A casa de veraneio dos pais do Murilo estava fechada, mas, conforme a sugestão dele, encontrava-se limpa, pois a vizinha tinha ido fazer uma faxina. Não perdemos muito tempo. Deixamos as coisas em casa, trocamos de roupa e partimos para a praia.
Daniel estava melhor da dor nas costas, falei com ele pra comprarmos algum creme que depois eu podia até fazer massagem, se ele quisesse. Ele achou uma boa (imaginei se fosse o Murilo, talvez berrasse algo como "que viadagem..." ou algo assim).
Ah! O Di deu uma o-lha-da pro Murilo quando ele apareceu só de short... Nunca mais tinha desconfiado dele, às vezes lá na república ele dava uns moles, mas nada demais. E ele também tava com a Suzi, né? Não sei.
Passamos o dia na praia, foi maravilhoso. Era algo diferente do normal de sair em galera, não tinha aquela bagunça, nem aquelas coisas de bebedeira. A gente batia um papo devagar, relaxado, preguiçoso, demos muitas risadas, petiscamos e bebemos do que desse vontade...
Umas três da tarde voltamos pra casa, porque o Murilo queria assar uma carne. Achei exagero, mas, ele queria. Ficamos eu, ele e o Dan no quintal arrumando as coisas, o carvão na churrasqueira, a salada, farofa.
- Come mais, porra, não comeu nada. Toma.
Enfiou um garfo pela minha boca.
- Tá bom, Murilo, comi demais.
Ele tava tão... cuidadoso, atencioso. Não só comigo, mas com todos nós, acho que pelo fato de ele ser o anfitrião. Ele se preocupava se a gente tava confortável, se tava se divertindo.
No fim da tarde eu, egoísta que sou, nem perguntei se alguém precisava de ajuda pra desarrumar as coisas. Capotei no meu colchãozinho. Acordei algumas vezes e vi que o Di e a Suzi também cochilavam, e ouvi as vozes do Dan e do Murilo lá no quintal.
Umas sete e meia eu levantei. Todos dormiam, exceto o Dan. Não, e a bagunça não tinha sido arrumada.
- Que é que faz aí, Dan? – me aproximei, a cara ainda inchada, ele estava no quintal.
- Ah... tava aqui... discutindo comigo mesmo... rsss.
- E aí, produtivo, o diálogo? – me sentei junto dele.
- Estou discordando de algumas coisas, não chegamos ainda a um consenso, eu e eu mesmo...
- Kkkk! Tu não dorme, né? Tá cansado não?
- Até que tô, mas, não pra dormir. E aí, brow, tá gostando?
- Ah... tô sim. Não conhecia aqui. Lindo.
- É mesmo. A gente tem que marcar mais coisas dessas, né? É tão simples, ainda mais que você tá agora de carro, fica baratinho pra todo mundo, se a gente juntar uma galera...
- É, e tem tanto lugar pra ver...
- Vamos falar com o povo, o Edu! Pô, que pena que é aniversário da mãe dele, né? Podia estar aqui com a gente...
- Mas o carro tava cheio, de qualquer jeito... quem a gente ia eliminar? Você, que é de Itaberaba...? kkk..
- Filho da puta... kkk! Eu não!
- Murilo eu tive que trazer, que era pra abrir a casa...
- Hahaha, quem ia sobrar era a Suzi!
- Hahaha! A gente não vai pro céu não, Dan... hahahaha!
- Eu não quero, lá é chato, e não vai ter amigo nenhum meu lá!
Di e Suzi levantaram. Ficamos um pouco lá. Tivemos a ideia de ir na praça, rodar um pouco.
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Sobre o Amor
RomanceA história real que começou a ser contada no Orkut, vem para ser concluída aqui no Wattpad. Há alguns anos, cheguei numa cidade desconhecida para começar a minha carreira de engenheiro. O que eu encontraria ali, nunca poderia prever. Um hétero convi...