Mente vazia

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Eu estava saindo do banho quando a campainha tocou. Eu enrolei a toalha na cintura, abaixei o volume do rádio e fui até a porta, parando ali, encarando-a, decidindo se deveria ou não abrir.

Havia apenas duas pessoas que me faziam visitas e uma dela era Harry, que eu acabei de ver entrando em sua própria casa. Portanto, eu tinha certeza de quem estava ali.

– Qual é, Ni. Eu ouvi o rádio. Sei que está aí. – Sua voz saiu melodiosa, convidativa, e antes que eu pudesse raciocinar, abri a porta. – Olá! – Seu tom era malicioso, principalmente porque seus olhos percorriam meu corpo sem nenhum pudor.

– Oi, Liam. – Dei espaço para ele e desviei o rosto, tentando esconder o rubor em minhas bochechas por seus olhares. – Eu vou vestir uma roupa, espere um pouco.

Eu estava a caminho do quarto quando senti suas mãos fortes em minha cintura, virando meu corpo para si, deixando-nos perigosamente perto.

– Você pode ficar assim, está ótimo. – Ele sussurrou bem próximo a meu ouvido, mordendo logo depois e passando a beijar meu pescoço, fazendo-me gemer sôfrego em seus braços.

Ele me conduziu até o quarto, um caminho bem conhecido por ele, ainda sem separar nossos corpos ou interromper seus beijos. Sua mão desfez o nó frágil que prendia a toalha a meu corpo e o tecido ficou pelo caminho pouco antes dele me empurrar em direção à cama.

– Você é tão bonito. – Ele murmurou com os olhos fixos em meu corpo nu e entregue sobre o lençol branco.

Me levantei e puxei-o pela camisa em direção a meu corpo. A breve tentativa de resistência que eu esbocei no início já havia sido esquecida há muito tempo e agora eu estava tomado de desejo pelo homem que sorria malicioso pelo meu desespero em me livrar de sua camisa.

Troquei nossas posições e me livrei de suas últimas peças de roupa, sentando-me sobre seu colo e passando a rebolar rapidamente. Suas mãos apertavam forte minha cintura e trocávamos beijos molhados. Eu levei dois de seus dedos a minha boca e os chupava pornograficamente, preparando-os para mim, quando ouvi um som irritante ao fundo.

– Droga! – Liam praguejou.

– Deixe tocar. – Minha voz saiu manhosa e eu voltei a me deitar sobre ele, beijando seu pescoço carinhosamente.

– Eu não posso, Ni. Você sabe que não.

Ele me tirou de seu colo e saiu da cama, pegando o aparelho em seu bolso e indo em direção à cozinha. Não precisei ver o nome para saber que era sua amada Sophia. Me joguei novamente na cama, sentindo todo o tesão anterior saindo de meu corpo na mesma rapidez com que chegou e me xingando de tudo o que conhecia, em todas as línguas possíveis.

Como alguém poderia ser tão estúpido quanto eu? Afinal, não era a primeira vez que ele me deixava por causa dela. Já aconteceu outras inúmeras vezes enquanto ele vinha me procurar e nós acabávamos tendo os beijos ou até a transa interrompida pelas ligações da namoradinha.

Fora que ele nunca dormia comigo, na verdade, ele nunca acordava comigo. Eu já o encontrei mais de uma vez vestindo as roupas devagar e saindo na ponta dos pés pelo apartamento, enquanto eu dormia. E mesmo quando eu o confrontava e pedia para que ficasse, ele arrumava uma desculpa.

Mas acho que o pior era quando ele saia assim que terminávamos de transar. Não foi só uma vez que Liam veio até mim e tínhamos uma transa rápida e antes mesmo que eu pudesse abraçá-lo ao final, ele já se preparava para ir embora. Eu me sentia realmente um depósito de esperma, como uma prostituta barata, que só serve para aliviar os homens nojentos que se esfregam nela.

Blue Strings - L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora