Capítulo XI : Prancheta

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Em algum lugar no mundo acontecia uma reunião secreta. Na sala abriu 5 portas cada uma de um canto, se traçasse ligando cada uma das porta formaria um pentágono. Cada um saiu de uma porta e logo depois as portas se fecharam, os cinco caminharam para suas cadeiras e sincronizados, robotizados se sentaram ao mesmo tempo.

Na mesa onde sentou as cinco pessoas. Não era possível ver seus rostos devido a escuridão da sala e nem reconhecer suas vozes por causa do aparelho que as distorcia, só suas fisionomias era descritivo na escuridão.

Pareciam se reunir muito ali, pois estavam bem ambientados e tinha uma pequena afeição e reconhecimento por aquelas sombras com vozes.

Parece que a fuga de Michaela tinha incomodado até mais do que ela queria e prévia, para uma reunião secreta e misteriosa se organizada deveria ser algo grande e também era o que dizia o tom das vozes deles.

A pauta do assunto era a fuga de Michaela, ou como eles a reconhecia por um número ou algum tipo de código que só aqueles cinco naquela sala poderiam saber.

— Todos sabem o motivo de estarmos aqui — Falou uma voz.

Mesmo com o aparelho de distorção ainda lá no fundo deixava um traço da voz natural e essa poderia afirmar ser uma mulher, a primeira voz a falar devia ser de uma mulher.

— Sim!! — Falou todos em uníssono em volta da mesa.

— Um motivo banal para marcar uma reunião e quebrar nossa regra de uma reunião ao mês... — Falava uma voz parecendo masculina.

— Uma vez ao mês e quando se é necessário, como é o caso — Interrompeu a voz de antes.

— Quando for necessário, mas não o que é esse caso, e garanto que a maioria nessa mesa preferia estar em outro lugar a não ser esse — Respondeu a voz masculina de antes.

— Foco, Foco, necessário ou não essa reunião vai acontecer, nós estamos aqui agora e vamos fazer o que viemos fazer — Falou Uma voz masculina enquanto batia na mesa.

— Vamos ao que interessa, o que temos sobre essa garota? — Perguntou uma voz feminina.

— Isto!! — Falou outra voz masculina enquanto apontava uma prancheta que saiu de dentro da mesa de alumínio. Tinha uma foto de Michaela no topo e alguns dados dela. As letras e imagem na prancheta tinha uma claridade, uma luz branca.

A sombra que batera antes na mesa pegou a ficha, não parecia existir hierarquia na mesa, mas se fosse apontar um líder ele seria o mais apontado. Pegou a ficha e folheou a ficha da garota e começou a informar a mesa o que lia :

— Aqui diz: Michaela Reins, 20 Anos, filha de Geward Reins e Carina Reins, único irmão Philipp Reins, esses são os parentes próximos e os que importa no momento — Parou por um momento e folheou as páginas novamente — Aqui diz em resumo pouca coisa sobre ela, o irmão e também guarda foi encontrado no porão amarrado e foi o último a ver ela, diz também que foi vista momentos antes com Isabelle Yanes, isso é o que interessa por hora — Completou colocando a ficha de volta na mesa.

— Isabelle, nós devíamos ter matado ela — Falou uma das voz masculina esbravejando.

— Não, excluir e estereotipar ela como louca foi um boa jogada para manter a ordem social — Respondeu a primeira mulher que falou.

— Matar também seria um bom exemplo do que acontece com quem tentar fugir das regras — Esbravejou novamente a voz.

— Eu concordo que foi uma boa jogada, matar ela faria com que as pessoas seguissem as ordens por medo de morrer e não por medo de não se encaixar na sociedade — Falou o líder não declarado.

— Vamos ao que interessa, nós não marcamos essa reunião para discutir um caso já resolvido — Falou uma voz feminina meio desinteressado em estar lá.

— Então o que foi feito, e que devemos fazer? — Falou uma das sombras.

— Guardas já foram encarregados de achar a garota e uma notícia para afastar a população da floresta foi dada, tudo segue para seu final, em breve teremos a garota em nossas mãos — Falou uma das sombras com faíscas de voz feminina.

— E o que faremos com ela? — Falou a primeira voz feminina.

— Matar, é claro, é o melhor modo de lidar com pessoas assim — Falou a sombra assassina.

— Não! Ela é apenas uma jovem, matar não ajudará em nada, iremos prender ela e depois achar o melhor modo de lidar com ela sem derramar sangue — Falou a voz que podia ser o líder.

— E se tiver alguém acobertando a fuga dela, o que faremos com eles? — Falou uma voz masculina e a que menos se destacava na sala.

— Levaremos juntos e aplicamos o mesmo castigo, em todos — Falou a outra mulher.

— Então está tudo estabelecido, alguma objeção? — Falou o líder não declarado.

— Não — Falou todos juntos na mesa.

— Então encerramos a reunião — Falou a primeira voz feminina.

— Que seja feita a vontade de RATIUS!

Sincronizados todos levantaram. Em pé, em frente à mesa, um comprimento típico da cultura japonesa e seguiram cada um para seus lado, cada um para suas respectivas portas, deixando a sala escura e o mistério no ar.

RATIUS (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora