31 - "Por que você é nojento..."

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Entramos no apartamento que ele havia dito e quando entrei fiquei totalmente abismada com a decoração. Imaginava um lugar sem uma cadeira para  sentar ou até mesmo sem pintura, mas muito pelo contrario, tinha tudo naquele apartamento, a casa totalmente mobilhada e limpa. 

— Gostou? – ele pergunta me abraçando por trás. 

— Christopher, você não tinha me dito que teríamos de começar uma nova vida? Imaginei que chegaríamos em um lugar vazio sem ao menos pintura. 

Ele ri e caminha até a sala e abre os braços. 

— Quando fiz 20 anos, fiquei o mês do meu aniversario inteiro viajando ao redor do mundo e amei  muito esse lugar. É perfeito, seguro, tem muitas oportunidades de trabalho e de iniciar uma vida profissional, então quando aluguei esse apartamento, me apeguei muito a tudo e decidi comprar para caso de voltar um dia. Mas acabei ficando muito ocupado e não vim, porém nunca contei pra ninguém sobre isso, na verdade você é a primeira a saber. 

— Uau! – digo. 

Não tinha o que dizer a respeito disso, na verdade ele conseguiu me impressionar muito mais do que  imagina. Sem contar que o apartamento é lindo! É a cara dele, em tudo, na decoração, na cor das paredes, no piso, nos moveis, tudo mesmo. 

— Você ainda não viu tudo – pegou a minha mão e caminhou comigo pelo corredor – tem o nosso quarto – abre a porta no final do corredor. 

O quarto era perfeito, uma cama enorme na parede direita, um criado mudo de cada lado com abajur, uma televisão de frente e uma porta no canto que ele me disse ser o closet. 

— Você realmente ama preto – digo ainda admirando o quarto. 

— Mas a melhor parte ainda não vou poder te mostrar, mas do lado do nosso tem um comodo vazio, mas acho que não seria um lugar bom para fazer de quarto para o nosso filho, pois não tem muito espaço e a janela é pequena, sem contar que... – o calei com um beijo. 

Fui na intensão de dar apenas um selinho, mas ele me segura e intensifica o nosso beijo. Logo estamos caminhando e me bato de costas com a superfície da cama. Ele separa nossos lábios e sorri para mim. 

— É perfeito para mim, e te garante que se o nosso bebê não for esmagado, vai amar aquele quarto. 

Realmente esmagando. Christopher havia engordado um pouco desde que começamos a namorar e nesse momento com ele em cima de mim, me sentia esmagada. 

— Desculpe – sorri amarelo e rola para o outro lado da cama. 

Me sentei na cama e sorri para ele. Era como um sonho, somente eu e ele longe de tudo e vivendo um amor.

— Melhor irmos logo no mercado, comprar umas roupas e outras coisas que faltam por aqui. Quando pedi para a menina limpa, mandei levar tudo embora, e então só tem os moveis e talvez uns tapetes guardados. 

— Vou colocar uma jaqueta e já vamos reconstruir a nossa vida. 

Lhe dei um selinho bem demorado e fui pegar a jaqueta. 

*

Mais tarde, altas horas da noite,já estávamos deitados e assistindo um reality show. Minhas pernas estavam doloridas, e eu mega cansada. Como tinha muito o que fazer, eu fui ao mercado e o Christopher foi comprar algumas toalhas, lençóis e coisas do tipo. Em seguida fomos comprar roupas e sapatos. 

Não que eu esteja reclamando, mas ele é muito safado mesmo. Pedi para que comprasse  uma camisola tamanho M para mim enquanto eu ia pagando as compras, mas ele comprou um  P, na qual apertava a minha cintura, faziam meus peitos saltarem e minha bunda quase inteira para fora, mas ele só tinha comprado essa, e de noite parecia que aquele lugar havia neve, pois era um frio paranormal. 

Mas de resto estava tudo bem, tínhamos comprado algumas roupas, uns mantimentos e produtos para a higiene. O quarto do bebê havia ficado para o 6º mês de gestação já que ainda tinha que guardar dinheiro para nos mantes durante um tempo. 

— Esquecemos de comprar um celular e um notebook – ele me olha – na verdade esquecemos os eletrodomésticos. 

— Eu não tenho pressa, somos só nos dois agora e acho que isso não é importante. 

— É sim, em uma semana eu vou procurar um emprego e vamos precisar de algo para se comunicar, e se você passar mal? 

— Até lá ainda tem um tempo, e nesse tempo não vamos nos afastar. 

— E se eu precisar sair e você ficar sozinha? Pode entrar alguém aqui e te fazer mal. 

— Garanto que se eu estiver sem essa camisola – apontei para o meu peito – não vão nem chegar perto e eu sei me defender. 

— A camisola é linda, é sua cara. 

— Poderia ser a minha cara a uns meses atrás quando eu ainda estava em forma, mas namorar você tem uns prejuízos do tipo de 5 kg em menos de um mês. 

— Eu não tenho culpa.

— Quem manda comer 2 hamburguês? 

— Foi só uma vez – lhe dei uma cotovelada. 

Acidentalmente eu errei e acertei o controle que mudou de canal e um gemido agudo se soltou no nosso quarto. Olhamos a televisão e dei de cara com um video pornô. 

— Em fim uma programação de qualidade – ele diz levando as mão para baixo da cabeça e olhando a TV. 

— Muda agora ! – digo lhe dando um soco e ele ri – é serio, isso é nojento. 

— Não acho. 

— Por que você é nojento também. 

Peguei o controle e desligue a televisão, porém ele reclama. 

— Já ta tarde, vamos dormir – digo colocando a controle na gaveta do criado mudo. 

— E to sem sono. 

— Finge dormir, mas você não vai ver televisão mais. 

— Nem vem – ele se esticou e tomou o controle já ligando a televisão novamente. 

— Tudo bem, amor – digo – é que eu queria dormir agora, pois de madrugada poderíamos ter uma diversãozinha – passei minha mão pelo meus seios e ele olha pra mim mordendo os lábios. 

Ele desliga a televisão e coloca o controle no criado mudo novamente. 

— Nossa! De repente eu fiquei tão cansado – fala com uma voz grossa – vamos dormir. 

Ele me abraçou de lado e eu adormeci segundos depois.

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