19 - "Toda sua."

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Saindo da sala de reuniõe. James se dirigiu até a minha office para conversarmos.

Ele não podia contar nada disso ao meu pai, pelo contrario tornaria nossa vida um inferno.

— Qual a necessidade de falar comigo assim? – se senta na cadeira de frente a minha mesa – e por que  estava tão nervosa na reunião.

— Poderia me fazer um imenso favor? – caminho até ele.

— Não contar aos seus pais sobre você e o Uckermann? Isso não depende de mim e sim dele.

Suspiro. No fundo era verdade, meu pai chantagiaria ele até que o mesmo conte, mas ele precisava ficar de boca fechada.

— Independente do que seja, não conte nada a ele. Sabe como ele reagiria se descobrisse que estamos juntos.

— Não contarei, baixinha – caminha até mim e beija a minha cabeça.

Eu sorri enquanto ele ainda me olhava sorrindo.

— E sobre aquele assunto do almoço…

— Esquece isso, – ele me interfere – quero te ver feliz, e não contarei nada para os seus pais.

— Obrigada James.

— Só me responde uma coisa… – concordo – Por que foi se apaixonar logo por seu rival? Tinha que ser o filho do Vitor? Justo ele?

— A gente não escolhe por quem se apaixona, apenas acontece. E ele não é bem assim como aparenta, ele é um amor de pessoa, em partes.

— Espero que seja feliz – pega as minhas mãos as olhando – mas esconda essa aliança do seu pai, tudo bem? Ele pode desconfiar.

— Esqueci de tira-la, mas tomarei cuidado, não se preocupe.

Ele concorda, beija a minha cabeça e sai. Eu voltei a trabalhar pois hoje estava cheia de coisas para fazer e tinha que deixar tudo em ordem.

Mas como? Não parava de olhar a aliança em meu dedo, ela brilhava de um modo especial, talvez seja um sinal.

*

Ja estava no horario de fechamento da empresa e como hoje era o meu dia — depois de muita insistência com meu pai —. Então continuei o meu trabalho.

Minha mãe entra na minha sala sem bater. - pensei que ja tivesse saido.

— Estamos indo, meu amor.

— Tudo bem, mãe. Terminarei apenas essa planilha e já estou saindo também – digo sem olha-la.

— Não quer carona? Notei que veio de ônibus, podemos te esperar, e se quiser dormir em casa, seu quartinho esta do jeito que deixou.

— Não se preocupe comigo, mãe – vou até ela e lhe abraço – ficarei bem, logo pedirei um táxi e vou pra casa.

— Certeza? – retribui o abraço – não me importo em te levar.

— Pode ir tranquila, mãe. – acaricio o seu rosto – assim que chegar em casa te ligarei.

— Tudo bem – beija minha testa – mas me promete que vai direto pra casa.

— Prometo.

— Estarei esperando sua ligação.

Concordei com a cabeça e ela saiu. Minha mãe era um amor de pessoa comigo, desde quando nasci sou o bebe dela e acho que isso só vai mudar quando trouxer um neto pra ela. "Ainda vai me mimar muito mamãe".

Será que o Christopher pensa em ter filhos? Hoje iria saber.

Voltei para a minha mesa e fiquei vendo um site de compras olhando umas canetas e coisas para renovar a mimha sala. Você nem tinha trabalho, não para mim.

Christopher me mandou uma mensagem e eu desci, fechei tudo e entrei no carro dele que estava parado do outro lado da rua.

— Demora – comenta.

— Desculpa – digo antes de puxa-lo para um beijo.

Era um beijo com fogo e intenso, e como o calor chegou rápido em nós dois.

— Pronta?

— Ansiosa.

Ele sorri de canto e liga o carro enquanto eu ainda beijava o seu pescoço. Ja afastados do local de trabalho, notei que estávamos indo a um lugar desconhecido, e isso me assustou.

— Onde estamos indo? – pergunto totalmente confusa.

— Motel.

— Christopher! – o corrijo e ele ri.

— Brincadeira, vamos pra minha casa. Pedi uma parmegiana que deve chegar em meia hora, porém estamos a 10min. da minha casa.

— O que faremos nesse tempo?

Ele me lança um olhar malicioso e eu revirei os olhos sorrindo.

Olhei no retrovisor e havia um carro bem próximo ao dele, e pelo o que noitei esse carro esta nos seguindo desde quando saimos da rua da empresa.

— Acho que estão nos seguindo – comento olhando o carro.

Ele olha pelo retrovisor e ve o carro.

— Deve ser algum idiota que mora ali perto de casa.

— Ele está conosco desde que saimos da rua da empresa.

— Não é nada.

Mesmo Christopher me garantindo isso, continuei olhando o carro. Ele entrou na direita e o Christopher estacionou o carro dentro da sua garagem, talvez.

Chegando na sua casa fiquei admirada com tanta beleza. Christopher era muiro organizado. Seu apartamento era azul cinza e branco, tinha muitos detalhes dos quais não sabia detalhar.

Ele me abraça por trás e começa a beijar o meu pescoço. Entre as suas caricias eu caminho até a sala porem ele me guia até seu quarto.

— Não vai dar tempo – digo em um sussurro.

— Ainda temos 17 min.

— Melhor depois.

Com o modo que ele beijava minha pele era difícil negar. Logo sou lançada na cama e ele fica por cima de mim. Eu o queria nesse momento, mas antes tinha que garanti que nada nos interrompia.

— Preciso fazer uma ligação.

— Agora? – pergunta me olhando com decepção.

— É rápido. Depois serei toda sua.

— Minha?

— Toda sua.

— Liga.

Lhe dei um selinho e me acomodei na cama. Ele se deitou do meu lado e ficou me encarando enquanto ligava para a minha mãe.

— Mae? – pergunto assim que ela atende.

— Oi meu amor, como esta?

— Bem maezinha. Ja estou em casa. – aviso olhando o Christopher enquanto volta a beijar o meu pescoço me fazendo cócegas e me provocando.

— Que bom meu amor. Ja vai dormir?

— Sim – ele pega no meu ponto fraco me fazendo rir.

— Esta com quem, Dulce? – ela pergunta

— Ninguém mãe. Mas tenho que desligar. A comida chegou e eu estou muito cansada – a essas alturas ele estava proximo da minha boca e eu tinha uma imensa vontade de beija-lo.

— Como assim? Quem esta ai?

— Boa noite mae, te amo.

Coloco o celular em cima do criado-mudo e puxo o Christopher para um beijo, no qual inverte as posições e fica por cima, porém fazendo cócegas em mim.

— Amor, para... – digo sem ar e lhe dando alguns tapas.

Depois de longas risadas ele para e me da um selinho.

— Te amo – digo.

— Te amo – ele diz e me beija novamente.

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