Capítulo XX: Batidas de Prego.

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Rectus parecia mais agitada que o normal, mais agitada do que vinha sendo com as suspeitas de monstros; que inclusive só aumentava, nos noticiários eram sempre monstro aqui e monstro lá, ataque, morte e sangue de pessoas que nem existia ou que já havia morrido e ninguém tomará conhecimento antes. Sempre dado pelo seminário Deus e carismático Peter. Quando sua mente está manipulado a certo nível você não cogita outra hipótese a não ser o que eles falam, e é isso que eles fazem, brincam com sua personalidade.

O sol dará uma trégua na cidade, as nuvens tomou conta do céu, estabeleceu seu lugar nas alturas e criou uma condição muito mais favorável para trabalhar, e era o que os quatro estavam fazendo, trabalhando sobre a leve e suave temperatura que fazia, não era recomendável ficar de blusa nem sem camisa, era um clima em cima do muro, no dia de início da construção.

Marteladas e mais marteladas, pregos penetrando madeira, serras cortando, cola, dedos machucados e tudo mais que se ver quando jovens se reúnem para trabalhar em equipe. Alabama era experiente sabia lidar com tudo aquilo, dominava por completo a função e o Owen não ficava muito atrás pois sempre ajudou Alabama e Moses na marcenaria, mas para Michaela e Éva aquilo era novo e muitos dedos ainda seriam batidos.

Michaela acertou o dedo pela oitava vez em apenas uma hora de construção, soltou um gemido de dor e soltou o martelo quase pegando em seus pés descalço. Alabama veio ao seu socorro e iria ensinar novamente como se fazer.

— Segura mais para trás, concentra no seu dedo e também no prego, mire no seu dedo que você consegue acertar o prego, vamos lá — Falou Alabama.

Michaela tentou e acertou apenas a madeira na parte de trás, tentou novamente e o medo de acertar o próprio dedo fez ela desviar o martelo no último instante acertando outra vez a madeira. Soltou um suspiro de impaciência e fitou o prego com olhar determinante.

— Se quiser parar, tudo bem, Owen e Eu damos conta — Falou Alabama desafiando a garota com martelo.

— Nem morta deixarei vocês garotos agirem sozinhos — Respondeu Michaela firme.

Ao lado outro gemido era escutado, Éva que até então não havia tentando nenhum martelada, na primeira acertou o polegar e rapidamente desistiu antes de acertar também o indicador.

— Eu desisto, minhas mão foram feitas para algo sofisticado, delicado, que requer máximo cuidado e mínimo esforço físico — Falou Éva guardando seu martelo de borracha na caixa de ferramentas.

— Verdade você é uma ótima enfermeira, mas com martelo e outras coisa do tipo é ruim até demais — Falou Alabama zombando.

Outra martelada e Michaela apenas acertou de raspão o prego que caiu no chão sem penetrar nada. Um acúmulo de prego estava no chão e nenhum na ripa, porém, aquilo apenas desafiava ainda mais Michaela à continuar, não saia de lá enquanto não acertar um prego fala ela.

Pegando mais um prego do pacote que ia se esvaziando aos poucos, Michaela voltou à sua posição de batida e se preparou novamente, as tentativas sem sucesso foi dando mais coragem para garota, enquanto as marteladas no dedo fazia ela se acostumar com a dor e perde o medo de acertá-lo.

— Você está ensinando errado a menina — Falou Owen se aproximando — Você tem que encoraja-la a perde o medo de acertar o dedo — Concluiu Owen tomando a frente de Alabama no ensinamento.

Michaela olhou para Owen por cima do ombro e viu uma expressão séria de quem quer apenas concluir a tarefa o mais rápido possível, não de quem quer reatar a amizade como esperava antes de virar o rosto e, encarar o rapaz.

— Vamos, apenas não tenha medo de acertar seu dedo, confiança, é o prego que você vai acertar, mantenha esse pensamento — Falou Owen direto e seco.

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