33 - "...vai embora logo, eu fico aqui com o meu filho."

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Abri os meus olhos de manhã cedo escutando meu filho chorando, olhei ao redor e percebi que Christopher ja tinha saido.

Peguei meu bebê nos braços e tirei o peito para fora, no qual ele agarrou e sugou com força. Todinho, deve estar morrendo de fome.

— Acordou cedo hoje, príncipe.

Caminhei até a sala e o amamentei. 

Me veio na cabeça o que eu e o Christopher havíamos conversado sobre voltar para a casa e ele estava certo. Nossa vida seria melhor, porém ainda não me sinto pronta para voltar pra casa, não consigo olhar na cara dos meus pai, cuspiram na minha cara, me desconsideraram e eu não tenho coragem de ve-los, muito menos vontade. Seria muita humilhação pra mim, e principalmente se eu encontrar a mãe dele e ela me tratar mal, eu não sou muito educada com algumas coisas e muito menos carinhosa e entendedora. 

João Miguel começou a chorar e eu o balancei um pouco. Ele permaneceu chorando. 

Fui ver se ele estava com a fralda cheia e nada. O que poderia estar acontecendo? 

— O que foi, meu amor? – pergunto o deitando no sofá. 

Ele começou a ficar vermelho de tanta força que fazia para chorar. Eu me deitei do seu lado e encostei meu rosto no seu para ver se ele se acalmava, mais senti meus lábios se aquecerem ao tocar nele, febre! 

— Calma – o peguei no colo e o balancei. 

Tinha que acalma-lo antes de tudo, coloquei ele no carrinho e o balancei por alguns minutos. Quando o vejo dormir, corro até o quarto e pego sua bolsa junto com alguns documentos e liguei para o Christopher.

— Sabe que não posso atender agora – diz assim que atende. 

— Miguel está queimando em febre. 

— O que? – pergunta – o que aconteceu? 

— Ele começou a chorar e quando toquei o seu rostinho vi que ele estava queimando em febre. Precisamos leva-lo ao medico.

— Droga! – resmunga – vou ver se me liberam aqui, te encontro lá. 

— O imbecil, se te liguei, é por que eu preciso do carro para leva-lo. Deixa de ser burro. 

— Por isso eu sugeri que voltássemos, ai você estaria com o seu carro e eu o meu. 

— Podemos tratar disso depois. 

— Te ligo em cinco minutos – desliga. 

Peguei o pequeno no meu colo e fiquei o ninando por um tempo, medi a sua febre e ele estava com 39,5 °C, muito alta para ele que só tinha três meses. 




Christopher entrou em casa, jogou a maleta em cima da mesa de jantar e veio até mim. Beijou a cabeça do menino e lhe deu um cheiro. 

— Já está tudo pronto? Pegou a bolsa e os documentos? – me pergunta. 

— Sim, está tudo certo, vamos? 

— Já viu se não é o dentinho dele? 

— Ele tem apenas três meses, não seis. 

Me levantei e entreguei o menino pra ele.

Seguimos para o hospital onde fizemos a ficha e fomos até a sala do pediatra, onde ele examinou o menino que chorava e em seguida entregou para o pai. 

— O que ele tem? – Christopher pergunta.

— Nada muito grave, por eme ser recém-nascido o corpo dele ainda pode pegar uma doença e com isso ele vai criando anti corpos para poder combater sem adoecer novamente. Nesse momento é apenas uma leve grite, nada muito forte ou avançado, mais vou passar um remédio para que ele fique bem logo – explica o doutor. 

— Tem certeza que não pode piorar essa gripe? 

— Não posso garantir, mais se dar o remédio para ele podemos evitar isso, por enquanto ele vai ter febre, espirar e tossir.

— Certeza que não pode ser dor de ouvido? – perguntei. 

— Não, quando está com dor de ouvido, ele chora e leva as mãos até o local. Ele faz isso? 

— Não. 

— Perfeito! 

Abaixa a cabeça para escrever na receita enquanto observamos o menino.




Chegando em casa, Christopher põe em cima da mesa de jantar a sacola da farmácia junto com a bolsa do João. 

— Vou indo para o trabalho, qualquer coisa me liga – diz pegando sua maleta novamente. 

— Falta apenas quatro horas para terminar o seu expediente, por que não fica em casa logo? 

— Pois onde eu trabalho é banco de horas e se eu não compensar as horas não trabalhados eu terei um desconto no salario, e devo lembra que estamos quando sem dinheiro na poupança. 

— Um dia não vai te matar. 

— Se estivéssemos ido embora, quem sabe eu não folgava hoje, mais infelizmente não estamos na nossa casa e o pior de tudo é que o salario daqui não é muito bom. 

— Me desculpe se eu não me sinto preparada para volta – coloco o bebê no carrinho e o cubro – mais se você quer mesmo voltar, vai embora logo, eu fico aqui com o meu filho.

— O que? – pergunta como se eu tivesse falado em japonês – deixa de ser louca. Ou saímos daqui juntos ou ninguém sai.

— Perfeito, ficaremos mais um tempo. 

— Eu não posso deixar tudo lá Dulce, a empresa pode falir sabia? Eu sou o único que entende de contabilidade naquela empresa e não posso deixar algo meu cair dessa maneira. Sabia que nunca mais fomos a uma premiação, a empresa está indo por água a abaixo, nem meus pais estão sabendo investir o dinheiro que tem – se aproxima de mim. 

— Isso não é problema nosso. Na empresa dos meus pais eu quem cuidado das ações e hoje eu não faço nada, na verdade não estou nem ai para o que acontece lá.  

— Minha mãe nem se quer está indo trabalha, me disseram que não ter serviço e que a empresa dos seus pai está ficando a frente por colocaram uma outra pessoa para as ações.

— Quem te disse isso? – o encaro profundamente. 

Christopher suspira e fica de costas em ato dramático. Já imagino quem seja. 

— Sua secretaria te disse isso, não foi? 

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TEREMOS UMA SURPRESINHA NO PRÓXIMO CAPÍTULO, POIS ISSO DE FALAR COM A SECRETARIA VAI DAR BRIGA. 

E O QUE VOCÊS ACHAM? DEVE VOLTAR OU NÃO ?

MAIS NOTEI QUE MUITOS DE VOCÊS SÓ ESTÃO VOTANDO E EU NÃO SEI SE ESTÃO GOSTANDO OU NÃO, POR FAVOR COMENTEM O QUE VOCÊS ACHAM DESSE PAPINHO COM A SECRETARIA. 

VALENDO MAIS UM CAPITULO AMANHà

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