depois achar o melhor modo de lidar com ela sem derramar sangue — Falou a voz que podia ser o líder.
— E se tiver alguém acobertando a fuga dela, o que faremos com eles? — Falou uma voz masculina e a que menos se destacava na sala.
— Levaremos juntos e aplicamos o mesmo castigo, em todos — Falou a outra mulher.
— Então está tudo estabelecido, alguma objeção? — Falou o líder não declarado.
— Não — Falou todos juntos na mesa.
— Então encerramos a reunião — Falou a primeira voz feminina.
— Que seja feita a vontade de RATIUS!
Sincronizados todos levantaram. Em pé, em frente à mesa, um comprimento típico da cultura japonesa e seguiram cada um para seus lado, cada um para suas respectivas portas, deixando a sala escura e o mistério no ar.
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RATIUS (Completo)
Science FictionE se existisse uma forma de evitar conflitos antes mesmo deles acontecerem? Como seria uma sociedade preestabelecida por um dispositivo altamente inteligente que separa as pessoas por seus níveis de compatibilidade? Essa paz forçada seria verdadeira...