Doce criatura

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– As meninas já amaram o Niall. Sério, eu não sei o que aquele garoto tem, mas todo mundo que conversa com ele por mais de cinco minutos já sai amando. Acha que é algum tipo de charme irlandês que ele carrega? – Disse ao telefone, enquanto terminava de contar a Harry sobre a minha noite.

Eu e minha família fomos a um dos restaurantes favoritos de Niall, porque é claro que ele tinha vários, junto dele e Zayn e agora, bem, digamos que minhas irmãs já tinham decidido que amavam ele e que ririam de qualquer coisa que ele dissesse.

– Tenho certeza que sim, acho que o sotaque ajuda, mas no fim é só o Niall sendo o Niall. – Harry explicou rindo.

– Ele disse que te mandou uma mensagem falando que a companhia de teatro está preparando uma festa de despedida para ele.

– Nem me fale, eu nem acredito que terei que ir sozinho para o teatro e que não vou mais ter o Niall para me acalmar antes de subir ao palco. – Ele suspirou triste.

– Mas se tudo caminhar bem, você também saíra da companhia, não é? – Perguntei confuso.

– Por que acha isso? – Ele também parecia confuso do outro lado da linha.

– Você sempre quis fazer carreira no cinema, achei que ia se dedicar a isso agora.

– Ah sim, talvez, mas não sei se quero abandonar totalmente o teatro, acho que terei de pensar melhor.

– Entendi. – Ficamos em silêncio por um tempo, até eu me lembrar de contar mais uma coisa a Harry. – Você não acredita no que aconteceu hoje! – Comecei a rir antes mesmo de contar. – Nós estávamos do lado de fora do restaurante esperando nossa mesa ficar pronta. Zayn tinha saído para atender o telefone e minha mãe estava no carro, terminando de fazer maquiagem junto de Lottie e Fizzy. Então estávamos eu, Niall e as gêmeas em pé, do lado de fora, com os três tagarelando sem parar sobre coisas que eu nem fazia ideia que existia, quando chegou duas amigas para também esperar uma mesa. Uma delas estava tentando flertar descaradamente com Niall, mas ele não pareceu entender muito bem o recado, o que me fez rir. A amiga dela me pediu um cigarro e eu lhe dei, aí em uma daquelas cenas bem clichês, ela me pediu para acender o cigarro dela. – Ouvi Harry fazer um som de vômito do outro lado e eu ri. – Acho que esperava algo mais cinematográfico e romântico, mas eu só joguei o isqueiro em sua direção. A cara de decepção dela foi engraçada, mas eu acabei até ficando com dó.

– Ficou com dó da mulher que estava descaradamente dando em cima de você? – Ele perguntou provocando.

– Um pouco, eu tentei ser sutil em demonstrar que não queria, eu normalmente não percebo coisas como flertes, mas esse foi bem explícito, então eu cortei logo, só fiquei com medo de ser rude.

– Você não foi rude, você só demonstrou que não estava afim de fazer parte do joguinho de sedução dela. E nem se fosse solteiro, nem que você não me conhecesse eu deixaria que você namorasse alguém que fuma. Vocês iam matar um ao outro em menos de cinco anos.

– Se você não me conhecesse, como faria com que eu não namorasse alguém que fuma? – Perguntei divertido.

–Não sei, ia aparecer na sua frente do nada e dizer "oi, eu sou Harry Styles e estou aqui prezando pela sua saúde, doutor Tomlinson. Você não vai namorar essa garota que fuma, primeiro porque você é gay, segundo porque você tem que ter alguém para te proibir e se matar." – Gargalhei.

– Eu ia achar super válido um desconhecido me falando algo assim.

– É o meu jeitinho especial. – Ele disse convencido.

Blue Strings - L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora