43 - "Agora somos casados"

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Segunda-Feira, 17 horas. Eu havia acabado de chegar na empresa dos pais do Christopher. Miguel estava no meu colo mordendo um brinquedo de borracha enquanto eu tremia de nervoso, era a pior decisão que tomaria na vida, tinha medo do que poderia acontecer, mas seria melhor que começar uma nova guerra. 

Entrei na sala, todos já estavam sentamos me esperando. Meus pais, Christopher, seus pais e mais dois rapazes que eu havia entrado em contato ontem. Me sentei com Miguel no colo ao lado Christopher que esticou as mãos para pegar o filho. 

— Podemos começar? – Alexandra pergunta simpática. 

Victor se levantou e ergueu a cabeça colocando uma pasta na mesa:

— Boa tarde a todos. – respondemos formalmente em coro – Hoje é um grande dia para todos, como já devem estar sabendo, meu filho Christopher Uckermann vai assumir como dono oficial da empresa da nossa família, assim que assinar esses contratos. Christopher trabalha conosco desde os seus 16 anos, se formou em administração a pouco tempo e tem sido um ótimo funcionário, e agora ele será oficialmente dona da Uckermann, já que sua mãe e eu estaremos nos aposentando em breve – abri a pasta. 

— Assim como eu – meu pai diz se levantando e colocando outra pasta a sua frente – Dulce Savinon também sumira a empresa da minha família, como já havia prometido desde que completou seus 16 anos, ela se formou em contabilidade e já estudou finanças empresarias. Sempre ajudou muito com a verba da empresa e no investimento, uma verdadeira Savinón, sempre boa em negócios – piscou para mim e eu retribui com um sorriso simpático. 

Todos concordamos. Christopher ia passar o filho para a mãe, mas ela negou com a cabeça e a minha mãe o pegou.

Ele me olha com uma cara de arrependimento, como se estivesse cometido um erro. Não era maldade minha, mas eu tinha que fazer isso para o bem de nós dois. Por isso eu não atendi uma ligação dele durante toda a noite, não respondi mensagens e nem falei onde estávamos, era muito correria para mim resolver tudo o que estava resolvendo para poder ficar com a empresa.

Nossos pais nos entregam os contratos das empresas. Christopher me olhou de novo e colocou a mão sobre a minha. 

— Tem certeza do que está fazendo? – me pergunta. 

Olhei ao redor e notei o enorme sorriso dos nossos pais. Christopher não tinha uma expressão muito boa, mais eu tive que ignora-lo. Concordei para ele e assinei os papéis.

— Está certo – Alexandra diz com um sorriso – acho que já podemos encerrar – se levanta.

— Ainda não – digo rapidamente. 

Todos da mesa me olharam como e eu fosse o ultimo pedaço de carne em uma selva. Meu coração estava disparado e o ar começou a me faltar. Precisava fazer isso, eu precisava tentar, mesmo isso não dando certo. Christopher me mataria, mas eu tinha que fazer! 

— Antes eu preciso que assine mais uns papeis – retiro uma pasta da bolsa do João. 

— Quais papeis? Tudo já foi assinado – Meu pai diz. 

— Não papai, ainda falta uns – caminho até ele e coloco as folha a sua frente – sempre fui assim com os meus contratos, lembra? Gosto de garantir o que estou fazendo, então por isso contratei esses dois homens como testemunha disso e eu preciso da assinatura de vocês também.

— Você nunca demostrou tanto interesse assim na empresa, filha – minha mãe acrescenta colocando João Miguel sentado em seu colo.

— Antes eu fazia os contratos, mas ele não saiam sem a assinatura de vocês e eu quero garantir que não vou precisar da assinatura de vocês para as minhas parcerias.

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