Capítulo XXVII : A consequência de sua criação

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Michaela acordou, desmaiar e acordar depois de um tempo sentido dores e sem lembra de nada tinha virado rotina ultimamente em sua vida. Sua memória vinha sofrendo lacunas e que pesavam a ser recuperadas assim como a constante dor de cabeça que vinha sentido a cada perda de consciência.

Como de costume a dor venho intensa em sua cabeça, e novamente as mãos foi a cabeça tentando conter a dor; aquilo tinha virado uma memória muscular em seu corpo, um movimento acionado pela dor. Estreitou seus olhos cela a fora e somente viu os corredores brancos e vazios. Som nenhum era ouvido. Imagem nenhuma era vista.

Sentiu o calor queimar seu corpo e tentou ligar o ar condicionado, mas não funcionava; era uma tática de dar e esperança e logo depois tirar. Apertou até seus dedos cansarem, girou o nível de temperatura até não conseguir mais se manter naquela posição, mas não funcionava. Desistiu. Deitou no chão e despiu de suas roupas de cima. Sempre mantendo pelo menos uma das mãos pressionando a cabeça.

Escutou gemidos vindo de todas direções. De todas as selas. Reconheceu cada um deles como sendo de seus amigos. Alegrou o bastante para esquecer a dor e restaurar um pouco de sua energia; o suficiente para chegar até o vidro e anunciar que estava ali, é que estava bem.

— Pessoal, vocês estão bem? — Perguntou Michaela alegre.

— Na medida do possível, apesar dessa dor — Falou Owen parando devido a dor — Apesar dessa dor dos infernos eu ainda estou bem.

Na sequência Alabama e Eva também confirmaram estar bem e confirmou estar com sua saúde mental estável, pelo menos por enquanto não tinha nenhuma sequela do mal implantado em sua psique. Todas tinha o mesmo peso na voz, a mesma dor de cabeça, as mesmas incertezas, mas nenhum tinha sido deixado de ser quem era; o qual era o propósito do tratamento e, que até o momento tinha falhado, pelo menos por essa seção.

— Veja, meus docinhos acordaram, agora toda a trupe está reunida, bom saber, assim é melhor, agora podemos nós seis se conhecermos e nos amarmos — Falou Giovanna com sua típica audácia.

— Eu até que estou gostando de você, garota, gosto de você assim mesmo, longe de mim — Falou Owen sério — Assim que nós estivermos um de frente eu darei um jeito de tirar esse seu risinho irritante que você tem — Concluiu mais sério ainda.

— Esse encontro está próximo e eu que tirarei essa sua expressão carranca, como sempre faço, eu sempre dou o ritmo, sempre faço as pessoas dançarem conforme eu quero — Disse Giovanna forçando ainda mais seu riso.

— Será que tem como os dois pararem um pouco de se atingirem, o que nós ganhamos com isso? continuamos presos sem saber onde estamos, como vamos sair ou mesmo se estaremos vivos por muito tempo — Falou Michaela com tom de quem dá bronca.

— Saber onde nós estamos eu não sei, mas sairmos nós vamos, pelo menos meu Namorado e Eu — Fez uma pausa dramática — Tudo bem eu dou um jeito de tirar vocês daqui também, mas só se vocês pedirem por favor, senão nada feito.

Era incrível para Owen como as palavras e o jeito de pronunciá-las daquela garota conseguia irritar tanto ele. Não via motivo para odiá-la e nem queria o mesmo, mas sua capacidade de aborrecer as pessoas por intenção — Pelo menos era o que parecia para ele — irritava tanto ele. Deixou de lado o sentimento de revolta e achou melhor tentar uma aproximação, até conseguir sair dali ou no mínimo saber onde está, agiria como um grupo junto com aqueles dois.

— E como você planeja sair daqui, Giovanna? — Perguntou Owen amistosamente, mas ainda com um pingo de irritação em sua voz.

— Veja, está começando a cooperar, sinto que nos daremos muito bem quando sairmos daqui — Falou a garota com o mesmo tom de sempre seguido do riso.

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