Forbidden Love • JB

Surpresa

Quatro meses depois

- Alice? - escutei Melissa me gritar do andar de baixo, larguei um livro que Elizabeth me indicou, sobre grávidas, e calcei meu chinelo logo saindo do quarto e descendo até a sala.

- O que houve? - olhei a morena que batia as mãos ansiosamente sobre a almofada sobre suas pernas.

- Eliz descobriu o sexo do bebê, quero dizer, saiu o resultado do exame! - ela quase gritou.

- E o que é? - perguntei e ela negou com a cabeça ficando desanimada.

- Ela disse que vai revelar amanhã em um mini chá de bebê, olha, isso vai ser difícil! - Mel disse e eu revirei os olhos.

- Eu não vou aguentar...

- Ah vai sim, você é forte! - Eliz disse vindo da cozinha.

- Tudo bem, Gabie virá nesse chá? Diz que sim, por favor! - implorei. Gabie é uma garota, têm sido uma boa amiga, que faz uns doces maravilhosos!

- Virá, todas as pessoas quais você têm mantido um bom relacionamento nesses últimos quatro meses virão! - Eliz disse. - Agora preciso ir, tenho compromisso!

- Volte viva, preciso saber o sexo do meu bebê, não leve isso para o túmulo! - brinquei e ela riu.

- Amo vocês meninas! - ela disse já saindo.

- Amamos você também, vovó Liz! - Mel gritou e eu ri.

Nesses últimos quatro meses me adaptei a essa casa, a Eliz, ou melhor, minha avó! Me adaptei a Melissa, a vizinhança, ao padeiro, ao bairro calmo, a essa casa enorme, a minha vida, menos aos meus pés inchados e a minha barriga!

Bom, eu achei que havia morrido e esse era meu inferno, mas confesso que estava totalmente enganada. Se o inferno é viver em uma casa sem discussão, conviver com pessoas que realmente estão preocupadas com você a todo momento e viver sem se preocupar se no dia seguinte terá que se esconder dos inimigos do seu ex-namorado... eu estou amando o inferno!

Não digo que não sinto falta das meninas, dos meninos e muito menos do Justin! Eu dei a oportunidade dele vir me buscar, de voltar-mos a viver nossas vidas como sempre vivemos, mas ele não quis, ele não se importou. Justin me faz muita falta, as vezes paro para pensar em tudo o que vivi ao seu lado e chego a conclusão de que eu o amo muito, mas também percebo que aquilo não importou para ele, porque se foi importante e marcante para ele como foi para mim, ele deveria estar comigo agora!

Bonnie deve estar casada agora, Lissy deve estar com um bebê em seus braços, Chris pirando, Ryan e Chaz na balada como sempre, Justin rodeado de vadias, drogas e bebidas, Rosie cozinhando feito os deuses sem mim para atormenta-la, Matt deve ter arrumado uma garota e tudo está caminhando como normalmente, como sempre foi.

Já eu estou morando em um bairro classe alta, com minha atualmente melhor amiga Melissa e minha avó, como da para perceber, grávida de oito meses, apenas engordando e sobrevivendo.

Eu não sei o que será de mim daqui à um ou dois meses, ou até mesmo anos, mas sei que quero estar longe de tudo o que me faz mau, que prejudique meu emocional que aliás eu demorei muito para deixar estável!