14 - "Eu te amo."

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Chegamos no apartamento entre beijos. Não sei como chegamos até aqui nem o tempo que levamos, mais estávamos no meu quarto neste exato momento, somos jogamos na cama com ele por cima de mim ainda me beijando. Que continue assim. 

Tinha algo no beijo dele que me viciava, era como uma bala que por mais que você chupe, mais quer o sabor. totalmente viciante

Ele para de me beijar e se afasta um pouco para tirar a camisa. Eu me arrastei até a cabeceira da cama e respirei um pouco, em segundos ele já estava em cima de mim novamente, me beijando. Suas mãos andam por todo o meu corpo procurando o zíper do meu vestido, eu tive que ajuda-lo. Assim que é arrancado ele encara meu corpo coberto apenas por uma lingerie azul turquesa bem básica.

Não gostava muito daquelas trabalhadas, primeiro que a renda me pinica, era aquelas que só tinha tecido e o bojo. 

Ele me olho ofegante. Corei, sei que ele esperava mais. 

—Me desculpa por isso. – Eu disse insinuando minhas roupas intimas. 

—Não se importe com isso, sendo sexy ou não o que exita é a pessoa, sem contar que vão todas terminar rasgadas.

—É que eu não entendo de nada disso, é a minha primeira vez e... – Ele me interrompe. 

—Você é virgem? – Se afastou tão rápido que quando me dei conta já estava em pé no chão, me olhando. 

—Sim, por quê?

—Eu não posso, Dulce, me desculpa. – Se abaixa para pegar a camisa no chão.

Eu me levantei e segurei os seus braços fazendo ele ficar de frente pra mim. O olhei nos olhos e ele estava arrependido. Mas de que, meu Deus?

—Por que você não pode? 

—É a sua primeira vez, e, – suspira. – eu não posso tirar de você algo que guardou a vida toda.

—Eu quero que seja com você.

—Não quer, se guardou é por conta que esta esperando o momento certo e a pessoa certa, e não sou essa pessoa e nem é o momento. 

—É sim. 

—Sei bem que você quer casar virgem, não vou tirar isso de você. Sua primeira vez deve ser especial, como você sempre sonhou. 

—Meu sonho é ser com você, você ja me pediu isso e eu estou cedendo. 

—Não troque algo que você quer no momento por algo que você sempre quis por toda a sua vida. Eu não sou um cavalheiro, Dulce. – beijou minha cabeça e saiu em direção o banheiro. 

Eu fiquei sentada na cama pensando em tudo o que aconteceu. Será que eu iria ser rejeitada por se uma mulher virgem? Ele prefere as experientes. Me deitei na cama ainda pensando em tudo isso. Meu corpo estava coberto por edredons e em baixo uma camisola de algodão, nada vulgar e olhando a parede enquanto fantasiava minha noite que quase rolou. 

As luzes são apagadas e o colchão é afundado, braços fortes me envolvem na cintura e eu me viro ficando com o rosto colado ao seu peito. 

—Eu não queria que tudo isso acontecesse, já deveria adivinhar que você nunca iria querer algo do tipo comigo. – Disse quebrando o silencio.

—Não diga isso, eu só não quero estragar a sua vida, sei como é ter a primeira vez com alguém que não gosta, é terrível, principalmente para um mulher. 

—A sua foi como você sonhou? 

—Não. Foi na festa de quinze anos da minha amiga, ela gostava de mim e eu fui o príncipe, mas não gostava dela, e como todo adolesce queremos viver cada momento.

 —Transou com ela?

—Eu só lembro que acordamos pelados no quarto dela. Foi a minha primeira vez com uma pessoa que eu não gostava e não me lembro de nada. 

—Está com medo da minha ser igual a sua?

—Dulce, vamos dormir? Já são quase 4 horas da manhã, e amanhã ainda tenho que resolver umas coisas da empresa dos meus pais.

Sem dizer algo eu me acomodei em seu peito e fiquei pensando um pouco.

Tinha algo dentro de mim que eu precisava colocar pra fora e ele precisava saber disso.

—Aquele dia da boate, lembra que foi me buscar e eu estava bêbada?

—Sim – deu um suspiro, ja devia estar com sono.

—Depois de tudo, antes de dormir... – respirei depois da pausa – eu já estava bem, mais não queria que você fosse, por isso disse tudo aquilo, mais não era para ter saído desse jeito.

—Imaginava.

Suspirei e o abraçei, não estava com um pingo de sono e queria que ele ficasse acordado comigo, tinha muito o que falar pra ele, mas tenho medo de tudo isso ser em vão.

—Será que um dia, vamos poder ficar juntos?

—Eu não sei ,Dulce.

—Não vou conseguir fingir que nada aconteceu.

—Talvez daqui um ano, ai a empresa estará no meu controle e assim farei o que quero.

—Mas ja somos de maior, por que ainda temos que depender da opinião dos nossos pais sobre nos.

—Eles podem se destruir, ou nos destruir. Vamos esperar, tudo acabará bem.

—Me promete? Promete que vamos ficar juntos.

—Prometo, mais enquanto isso podemos manter algo, eles não precisam saber.

—Eu não quero me afastar de você.

—Eu também não, mas farei o possível para que isso não aconteça. Se tentarem nos fugimos.

Sorri e lhe dei um selinho.

—Eu te amo.

Não tive resposta, fechei os olhos e ele disse:

—Eu também te amo.

Sorri e fiquei repetindo essas palavras na minha mente até dormir.

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