02 - "Dulce Maria Sa-vi-nón"

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Já estava pronta e lindíssima como sempre. Usava um vestido vermelho rendando até os pés, justo e um pouco mais solto abaixo do quadril, costas nuas e totalmente coberto na frente, mais dava um volume aos meus seios.

Peguei minha bolsa e sai a caminho do evento. Entrei e já gostei do que vi, era muito elegante e fino, havia muitos homens lá e todos eles acompanhados, exceto um que havia acabado de entrar, todos olharam ele e muitos tiravam fotos.

Eu me sentei e fiquei observando os movimentos enquanto tomava uma champanhe que haviam acabado de trazer. O tal homem que havia chamado a atenção de todos caminhou ate mim e se sentou ao meu lado.

—Posso te fazer companhia?

—Fique a vontade.

Eu não liguei muito pois, sei lá,  estava ali só por obrigação.

—Muito prazer – chamou a minha atenção e eu o olhei – Me chamo Christopher, Christopher Uckermann.

Então era ele… Segurei a sua mão e balancei no seu ritmo. Finalmente estava a frente de um Uckermann.

—Christopher Uckermann… – sorri ironica o olhando – filho de Alexandra Uckermann e Vitor Uckermann. Muito prazer, Dulce Maria, Sa-vi-nón – soletrei o meu sobre nome a ele com um certo sarcasmo.

—Orra, orra, orra – falou sorrindo – Dulce Savinón? Filha do Fernando e da Blanca? – pegou minha mão e a beijou – és belíssima Srt. Savinón, e o prazer é todo meu.

—Esta debochando de mim não está? – só pode.

—Não – soltou a minha mão e olhou o resto do salão.

—Assim espero.

Voltei a olhar pra frente. Como ele pode ser filho da Alexandra e do Vitor? Mais ele é o mesmo homem que cada dia esta com uma mulher diferente em frente a empresa, tenho nojo de pessoas assim.

—Por que está sozinha Srt. Savinón? – ele me pergunta.

—Porque não estou acompanhanda – falei meio óbvio – e você?  Por que não trouxe uma de suas namoradas?

—Não namoro.

—E aquelas mulheres que você beija em frente a empresa?

—Não são ninguém. E por que a Senhorita estava me vigiando?

—Apenas olhei como olho as ruas.

Ele sorriu de canto pra mim e eu revirei os olhos.

—O que faz aqui? – ele pergunta.

—Não é meio óbvio? Vim representar meus pais e pegar o prêmio.

Ele gargalhou ridiculamente e eu o olhei sério.

—Desculpe, falei alguma piada?

—Sim – se recuperou – você não vai pegar premio nenhum, os Uckermann's que vai ganhar o prêmio essa noite.

—Lamento querido, mais eu não vim aqui a toa.

—Só sei que o premio não sai na sua mão hoje.

—Veremos, Uckermann – disse entre dentes.

—Vai ver, Savinón.

Cruzei as minhas pernas e olhei pra frente, apoiei meus cotovelos na mesa e deitei meio queixo sobre minhas mãos, sinto o olhar dele sobre mim e isso me irrita mais não demonstro irritação ou algum outro ato contra esse olhar. Peguei uma taça de vinho e bebi. Olhei pra ele discretamente e percebi que a gravata dele era da cor do meu vestido, estávamos parecendo um casal, se meu pai ver isso irá me matar.

A luz foi diminuída e soou pelo salão o som lento e relaxante. Christopher se levantou e sussurrou no meu ouvido.

—Me concede essa dança Srt. Savinón?

—Não, não estou afim de dançar com você.

—Então dançara com quem? – olhei em volta e não tinha ninguém além de uns velhos que provavelmente devem estar acompanhados de modelos.

—O que nossos pais vão achar ao ver uma Savinón dançando com um Uckermann?

—Só saberemos quando descobrirem, aceita? – estendeu a mão para mim e eu segurei me levantando.

Caminhamos até o centro do salão, ele levantou as nossas mãos na altura do ombro e com a outra segurou a minha cintura, eu não acreditei que ele iria fazer isso comigo.

—Você esta zombando de mim, não esta? Corta essa, não estamos em um casamento imperial.

Peguei suas duas mãos e coloquei na divisória do meu quadril e minha cintura, levei as minhas até seu pescoço e enlaçei. Ele me olhou fixamente como se quisesse me atacar, suas mãos foram para as minhas costas me aproximando mais de seu corpo.

—Se não fosse minha rival eu a tomaria aqui mesmo – falou bem próximo ao meu rosto e deu um cheiro no meu pescoço.

Havia me deixado louca com aquilo, se fizer algo do tipo novamente, não vou aguentar.

—Pena que… que sou sua concorrente – falei ofegante.

—Sim, se seu pai descobrir é capaz de te castrar não é?

O que ele estava penando? Não sou nenhuma filinha de papai, muito menos o deixo mandar em mim como pensa.

—Escuta aqui – me afastei dele – meu pai não manda e mim a anos e eu faço o que quiser, só não dou esse gosto a você pois me da asma ficar com você.

Cospi as palavras em sua cara e sai a caminho pro banheiro. Me olhei no espelho bufando de raiva, ele é idêntico aos pais, um perfeito idiota.

Já longo tempo depois eu sai e me sentei, infelizmente ao lado dele, porém dessa vez a mesa tinha mais pessoas.

Já está prestes a anunciarem o vencedor, mais antes o Presidente teve que pegar o envelope, dando tempo para o Christopher me perturbar mais um pouco.

—Se quiser ir embora para não chorar, fique a vontade.

—Não,  você quem vai chorar. Eu vou rir da sua cara quando pegar o premio.

—Veremos.

—Vai ver.

Falei assim como ele a uns minutos atrás. O presidente voltou e abriu o envelope.

—É o premio de melhor empresa vai para… – olhou o cartão.

Minhas mãos soavam estava nervosa porém com um sorriso no rosto.

—Uckermann's, representado pelo filho do dono Christopher Uckermann.

Ele sorriu de canto pra mim, e foi até lá na frente pegar o premio. Eu não aguentei ficar lá e sai se sem percebida entrei no carro e arranquei, não queria chorar mais ates lágrimas desceram, por que eu estava chorando???

Maldito. Agora é guerra! Mexeu com a Savinón errada, Uckermann. Você vai me pagar, guerra declarada.

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