Não é fácil mentira para a sua mãe, muito menos quando ela é sua melhor amiga. Mas era por um bom motivo, e sem contar essa mentira não iria prejudicar ninguém a não ser a confiança que tem em mim.
Mas tudo para estar assim com ele. Estávamos deitados no sofá com ele me abraçando e eu acariciando seu cabelo enquanto víamos um filme. Havíamos acabado de comer e resolvemos ver um filme antes de ir dormir. Christopher tinha um péssimo gosto para filmes, ele escolhe por causa do artista e não do tema.
— Ainda sim sem entender nada – digo-lhe pela milésima vez.
— Ele é apaixonado por ela e agora que a reencontrou acabaram ficando – explica.
— Mas ela tinha morrido, como esta viva agora?
— O professor dele é o demônio e ressuscitou a pessoa que ele mais amava para depois mata-la e fazer ele sofrer.
— Mas por quê?
— Pois a menina que ele atropelou no começo era a namorada dele e agora o professor quer se vingar.
— E como eu não vi essas partes?
— Pois você não pegou a serie do começo como eu.
Revirei os olhos, esquece tudo o que disse, o gosto dele não é péssimo, se fosse ainda estava bom. Imaginava que seria uma noite romântica.
— Por que não assistimos outra coisa? Tem muitos filmes legais – olho ele se acomodando no meu busto.
— Esse horário só tem series e filmes pornográficos.
— Vai passar "50 tons", poderíamos assistir – sugiro.
— Esse filme é mais confuso do que essa serie, sem contar que a garota é muito burra.
— Você quem não entendeu o filme.
— Nem quero.
Revirei os olhos. Com ele não tem jeito. Fui obrigada a terminar de ver aquela serie estupida e quando terminou ele decidiu ir para o quarto comigo, e assim já foi me pegando no colo e me colocando na cama.
Depois de se deitar, ele foi até a janela e olhou a cidade. Era a cena mais sexy que já tinha visto, Christopher de samba - canção olhando pela porta balcão do seu quarto. Ainda não aceitava que estava namorando com ele.
Depois de longos minutos o admirando, eu decidi ir até lá ver se estava tudo bem, pois era algo meio dramático ele estar ali.
— Está sem sono? – pergunto o abraçando por trás.
— Pensando.
— No que? Seria algo muito serio?
— Pensando em como o Roberto vai ficar quando matarem a Ana de novo.
O soltei no mesmo instante. Ele deve estra zombando de mim.
— Não acredito que a maneira de comemorar o nosso namoro, é ficar pensando naquela serie?
— Não tivemos uma noite boa? Jantamos perfeitamente, assistimos filmes...
— Esperava coisa a mais.
— Tipo o que?
— Não sei. Acho que você não tem coração ou um pouco de desejo por mim, faça algo comigo.
— Isso? – me pega no colo e me coloca sentada no murinho de sua varanda.
— Deixa de ser retardado, eu vou cair daqui.
— Já disse como você fica sexy com uma camisa grande?
— O que quer que eu faça? Não vou dormir com a roupa do trabalho.
— Acredito que você não vai dormir de roupa essa noite – me olha com safadeza.
Me beijou intensamente e me apertava a cintura. Ele tinha um pegada forte e bruta, porém apaixonante. Para nos afastarmos ele crava as unhas no meu cabelo e da um puxão possessivo.
— E se amanhã tiver uma folga? – diz entre meus lábios.
— Não posso.
— Tenta, estava pensando em passar a noite em claro com você, e... – olha o relógio digital no seu criado - mudo – ainda da tempo de ver o filme que você queria.
— Acho que amanhã eu posso chegar no trabalho depois do horário de almoço.
Ele sorri e me pega no colo.
Nos deitamos na cama, ele com a cabeça no meu ombro e eu mexendo em seus cabelos.
O filme já tinha começado mas estava em um das melhores partes. O que não fazia sentido algum era que eles trasavam direto e ela não engravidava. Mas será que ele queria ter um filho com ela?
Será que o Christopher teria comigo?
— Chris... – o chamo através de um sussurro.
— Uhm? – responde.
— Você gostaria de ter filhos?
— Não vai fazer aquela chantagem que fez quando estava bêbada, vai? Por que dessa pergunta? Ainda é cedo.
— Não tem nada haver com a minha bebedeira, e sim uma pergunta que me veio na cabeça agora, mas não quero ter filho agora, só mais pra frente.
— Eu amo crianças, Dulce, ia amar ter filhos, mas acredito que agora não é o momento.
— Serio que gostaria de ter filhos? – o olho.
— Sim, sempre quis ter um menino. Quando era adolescente acho que não me tornei pai pois as minhas namoradas tomavam remédio ou me obrigavam a usar camisinha.
Eu ri, foi inevitável. Ele deveria pensar que as meninas são idiotas ao ponto de não usarem camisinha. Mas o que chocou foi o modo que ele me disse, era como uma garota descrevendo o seu primeiro beijo perfeito. Mas será que ele planeja construir uma família assim do modo que disse? Ou só quer aumentar o time do Uckermann's?
— E você? – me pergunta.
— Nunca me imaginei como mãe, na verdade nunca tive muito contato com crianças e não entendo nada disso, mas se for por obra do destino acho que não seria uma coisa ruim, quem sabe em uns 10 anos eu não consiga um bebe.
Ele riu. Acho que tínhamos os mesmos planos em relação a isso.
— Agora vamos dormir – se aconchega mais em mim me apertando em seus braços.
— Não era você quem queria ficar acordado a noite inteira?
— Outro dia, agora estou com sono. E você vai dormir comigo – diz pegando o controle.
Ele desliga a televisão e me puxa para dormirmos abraçados.
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Sei que não é dia, mas estou inspirada....
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Proibido 🚫
FanfictionSavinón e Uckermann. Duas familias completamente opostas e ao mesmo tempo tão similares, ambas são conhecidas por ter uma empresa que na maioria dos anos entra na premiação como uma das mais sucedidas. Os pais de Dulce e Christopher os preparam des...