Michaela acordou, desmaiar e acordar depois de um tempo sentido dores e sem lembra de nada tinha virado rotina ultimamente em sua vida. Sua memória vinha sofrendo lacunas e que pesavam a ser recuperadas assim como a constante dor de cabeça que vinha sentido a cada perda de consciência.
Como de costume a dor venho intensa em sua cabeça, e novamente as mãos foi a cabeça tentando conter a dor; aquilo tinha virado uma memória muscular em seu corpo, um movimento acionado pela dor. Estreitou seus olhos cela a fora e somente viu os corredores brancos e vazios. Som nenhum era ouvido. Imagem nenhuma era vista.
Sentiu o calor queimar seu corpo e tentou ligar o ar condicionado, mas não funcionava; era uma tática de dar e esperança e logo depois tirar. Apertou até seus dedos cansarem, girou o nível de temperatura até não conseguir mais se manter naquela posição, mas não funcionava. Desistiu. Deitou no chão e despiu de suas roupas de cima. Sempre mantendo pelo menos uma das mãos pressionando a cabeça.
Escutou gemidos vindo de todas direções. De todas as selas. Reconheceu cada um deles como sendo de seus amigos. Alegrou o bastante para esquecer a dor e restaurar um pouco de sua energia; o suficiente para chegar até o vidro e anunciar que estava ali, é que estava bem.
— Pessoal, vocês estão bem? — Perguntou Michaela alegre.
— Na medida do possível, apesar dessa dor — Falou Owen parando devido a dor — Apesar dessa dor dos infernos eu ainda estou bem.
Na sequência Alabama e Eva também confirmaram estar bem e confirmou estar com sua saúde mental estável, pelo menos por enquanto não tinha nenhuma sequela do mal implantado em sua psique. Todas tinha o mesmo peso na voz, a mesma dor de cabeça, as mesmas incertezas, mas nenhum tinha sido deixado de ser quem era; o qual era o propósito do tratamento e, que até o momento tinha falhado, pelo menos por essa seção.
— Veja, meus docinhos acordaram, agora toda a trupe está reunida, bom saber, assim é melhor, agora podemos nós seis se conhecermos e nos amarmos — Falou Giovanna com sua típica audácia.
— Eu até que estou gostando de você, garota, gosto de você assim mesmo, longe de mim — Falou Owen sério — Assim que nós estivermos um de frente eu darei um jeito de tirar esse seu risinho irritante que você tem — Concluiu mais sério ainda.
— Esse encontro está próximo e eu que tirarei essa sua expressão carranca, como sempre faço, eu sempre dou o ritmo, sempre faço as pessoas dançarem conforme eu quero — Disse Giovanna forçando ainda mais seu riso.
— Será que tem como os dois pararem um pouco de se atingirem, o que nós ganhamos com isso? continuamos presos sem saber onde estamos, como vamos sair ou mesmo se estaremos vivos por muito tempo — Falou Michaela com tom de quem dá bronca.
— Saber onde nós estamos eu não sei, mas sairmos nós vamos, pelo menos meu Namorado e Eu — Fez uma pausa dramática — Tudo bem eu dou um jeito de tirar vocês daqui também, mas só se vocês pedirem por favor, senão nada feito.
Era incrível para Owen como as palavras e o jeito de pronunciá-las daquela garota conseguia irritar tanto ele. Não via motivo para odiá-la e nem queria o mesmo, mas sua capacidade de aborrecer as pessoas por intenção — Pelo menos era o que parecia para ele — irritava tanto ele. Deixou de lado o sentimento de revolta e achou melhor tentar uma aproximação, até conseguir sair dali ou no mínimo saber onde está, agiria como um grupo junto com aqueles dois.
— E como você planeja sair daqui, Giovanna? — Perguntou Owen amistosamente, mas ainda com um pingo de irritação em sua voz.
— Veja, está começando a cooperar, sinto que nos daremos muito bem quando sairmos daqui — Falou a garota com o mesmo tom de sempre seguido do riso.
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RATIUS (Completo)
Science FictionE se existisse uma forma de evitar conflitos antes mesmo deles acontecerem? Como seria uma sociedade preestabelecida por um dispositivo altamente inteligente que separa as pessoas por seus níveis de compatibilidade? Essa paz forçada seria verdadeira...