Passou-se duas semana desde do início da construção. A criação, montagem e tudo mais vinha a todo vapor, era estipulado até terminar bem antes do prazo, tão era a disposição e ânsia deles. Porém, Michaela e Owen não vinha muito bem, poucas era as palavras e raro os contato, tudo muito distante entre os dois.
Owen estava na varanda de sua casa, na rede de balanço como de costume, mas ao invés de ver o pôr do sol, dessa vez era o cair das águas que fazia aquele jovem estar ali.
Com os olhos no cair de água e a mente nas águas passadas. Owen estava transitando em pensamentos, não conseguia tirar Michaela da cabeça, mas não queria dar o braço a torcer, pois achava que estava certo a forma como agiu antes, e que ele pensava ser a missão o mais importante no momento.
Uma mão em sua nuca, um estalo em seu cabelo recém cortado fez ele despertar e virar assustado em estado de alerta, a voz que seguiu logo ao tapa foi a do amigo Alabama, que em seguida foi até o limite da varanda sem dizer uma palavra, e não fez questão de nada.
— O quê? — Falou Owen com cara de sem destino.
— O que o quê? — Respondeu fitando a chuva.
— Você invade minha casa, invade meu quarto, dá um tapa em mim e não diz mais nada, e ainda molhou toda a casa.
— Primeiro, eu não invadir sua casa, sua Mãe deixou eu entrar, e depois eu bati na porta três vezes e você não respondeu, e não foi um tapa, foi para você acordar, e molhar, sim eu molhei.
— Minha Mãe não está em casa, como ela deixou você entrar?
— Ela não trancou a porta, não vejo diferença.
Owen apenas balançou a cabeça rindo e prosseguiu:
— Certo e o que te trouxe aqui?
— A chuva, eu estava na rua e do nada começou a chover, vi sua casa e resolvi entrar para me esconder.
— Só isso, você não venho para falar besteiras de que eu preciso fazer isso, preciso fazer aquilo, nada?
— Nada não, só estou aqui por causa da chuva mesmo.
— Ainda bem pois eu…
— Na verdade sim, agora que você me lembrou, você pensou direito no que eu te disse ontem e venho dizendo a um bom tempo, sobre todo o problema com Michaela, todo o problema com o grupo, pensou? — Falou Alabama interrompendo o amigo.
— Sabia que iria falar nisso — Owen levantou da rede suspirando pesado e foi ao lado do amigo — Pensei sim, mas nada deve ser feito, nós apenas discutimos um pouco, talvez nem devia chamar aquilo de discussão, e agora nós estamos sem se falar, mas tudo vai voltar ao normal, não é preciso forçar nada é só questão de tempo — Falou Owen sem passar muita firmeza.
— Certo então, se você fala está falado — Fez uma pausa fitando o amigo e depois prosseguiu — está bom, vamos jogar um pouco — Falo sorrindo e pegando um tipo de baralho em uma prateleira próxima.
— Vamos, freguês, para passar o tempo e mais tarde quando essa chuva parar nós ainda temos que trabalhar, a chuva não pode parar a gente.
— Tudo bem, vou te dar uma surra aqui e depois completo na praia, com quem trabalha melhor.
Os dois acenaram com a cabeça e começaram a jogar, os desafios estavam lançados, a competição amigável pela supremacia do jogo e também de quem era o melhor trabalhador teve início.
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Éva se rolava de um lado para outro na cama já fazia uma hora, acordou na madrugada com um pesadelo e não conseguiu voltar a dormir; tinha sono, mas não conseguia se concentrar e dormir, sua cabeça flutuava coisas que não deixava ela pensar direito, tomou a decisão de seguir com os jovens, mas não tomou a decisão se devia seguir aquela primeira decisão, isso era o que deixava ela acordara, inquieta, essa tortura pré dormir não deixava ela adormecer.
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RATIUS (Completo)
Science FictionE se existisse uma forma de evitar conflitos antes mesmo deles acontecerem? Como seria uma sociedade preestabelecida por um dispositivo altamente inteligente que separa as pessoas por seus níveis de compatibilidade? Essa paz forçada seria verdadeira...